Exposições
Projeto Bordas da Imagem convida Tatiana Altberg para roda de diálogo
Texto: Eduardo Queiroga
A conversa focará na criação de narrativas fotográficas em projetos colaborativos
O Projeto Bordas da Imagem promove, no próximo dia 22 de novembro, às 19h30, a roda de diálogo “Imagens expandidas: projetos colaborativos e a subjetividade do eu”. A conversa contará com a presença da convidada Tatiana Altberg, que falará sobre a criação narrativa em projetos coletivos e individuais, apresentando pontos importantes de seus trabalhos.
A participação é aberta ao público, sem necessidade de inscrição prévia. Acontecerá on-line e ao vivo, no canal do YouTube (youtube.com/@bordasdaimagem), com interação através de perguntas e comentários. A proposta é juntar a prática artística com a reflexão, através de um diálogo aberto e leve, partindo de aspectos observados na obra da artista, como o processo criativo, os variados suportes e suas temáticas.
O encontro faz parte do projeto de extensão Bordas de Imagem, vinculado à Escola de Belas Artes da UFMG, coordenado pelo fotógrafo e professor Eduardo Queiroga. O projeto é formado por um grupo de estudos sobre fotografia, com a integração de pesquisadores da imagem de diversas partes do Brasil, além de uma série de rodas de diálogo que buscam abordar questões contemporâneas da fotografia, partindo de articulações entre o fazer artístico e a pesquisa acadêmica, atravessando fronteiras, contrabandeando ideias, abrindo fissuras entre prática e teoria.
Sobre a convidada:
Tatiana Altberg é artista visual e mestre em Artes pela UERJ. Seu trabalho articula a fotografia com procedimentos de criação narrativa em projetos colaborativos, visando provocar uma reflexão crítica e sensível a respeito de si e do seu entorno, de forma a expandir seus territórios existenciais. Em 2003, junto a Redes da Maré, criou o Mão na Lata, um conjunto de ações coletivas com jovens da comunidade da Maré, que tem participado de exposições, seminários e publicações com os resultados de suas práticas fotográficas. Em 2021 foi editado pela coleção Arte Bra um livro sobre sua trajetória.
Roda de diálogo
Imagens expandidas: projetos colaborativos e a subjetividade do eu
Com Tatiana Altberg
22 de novembro de 2022
19h30
LUZ ao LADO – Exposição Coletiva
LUZ ao LADO é uma exposição com curadoria de Patricia Franca-Huchet e participação dos artistas estudantes da ESCOLA DE BELAS ARTES da UFMG. Textos dos artistas Antônio Dias, Liel Gabino e Thâmara Carvalho. No catálogo presença de obras e textos de Alice Castro, Ana Bicho, Ana Cristina Torres, Antônio Dias, Bárbara Elizei, Ciberiana Caz, Franz Pessoa, Gabriel Lisboa, Ítalo Carajá, Johannes Castelli, Júlia Corsino, Leonardo Soares, Leyla Carvalho, Liel Gabino, Nico Vaz, Paula Saraiva, Thâmara Carvalho, TOBO e Yuri Alves. Tratamos do tema da LUZ como elemento fundamental das artes visuais na observação de sua materialidade e força simbólica.
Designers do catálogo — Liel Gabino, Ana Bicho e Ana Cristina Torres.
Produção — Liel Gabino e Nico Vaz.
Catálogo: https://issuu.com/lielgabino/docs/catalogo_issuu
A exposição acontece na Escola de Belas Artes da UFMG de 08 a 22 de novembro/2022.
Exposição “Investigações” – 26/10 a 05/11
Texto: Elis Rockenbach, Eduarda Pereira, Carol Sanz, Isabela Tunes e Raíssa Reis.
Em um exercício curatorial, as alunas do Ateliê 1 de Desenho, organizaram, com orientação do Prof. Dr. Eugênio Paccelli Horta, a exposição “Investigações”, que é composta pelos trabalhos dos alunos André Mesquita, Murilo Caixeta, Vanessa Santos (VNS), Isabela Lara, Maria Luisa, Thalita Amorim, Lucca Falieri e TatianaAssis.
