Exposições
Exposição Desenho: Modelos Vivo
Concurso e Conversa com o Artista na Exposição Desenho: Modelos Vivo
Texto: Michel Morais
O desenhista e acadêmico Eugênio Paccelli Horta é o convidado do “Conversa com o Artista” no Ateliê 6 da Escola de Belas Artes nesta quarta feira dia 22 de março às 14h. Mediada pelo Professor Sandro Ka do Departamento de Desenho EBA/UFMG e com a participação da multiartista e modelo vivo Andrea Dário, a conversa integra a programação da Exposição Desenho: Modelos Vivos e tem início logo após a abertura da exposição. Além dessa atividade, o evento contará com o 2º Concurso Cabeça de Papel que premiará três participantes que elaborarem um chapéu ou máscara em papel, apresentando-os no dia da abertura da exposição e conversa com o artista.
Adrea Dário, que também é a curadora da exposição, observa que “esta exposição, que Eugênio Pacceli Horta nos privilegia com o olhar que constrói como exercício contínuo, é fruto das inter-relações sensíveis que escolhe estabelecer com a imagem do modelo para estimular o seu imaginário, a sua didática, metodologia e processos criativos; com foco na presença e na performance do Modelo Vivo (Vivo).” A curadora explica que os desenhos em exposição são frutos de um observador inquieto e da reflexão sobre a figura humana que Eugênio carrega desde a sua formação artística como bailarino até sua atuação como desenhista e acadêmico, haja vista todos os desenhos apresentados serem produzidos em sala de aula junto aos alunos entre os anos de 1995 e 2022. Ainda destaca, dessa exposição, a conformação de um diálogo entres artistas, aquele que observa e aquele que é observado, configurando, em suas palavras, uma “homenagem singela à existência dos modelos vivos e à sua importância da elaboração do pensamento plástico.”
Escola de Belas Artes abre seleção de trabalhos fotográficos para exposição em Tiradentes
Texto: Eduardo Queiroga
Estudantes, TAEs e docentes podem se inscrever por meio de formulário até o dia 12 de fevereiro. Trabalhos devem ter sido realizados em atividades vinculadas à escola.
O Núcleo de Pesquisa em Fotografia (N’Foto) da Escola de Belas Artes da UFMG juntamente ao Campus Cultural UFMG em Tiradentes (PROCULT – UFMG) e a Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade, divulgam chamada para seleção de trabalhos para compor uma mostra coletiva que será inaugurada no Festival de Fotografia de Tiradentes – Foto em Pauta em março de 2023.
Serão aceitos trabalhos em fotografia em todos os seus formatos e múltiplas possibilidades de articulação com outras linguagens. Poderão participar alunos, ex-alunos recém egressos, professores e técnicos-administrativos daUFMG que tenham desenvolvido os trabalhos inscritos nas disciplinas de graduação, pós-graduação, projetos de pesquisa e de extensão na Escola de Belas Artes.
As inscrições estarão abertas até o dia 12 de fevereiro e devem ser feitas através deste formulário. O edital com todos os detalhes sobre o processo está disponível neste link.
Parceria
A colaboração entre a UFMG e o Festival de Fotografia de Tiradentes acontece desde as primeiras edições do evento, inicialmente através da cessão de espaços do Campus Cultural UFMG em Tiradentes e da Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade para suas ações. A partir de 2015, procurou-se construir uma parceria mais efetiva, com a proposta de uma programação integrada à do festival, envolvendo alunos e professores da UFMG.”Passamos a ocupar os espaços com a produção da universidade”, relata a professora Anna Karina Bartolomeu, que coordena o projeto desde 2015 e integra o N’Foto juntamente com os professores Patrícia Azevedo e Eduardo Queiroga.
Através da articulação entre a UFMG e o festival, já participaram os fotógrafos Dirceu Maués e Alexandre Sequeira, que cursaram seu Doutorado na EBA, e Marilene Ribeiro, também ex-aluna da universidade. Ganharam itinerância em Tiradentes exposições apresentadas antes no Espaço f, coordenado pelo professor Adolfo Cifuentes, que integra os Al-Químicos, grupo que investiga a fotografia de base química e que marcou presença no festival em diversas edições. Outro destaque foi a Coleção Livro de Artista, tema da conferência do professor Amir Brito Câdor, que fez a curadoria de uma mostra com um recorte daquele acervo especialmente para o evento. “A participação de membros da comunidade acadêmica no festival já se deu de várias formas, através de exposições, oficinas, conferências, etc. Em 2023, a novidade é esta convocatória, a partir da qual a mostra a ser apresentada no Quatro Cantos Espaço Cultural será construída”, ressalta a professora Anna Karina.
A próxima edição do Festival de Fotografia de Tiradentes – Foto em Pauta está prevista para acontecer entre 15 e 19 de março.
CONVOCATÓRIA | UFMG no Festival de Fotografia de Tiradentes | Exposição coletiva
Inscrições: até 12 de fevereiro
Festival de Fotografia de Tiradentes: previsto para 15 e 19 de março
Link com informações e inscrições: https://forms.gle/RVVqoQJygAr4qu8n8
Centro Cultural recebe exposição “O Tudo e o Nada” dos alunos da pós-graduação da Escola de Belas Artes da UFMG
A abordagem sobre a existência humana é algo que nos leva a outras realidades, a consciência do incognoscível. Essas questões ultrapassam a nossa compreensão do “Tudo” e sempre nos deixam sem respostas às perguntas: “Por que existe algo e não apenas o nada?” “Por que o universo se dá o trabalho de existir?” Tais reflexões sempre fizeram parte do esforço humano de se entender como parte do todo que aí está. Indagações que, além de nos deixar atônitos, nos instigam e estimulam na tentativa de buscar uma maior compreensão desse todo. Essa busca promove desdobramentos e edificam pilares basais para a construção de uma consciência, o que nos leva a avançar como seres pensantes e talvez nos coloque em posição de igualdade e importância a todas as formas de vida. Existimos como tudo existe e somos tão relevantes quanto qualquer outra substância do universo. Essa é uma precondição para o respeito e entendimento do “Tudo”.
