Artista mineiro expõe escultura em formato de coração humano

Texto: Assessoria de Imprensa do Centro Cultural UFMG

O Centro Cultural UFMG convida para a abertura da exposição ‘Aeris Cor’, do artista mineiro Marco Caetano, dia 18 de julho de 2024, quinta-feira, às 19h30. A mostra tem a curadoria do professor Fabrício Fernandino e poderá ser vista até o dia 18 de agosto de 2024. A entrada é gratuita e integra o projeto Escultura no Centro, que destaca os trabalhos tridimensionais desenvolvidos por alunos do curso de Artes Visuais com habilitação em Escultura da Escola de Belas Artes da UFMG. A classificação é livre.

O processo criativo

O estudo da anatomia humana sempre foi um assunto de interesse para Marco Caetano, dessa forma, durante o processo de criação da obra, realizou estudos, consultou imagens e observou o organismo humano. No decorrer de sua pesquisa definiu que utilizaria o cobre como metal maleável e o aço carbono como metal mais rígido para o suporte, além de chapas em aço carbono e resina asfáltica com gravação em ácido nítrico.

A obra

Para produzir a escultura o artista aplicou a técnica tradicional para moldagem do cobre, bem como a soldagem. Outros materiais para fixação, como parafusos e rebites, foram empregados em sua montagem. A obra foi criada para ser uma escultura-quadro (ou um quadro tridimensional), podendo ser fixada em parede, suspensa por cabos ou ainda fixada sobre um suporte. O trabalho possui uma natureza tátil e ao mesmo tempo contemplativa quando tocado e sentido por suas diferentes texturas.

Concebida no pós-pandemia, ‘Aeris Cor’ surgiu do desejo de expressar o orgânico/visceral. O trabalho nasceu como um desafio e, simultaneamente, como aprendizado de técnicas para forjar o metal. Segundo Marco Caetano, “a escultura nasceu de algo que é recorrente em minha mente: o que somos, o que possuímos por dentro, o que nos ocupa anatomicamente”.

“O coração é, para mim, desde tempos antigos, algo que carrega em si muito mais que uma peça anatômica. É fascinante! Algo que possui seu próprio compasso, seu ritmo, sua frequência, todo o tempo e o tempo todo! São batimentos por minuto que podem ser ouvidos por quem está tão perto!”, explica o artista a razão da escolha do tema.

O artista

Marco Caetano é mineiro de Unaí, farmacêutico e atualmente graduando em Artes Visuais na UFMG. Atua como perito criminal na Polícia Civil de Minas Gerais, ofício que o fez entrar em contato com o resultado da violência vivenciada pela sociedade e, inspirando parte de seu trabalho como artista.

Escultura no Centro
O projeto busca valorizar e expor os trabalhos tridimensionais desenvolvidos pelos graduandos e pós-graduandos do curso de Artes Visuais com habilitação em Escultura da Escola de Belas Artes da UFMG.

Aeris Cor – Marco Caetano
Período expositivo: 18/07/2024 a 18/08/2024
Terças a sextas: 9h às 20h
Sábados, domingos e feriados: 9h às 17h
Hall de Entrada
Classificação: livre
Entrada gratuita

Exposição “ANIMÁLIA [RELATOS EXPERIÊNCIAS LAMPEJOS MANIFESTAÇÕES] SELVAGENS” – 3º Andar do Prédio Principal da EBA – 02 a 16 de julho