A mostra será inaugurada em 26 de outubro, às 16:00 e se estenderá até 5 de novembro, no corredor expositivo do ateliê 6, no terceiro andar da Escola de Belas Artes da UFMG.
As investigações dos artistas perpassam por temas que tangem o ser contemporâneo e o seu pensar artístico: para Murilo os conceitos de Natureza e Cultura são essenciais, já para André a temática queer se faz muito presente na cultura geek/nerd. Para Lucca interessam as sombras e o modo como elas estão presentes na composição da forma e na riqueza de detalhes do desenho; à Vanessa seduzem as linhas e a fluidez vivaz; para Thalita, as brincadeiras, o espaço. Maria Luísa investiga linhas e tramas, com o macramê, um desenhar com todos os dedos envolvendo o tempo-espaço.
Assim, foi construída uma trama pelos alunos do semestre anterior, um reflexo das interseções das poéticas internas que foi desenvolvida no percurso de cada um pelo curso. Ainda que, as técnicas e materiais se diferenciam de obra para obra – e cada artista mostre uma predileção; a partir do trabalho curatorial, expografia e apresentação das obras é possível criar laços e similaridades entre as produções – a abertura para o gesto e as possibilidades e anseios para o desenho no campo ampliado.
A trama das produções se dá pelo entrelace de cores, formas, materiais e repetições. Formada por poéticas diversas, compõem trabalhos únicos e produzem diálogos que nos levam a lugares sensíveis, que incentivam à abertura, que remete às ricas possibilidades do desenho contemporâneo.
Artistas sobrepõem suas produções em exposição coletiva no Centro Cultural UFMG
Texto: Assessoria do Centro Cultural UFMG
O Centro Cultural UFMG convida para a abertura da exposição coletiva como se fosse agora, das artistas Júlia Abdalla, Lara Mortimer e Victória Sofia, nesta sexta-feira, 23 de setembro, às 19h. A mostra reúne desenhos, fotografias, colagens, gravuras e instalações e poderá ser vista até o dia 30 de outubro. A entrada é gratuita. Classificação: livre.
A passagem do tempo
Este momento, agora, é mais passado ou mais presente? O acúmulo dos anos transforma, altera a matéria e o rastro do que fica pode ser somente sinalizado pela memória. Memória daquilo que foi, daquilo que seria, daquilo que virá a ser.
Profundamente atravessadas pelos últimos anos, em que a presença precisou ser interrompida, Júlia, Lara e Victória apresentam neste instante de vida a exposição coletiva ‘como se fosse agora’, com trabalhos reconfigurados e inéditos, sobreposições entre a produção das três artistas e obras efêmeras.
Assumindo a inevitável metamorfose, também, da forma como o pensamento se constrói, a mostra deixa em aberto um processo criativo contínuo que tem momentos de hiato e de fazer intenso, como mortes e renascimentos.
Sobre as artistas
Júlia Abdalla é graduanda em Licenciatura em Artes Visuais pela UFMG. Nasceu em Franca, São Paulo e vive em Belo Horizonte. Explora os meios da gravura e do desenho na tentativa de registrar experiências internas e pensamentos ininterruptos que nascem do cotidiano “banal”. Participou de diversas exposições coletivas, é artista residente no Centro Cultural UFMG, como membro do grupo de estudos Rebento, e tem experiências em Arte Educação.
Lara Mortimer é natural de Belo Horizonte, formada em desenho pelo curso de Artes Visuais da UFMG. Pelo interesse em criar e refletir as interseções entre as linguagens, seus trabalhos partem de técnicas variadas como o desenho, monotipia, fotografia e vídeo. Atualmente desenvolve sua pesquisa imagética acerca da ideia de paisagem (re)construída em consonância com o corpo em seus movimentos de olhar, reconhecer, pensar e lembrar. Participou de exposições coletivas em Belo Horizonte, é artista residente no Centro Cultural UFMG, como membro do grupo de estudos Rebento, e já ministrou, individual e coletivamente, oficinas de arte e comunicação.