Mais que um recorte curatorial para fundear uma exposição de arte, essa abordagem filosófica é também uma tentativa de estabelecer sutilmente um corte epistemológico, que provoque certa ruptura nos processos de aquisição de conhecimento voltado para os trabalhos de uma pós-graduação em arte. A Exposição “O Tudo e o Nada” foi prevista como resultante de uma disciplina, com o mesmo nome, do Programa de Pós-Graduação em Artes da Escola de Belas Artes da UFMG e teve como premissa estimular o imaginário e habilitar ao aluno/artista a desenvolver projetos tridimensionais, esculturas, objetos e instalações, que dialoguem com o espaço de maneira poética, sensível ou reativa, tendo como base conceitual “O Tudo e o Nada”. Mais do que isso, esta é uma tentativa de arejar a pesquisa em arte desses artistas e alunos da pós-graduação e criar uma oportunidade – no elenco de disciplinas – para buscarem mais elementos para sua investigação através dos seus próprios processos criativos.
Os conceitos implícitos na questão do “O Tudo e o Nada”, não é premissa absoluta para justificar e possibilitar o entendimento das obras aqui expostas. A base conceitual foi meramente um efeito catalisador de processos, um gatilho para estimular o poderoso espírito criativo desses artistas e possibilitar um campo fértil para a criação. A obra de arte não se explica, se sente. No cerne de cada trabalho exposto existe uma vivência, uma história de vida, uma maneira de ver e sentir o mundo, de forma muito pessoal e peculiar. A arte tem seu vocabulário próprio. Esse é o universo do artista, que transita por fronteiras tênues, pouco espessas e sutis como uma forma de sentir o “Tudo”. Cabe a ele a coragem de ser e de dar o salto no vazio em busca de seu “eu” mais profundo de criar e apresentar generosamente, a partir de suas obras, um possível entendimento de um pequeno fragmento do “Tudo”.
Convido a todos para mergulharem no universo pessoal de cada um desses artistas através de suas obras e quem sabe até se surpreender com possíveis lampejos de consciências em um processo que além de buscar entendimentos, permita explorar o sentir.
Fabrício Fernandino
Curador da Exposição
Abertura: 21 de dezembro de 2022 | às 19 horas
Visitação: até o dia 14/02/2023
Terças a sextas: 9h às 20h
Sábados, domingos e feriados: 9h às 17h
Grande Galeria
Classificação indicativa: 14 anos
Entrada gratuita
Chá de Abertura da exposição “Extroversão de Arquivo” – 07 de dezembro de 2022 – 14h – Espaço F
Mostra CAAD – 06 e 07 de dezembro – EBA 65 anos
Exposição “ILUMINAR” – 29/11 a 15/01 – EBA 65 anos
Exposição “Ponto de Encontro” – 05 a 14 de dezembro – EBA 65 anos
A artista Efe Godoy participa de bate-papo na Escola de Belas Artes da UFMG
Texto: assessoria NEDEC
Na próxima quarta-feira, dia 30/11, o Grupo de Pesquisa NEDEC – Núcleo de Estudos e Ensino em Desenho Contemporâneo (EBA/UFMG), por meio da linha de pesquisa “Desenho e Hibridismos de Linguagens”, recebe a artista Efe Godoy (@efegodoy) para uma conversa sobre seu processo de investigação artística e formas de atuação no sistema da arte, com mediação do Prof. Dr. Sandro Ka. Com coordenação da Prof. Dra. Camila Moreira, a atividade acontecerá no Auditório da Escola de Belas Artes, das 10h às 12h, com entrada franca, aberta à comunidade acadêmica e público interessado.
Efe é artista visual míope, transvestigenere, com pesquisa sobre hibridismo em suas variadas linguagens (vídeo, desenho, performance) com ênfase em recortes de memórias da infância e fabulações espontâneas. Natural da cidade de Sete Lagoas/MG, a artista vive e trabalha em Belo Horizonte. Passeou pela Escola Guignard UEMG e continua sua formação através de vivências em residências no Brasil e exterior, como Bolsa Pampulha – Belo Horizonte (2015/2016), EAC – Montevideu (2018), Adelina – São Paulo (2018) e, mais recentemente: Hemiencuentro, no INSTITUTO Hemispheric NY University – Cidade do México (2019), mostra Verbo de performance Arte, na Galeria Vermelho – São Paulo e Prêmio Sarp – museu de Ribeirão Preto (2020) e Ruído Blanco – Argentina (2022). Neste ano, foi indicada ao Prêmio Pipa.
Para a atividade, a artista preparou uma apresentação intitulada “Para sonhar imagens de transformação”, que dá nome a sua recente exposição individual, realizada no Palácio das Artes. Segundo Efe, o título foi pensado para nosso encontro/conversa/aula aberta com a proposta de abordar o realismo fantástico e a magia das quimeras, convidando o público a criar seres híbridos e povoar sonhos lúcidos.