Acontece no espaço expositivo do 3° andar da Escola de Belas Artes da UFMG a exposição ANIMÁLIA [RELATOS EXPERIÊNCIAS LAMPEJOS MANIFESTAÇÕES] SELVAGENS, com os alunos da disciplina Projeto Desenho. A palavra Animália é derivada do latim anima, e veio até o português através de animalis, sendo Animália o seu plural. A animália também lembra a potência da intuição, a sagacidade, a ferocidade e a luta pela sobrevivência. A representação dos animais na arte sempre foi um dos temas estudados, e desde os primeiros desenhos rupestres, vemos suas formas testemunhando uma comunhão estreita com os humanos, sem dúvida pela forte carga simbólica, fonte de fascinação e medo. A utilização da iconografia dos animais é muito diversa, e foi a partir do século XVII que a representação dos animais se tornou um gênero particular na pintura ocidental. André Félibien, em Conferências da Academia, escreveu em 1667 que “aquele que pinta animais vivos é mais estimado do que aquele que representa as coisas mortas sem movimento”. A história da arte mostra exemplos magníficos do desejo de representar o animal e sua esfera de possíveis, como é o caso do unicórnio e outros animais fantásticos. Fato é que a questão do animal — colocada por estes jovens artistas — nos leva a repensar nossa leitura da criação, evitando o dualismo homem/animal. Foi assim que a exposição foi concebida, como um processo de identificação e com o desejo de perceber uma identidade inclusiva. Pensar o animal como parte nossa e acolher, cada um deles, generosamente, na grande família da vida. Apresentam seus trabalhos André Luiz, Beatriz Leal, Clara Vitória, Camila Gama, Cawo Obara, Eric Piquerotti, Fernanda Santos, Gabi Damasceno, Gabriella Rebeca, Gabriela Rezende, Júlia Santos, Lara Reis, Lavínia Alanis, Lucas Lima, Lucas Lopes, Maria Carolina, Mônica Victor e Patrick Carvalho. A disciplina é ministrada pela Prof. Patricia Franca-Huchet e pela Prof. Andréa Vilela. Teve como estagiária docente a mestranda Victória Sofia e monitoria de Liel Gabino. A exposição teve início no dia 02 e vai até o dia 16 de julho de 2024.

Bolsa de Iniciação Científica Fotografia – Inscrições até 14 de julho

O coordenador do Projeto de Pesquisa Autoria e Processo Criativo na Fotografia, vinculado à Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, Professor Eduardo Queiroga, faz saber que, no período de 01/07/2024 a 14/07/2024, estarão abertas as inscrições de candidatos para 1 (uma) vaga de bolsista de PIBIC, vinculado ao Edital 005/2024 – PIBIC /CNPq.

Edital 1280/2024 – Probic – Fotografia

Edital do Programa de Monitoria da Graduação – 007/2024 – Fotografia Básica

O Chefe do Órgão Acadêmico Responsável do(a) Departamento de Fotografia e Cinema, Prof. Antonio César Fialho de Sousa , faz saber que, no período de 06/06/2024 a 14/06/2024 , de
23:00:00 às 23:59:00 horas, o(a) Secretaria do FTC, exclusivamente por meio do endereço eletrônico dftc@eba.ufmg.br, receberá as inscrições de candidatos para o exame de seleção do
Programa para atuar nas disciplinas/atividades com carga horária de 20 horas semanais, das quais 8 horas deverão ser alocadas em estudos individuais e atividades de planejamento, realizados por
meio de cronograma flexível.

Edital PMG 007/2024 – Fotografia Básica

Errata Edital PMG 007/2024

Exposição fotográfica – Christine Delory-Momberger – Nas entranhas da terra – 27/05 a 17/06 – Prorrogada

Fendas finas, nervuras esfoladas, sutis buracos no solo. Profundezas bocejando seus silêncios. Sob a terra, a abertura do mundo aflora.

Estrias venosas arranhando a areia submersa. Corpos vegetais imponderáveis. Eflorescência espumosa. Troncos seculares cortados, reunidos em um monte lunar. Um mundo pulsa.

Céus cintilantes. Auroras marinhas.

Figura pétrea gravada num muro citadino. Bloco de granito erguido na encosta.

Animais à espreita. Humanos vigilantes. Potência vibrátil dos corpos.

Tempo suspenso das origens, recolhimento profundo.

A terra exala seu som trêmulo. Alerta abafado.

Escavar as entranhas da terra, extrair do caos a força do viver.

Tornar-se um com os corpos. Poderes conectados dos seres vivos.

Trabalhar nossas interdependências e construir o mundo de amanhã.

Esta exposição é uma das ações resultantes do projeto de internacionalização entre as universidades de Paris 13 e UFMG com a participação dos pesquisadores Rosvita Kolb Bernades, Ana Cristina C. Pereira, Maria Amália de A. Cunha e Claudia Starling e seus respectivos laboratórios de pesquisa: Casa Aberta Mesa Posta: Arte, Infâncias e Narrativas de Si /EBA, GESTOLab /EBA e o Lapensi (FaE).

CHRISTINE DELORY-MOMBERGER é professora de ciências da educação e formação na Sorbonne Paris Nord Université e professora associada da UNEB. Ela é antropóloga da vida (anthropologue du vivant) e autora fotógrafa. Em seu trabalho combina pesquisa e fotografia e seus projetos fazem parte das novas escritas da fotografia documental.