Victória Sofia é artista visual natural de Belo Horizonte, graduada em Artes Visuais pela UFMG – habilitação em Desenho. Interessada pela manifestação visual da passagem do tempo, utiliza técnicas como texto, imagem gráfica, desenho, fotografia e degradação orgânica para construir e destruir imagens. Participou de diversas exposições coletivas e residências em Belo Horizonte, além de possuir experiência profissional com educação em instituições culturais.
Exposição coletiva como se fosse agora
Abertura: 23 de setembro de 2022 | às 19h
Visitação: até o dia 30 de outubro de 2022
Terças a sextas: 9h às 20h
Sábados, domingos e feriados: 9h às 17h
Sala Ana Horta, Centro Cultural UFMG
Classificação indicativa: livre
Entrada gratuita
TRAMAS DA MÉMORIA
Texto: Divulgação
A exposição Tramas da Memória que abre dia 10 de Setembro de 2022 no Museu de Artes e Ofícios com apoio do SESI/FIEMG é uma idealização dos artistas Rodrigo Mogiz e Lívia Limp e que assinam a curadoria. Eles estarão expondo juntamente com outros 24 artistas contemporâneos e 3 projetos sociais que atuam em oficinas e orientação de artesãs que trabalham com o têxtil. São ao todo 29 expositores e mais de 100 obras que se relacionam com práticas manuais têxteis direta ou indiretamente, explorando outras mídias como pintura, desenho, escultura, colagem, performance, cerâmica e instalação.
Tramas da Memória se propõe a mostrar um recorte de como as artes têxteis têm ganhado força dentro do cenário artístico brasileiro e internacional. Nos últimos anos tem aparecido em outras curadorias e mostras importantes como Bienais e Feiras de Arte Contemporânea. Mesmo sendo uma atividade tradicional em muitas culturas do mundo, o têxtil encontra força e abordagens próprias no estado de Minas Gerais, estando presente na memória afetiva de todos que têm mães e avós costureiras, bordadeiras ou tecelãs. Por tal razão, a exposição é composta por artistas e artesãs mineiras ou que aqui escolheram trabalhar e viver. A partir de um olhar sobre o artesanal, as obras que estarão expostas tendem a nos provocar sobre os limites entre arte, artesanato e design, por meio de um grupo diverso em faixa etária, formação, trajetória, gênero, sexualidade, crenças, e que trazem suas vivências, angústias e desejos para suas poéticas visuais.
Não à toa, portanto, que essa exposição encontrou espaço no Museu de Artes e Ofícios propondo-se a dialogar com a memória de um acervo que fala dessa mineiridade por meio do trabalho. Um museu também de Artes, pois assim os ofícios eram considerados, mas que também pode e devem ser das Artes apreciativas e engajadas em causas diversas da contemporaneidade. A exposição passa por três eixos curatoriais: TRABALHO, CORPO e TESSITURAS, promovendo realmente uma trama de múltiplas conexões que tem seu início nas memórias reais e ficcionais de cada artista com o têxtil, passando por como cada um transforma materialidades diversas e trazendo provocações poéticas e políticas de como se relacionam com o mundo ao redor.
A exposição que vai até 5 de Novembro tem em sua programação visitas mediadas com os curadores e artistas, rodas de conversa, mini oficinas e ações coletivas com bordado, feirinha de produtos artesanais e performance, durante o período expositivo.
Curadoria: Rodrigo Mogiz e Lívia Limp
Rodrigo Mogiz – Artista Visual, graduado pela Escola de Belas Artes da UFMG. Atua como artista desde o ano 2000 e desde 2003 se dedica ao bordado como linguagem em seus trabalhos, tratando-o enquanto desenho e pintura, buscando discussões em torno de relações afetivas a partir da sua homoafetividade e da tradição do bordado, enquanto memória e estabelecendo conexões entre o artesanato e o design. Realizou cerca de 10 exposições individuais e participou de 52 coletivas em Belo Horizonte, onde vive e trabalha, e em várias outras localidades do país e exterior. Suas mais recentes exposições foram a coletiva “Cuir” pela galeria chilena Isabel Croxatto e a individual “Aqueles (In)visíveis” pela Casa Fiat de Cultura em BH, ambas em 2021. Em 2017 fez residencia artística em Paris/FR resultando a exposição “Le crime farpait” na galeria Alma Espace D’art. Mogiz ainda trabalha como professor em oficinas de arte e design no projeto social Instituto Fred e na Escola Livre de Artes/Arena da Cultura pela Prefeitura de Belo Horizonte.
