Meu nome é Jorge Luiz dos Anjos. Eu nasci em Ouro Preto, Minas Gerais, em 30 de abril de 1957… É difícil falar da formação de uma maneira simplificada, porque eu comecei com seis anos de idade. Eu já gostava muito de desenhar. E, meu pai me incentivava dando material, comprando material para desenho: lápis de cor, papel… Essas coisas para um menino de seis anos. Aos sete anos, eu entrei no primeiro ano primário… Então, eu já fui para a escola, no primeiro ano, já com esse gosto assim. Eu queria muito! Eu queria muito! E, eu me lembro muito bem como se fosse ontem… Eu nessa época já sabia que queria ser pintor. Assim, era claro para mim que eu queria ser pintor! Desde aquela época… Eu nem sei o porquê que eu já sabia isso… O meu irmão estava se formando na quarta série e a diretora perguntou na cerimônia de formatura com todos os alunos lá… A diretora pediu para que cada um pensasse naquele momento o que queria ser quando crescesse. Eles estavam se formando! Só que eu estava lá com sete anos a resposta eu já tinha. Então, desde essa época, eu venho com oito anos, nove anos… Eu fiz uma aula de pintura… Meu pai me levou para uma aula particular. Não era um grande pintor. Mas, foi uma experiência assim fora de casa. Não era escola. Mas, foi já uma experiência de aprendizado…

Artista visual. Participou do 8º Festival de Arte Negra (FAN BH) em 2015. Neste contexto de interlocução e circulação artística pode-se mencionar a presença dos artistas Jorge dos Anjos e Ricardo Aleixo na mostra Instante Infinito (2017) na Galeria de Arte BDMG Cultural em Belo Horizonte. Transcrição parcial da entrevista realizada pela artista e pesquisadora Janaina Barros Silva Viana no ateliê do artista em Belo Horizonte (MG) para o arquivo digital Epistemologias Comunitárias em 2019.