Sua entrada na fotografia foi fortuita, gerada por uma busca existencial por sua ascendência. Numa noite de outono, ela encontra uma pequena fotografia de família com bordas entalhadas que começa a fotografar para tentar desvendar seu mistério. Começa então de uma forma mais abrangente, apoiando-se na sua biografia familiar intergeracional de exílio e num gesto de escavação fotográfica, a explorar as formas identitárias que as figuras de si construíram na sua relação com o íntimo, a memória, a história pessoal e coletiva. Misturando imagens e textos de estilo poético e literário, cria um espaço híbrido de criação no qual realiza uma “investigação interior” que lhe permite levantar o véu sobre as dobras da história e construir-se num imaginário da imagem.

Seu interesse pela história coletiva leva-a a lugares onde ocorreu a desumanidade irrepresentável e que deixaram uma marca duradoura na Europa.

Ela agora se volta para uma fotografia da vida (photographie du vivant) em formas de atenção sensível que explora com acuidade, na consciência de que estar neste mundo é compartilhar com os vivos e os não-vivos, os humanos e os não-vivos uma comunidade de destino e uma vulnerabilidade mútua.

Expõe regularmente e é autora de vários livros de fotografia, bem como de monografias, ensaios e livros de entrevistas com fotógrafos que podem ser encontrados em seu site de fotógrafa.

Ela é representada pela agência Révélateur.

https://www.christinedeloryphotography.com

https://www.agencerevelateur.fr

Lançamentos do livro: ESCOLA DE BELAS ARTES, UFMG: 65 ANOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM ARTES

Texto: divulgação

. Livro inédito aborda a trajetória da Escola de Belas Artes/UFMG, referência no ensino das Artes no Brasil.
. Participam 15 autores que compartilham experiências de ensino-aprendizagem na graduação e pós-graduação.
. O livro inclui 66 fotografias; “Cronologia”; seção “Sobre os Pioneiros”, além da relação completa dos diretores, professores e técnicos-administrativos que atuaram na EBA/UFMG desde sua criação em 1957.

Será lançado no sábado, no dia 18 de maio, das 11h às 14h, na Livraria da Rua (Rua Antônio de Albuquerque, 913 na Savassi, em Belo Horizonte. O livro “Escola de Belas Artes, UFMG: 65 anos de ensino-aprendizagem em Artes”, organizado pelos professores e pesquisadores Mariana Ribeiro da Silva Tavares; Lucia Gouvêa Pimentel e Evandro José Lemos da Cunha, com edição da Editora Ramalhete de Belo Horizonte.
O livro é fruto de pesquisa de cinco anos de Pós-Doutorado da pesquisadora Mariana Ribeiro da Silva Tavares junto ao Programa de Pós-Graduação em Artes da Escola de Belas Artes (EBA/UFMG) com bolsa PNPD-CAPES. A investigação tem como ponto de partida, o projeto Memória da Escola de Belas Artes, idealizado pela professora aposentada Pompéa Péret Britto da Rocha, que levantou documentos e registrou entrevistas que cobriram os 15 anos iniciais da EBA, de 1957 a 1972. A essa documentação somaram-se novas entrevistas com professores e técnicos, bem como o levantamento de novos documentos, reportagens, textos e imagens que abarcam as décadas seguintes até 2024.
Essa documentação foi a base para a organização e escrita da história da Escola de Belas Artes da UFMG que está entre as instituições de ensino das artes mais significativas do país. Nas palavras da Professora Emérita da ECA/USP, Ana Mae Barbosa, que assina o prefácio: “A EBA/UFMG sempre foi uma escola contemporânea no tempo, com pioneirismo em várias áreas e grande influência na História do Ensino das Artes no Brasil.” O primeiro curso de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis do país foi criado na Escola de Belas Artes, em 1978, pela professora Beatriz Coelho. A primeira habilitação de Cinema de Animação em universidade brasileira, em 1985, é também da EBA, assim como a primeira Especialização em Estilismo e Modelagem do Vestuário, em 1986, que posteriormente deu origem ao Bacharelado em Design de Moda, em 2009. Implementado em 2006, o Doutorado em Artes é o primeiro de Minas Gerais.
O Festival de Inverno da UFMG – uma das principais atividades de extensão em universidade brasileira – foi criado em 1967, pelo saudoso professor de pintura da EBA, Haroldo Mattos e pela professora e pianista Berenice Menegale, da Fundação de Educação Artística. O grupo Giramundo, referência em teatro de bonecos no país, foi igualmente criado como atividade de extensão na EBA, em 1970, pelos professores-artistas Álvaro Apocalypse, Terezinha Veloso e Maria do Carmo Vivacqua (Madu).
Essas são algumas das ações relatadas no livro que percorre a trajetória da Escola por décadas. Na primeira parte, “Da memória para a História”, conhecemos a luta inicial de estudantes mulheres para a criação da Escola; a conquista da sede própria no Campus/Pampulha (1972); a criação do mestrado (1995) e do doutorado em Artes (2006); a ampliação da Escola a partir do programa Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) em 2008, dentre outras atividades importantes para a compreensão do percurso histórico.
Na segunda parte, “65 Anos de Ensino-Aprendizagem em Artes: Compartilhando Experiências”, onze artigos de professores-artistas apresentam relatos históricos e metodologias de ensino-aprendizagem na graduação e na pós-graduação. São procedimentos que foram criados pelos professores em diversos cursos da Escola de Belas Artes e que podem ser referências para outras escolas de arte no país. Das práticas da improvisação no Curso de Teatro à pesquisa em Artes da Cena; da experimentação no cinema de animação à criação de um espaço expositivo para os alunos de fotografia, esses relatos constituem possibilidades de ações em sala de aula e outros espaços que podem impulsionar outras iniciativas de ensino-aprendizagem no Brasil.
Atualmente a Escola de Belas Artes da UFMG oferece seis cursos de graduação: Artes Visuais com bacharelados em Artes Gráficas, Desenho, Escultura, Gravura, Pintura e uma Licenciatura em Artes Visuais; Cinema de Animação e Artes Digitais (CAAD); Conservação-Restauração de Bens Culturais Móveis; Dança; Design de Moda e Teatro (Bacharelado e Licenciatura). Oferece também dois cursos de graduação interunidades (em parceria com outras unidades da UFMG): Design (junto com a Escola de Arquitetura) e Museologia (em parceria com a Escola de Ciência da Informação).
O livro “Escola de Belas Artes, UFMG: 65 Anos de Ensino-Aprendizagem em Artes” apresenta também Cronologia (de 1957 a 2024); seção “Sobre os pioneiros” (com biografias de 17 professores pioneiros), além da relação completa dos diretores e vice-diretores, professores e técnicos-administrativos que atuaram na EBA/UFMG a partir de 1957 (momento em que o Curso de Artes foi criado pelo professor-arquiteto Sylvio de Vasconcellos na Escola de Arquitetura). Sessenta e seis fotografias acrescentam camadas documentais à essa história referencial para o ensino das Artes no Brasil. O livro também será lançado na UFMG, após a greve dos servidores federais de educação.

Professores que participam do livro: Ana Lúcia Menezes de Andrade, Adolfo Cifuentes, Arnaldo Leite Alvarenga, Eugênio Paccelli Horta, Evandro José Lemos da Cunha, Gabriela Córdova Christófaro, Geraldo Freire Loyola, Lucia Gouvêa Pimentel, Luiz A C Souza, Maria Beatriz Braga Mendonça (Bya Braga), Mariana de Lima e Muniz, Mariana Ribeiro da Silva Tavares, Maurício Silva Gino, Mônica Medeiros Ribeiro, Pompéa Péret Britto da Rocha.

Lançamento do Livro “Escola de Belas Artes, UFMG: 65 Anos de Ensino-aprendizagem em Artes”.
Dia 18 de maio (sábado): das 11h às 14h: Livraria da Rua (R. Antônio de Albuquerque, 913, Savassi, Belo Horizonte.
Preço: 50,00 (cinquenta reais)
ISBN: 978-65-5034-052-0
1ª ed.,2024, Editora Ramalhete, Belo Horizonte, 288pgs.

Informações e contato para entrevistas com os organizadores do livro:
Mariana Tavares – marianatavares167@gmail.com (31) 996 11 4678
Lucia Gouvêa Pimentel – luciagpi@ufmg.br (31) 991 05 52 94
Evandro José Lemos da Cunha – jlemosdacunha@gmail.com (31) 72 66 19 50