Lívia Limp – Graduou-se em artes visuais pela Escola Guignard/UEMG (2015) e cursou Estilismo e Modelagem do Vestiário pelo CENEX/EBA/UFMG (2004). Desenvolve sua pesquisa artística tendo a escrita e o corpo como principais eixos temáticos. Realizou três individuais em Belo Horizonte (MG): ESCrita/escape, Centro Cultural da UFMG (2019); DO CORPO, O OSSO: ANOTAÇÕES PARA UM FUTURO DIÁRIO, SESI Minas (2019); Xilócopa #2 na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa (2015) e MODA É PURA SUPERFÍCIE no Museu da Moda (2016). Participou das exposições coletivas Mulheres artistas: Feminino plural. Fórum Lafayete, Belo Horizonte (2020); MEU CORPO MINHA OBRA: ORÁCULOS, Mama/Cadela, Belo Horizonte (2019); ABDZR Mama / Cadela, Belo Horizonte (2018); Bienal das Artes Sesc DF Brasília (2016); Bienal Universitária de Arte UFMG/UEMG (2012), com obras expostas no Espaço 104 e no SESC Palladium; Ocupação Gráfica Parede 2010 no Estúdio Dezenove, Rio de Janeiro (2010). Participou e recebeu Menção Honrosa no 2º Concurso Internacional de Libro de Artista, Guadalajara, México (2014) e na The 4th NBC Meshtec Tokyo International Screen Print Biennial, Tóquio, Japão (2013).
Artistas da exposição: Alexandre Tavera – Angelina Camelo – Caquimanga – Cícero Miranda – Daniela Schneider – Domingos Mazzilli – Eduardo Fernandes – Erica Lorentz – Eula Teixeira – Iago Gouvêa – Instituto Fred – Itamara Ribeiro – Jorge Fonseca – Juçara Costa – Julia Panadés – Leo Brizola – Letícia Arrighi – Lis Haddad – Lívia Limp – Luiz Henrique Vieira – Marta Neves – Mirele Brant – Noemi Assumpção –
Randolpho Lamonier – Renato Morcatti – Rodrigo Mogiz – Tolentino Ferraz
Projetos Sociais da exposição:
Flores do Morro
Instituto Fred
Instituto Renato Imbroisi
TRAMAS DA MÉMORIA
Museus de Artes e Ofícios
Praça Rui Barbosas, 600 – Centro – Belo Horizonte – MG
Abertura: 10 de Setembro / Sábado – de 10 às 15 horas
Visitação: 10 de Setembro a 5 de Novembro de 2022
Terça a sexta: 11 às 16 horas
Sábados e feriados: 9:00 às 17 horas
Reminiscências da artista Dulcinéia Salomão são reveladas em exposição ‘Aonde Vamos’
Texto: Comunicação do Centro Cultural UFMG
O Centro Cultural UFMG convida para a abertura da exposição ‘Aonde Vamos’, da artista plástica Dulcineia Salomão, na sexta-feira, dia 12 de agosto de 2022, às 19 horas. A mostra reúne 14 obras relevantes de sua carreira que trazem ícones representativos de um cotidiano rural e poderá ser vista até o dia 18 de setembro de 2022. A entrada é gratuita com classificação livre.
A artista propõe um deslocamento espaço-tempo por meio do resgate da memória, da percepção de suas inconstâncias e também de suas perdas, buscando questionar aonde vamos e como vamos.
Com processo criativo traçado por reminiscências interioranas, Dulcineia Salomão traz em sua linguagem rural pontilhados de árvores, flores, trilhas, figuras humanas e barcos.
Os barcos fazem alusões às vivências e viagens reais, além das referências advindas de sua imaginação. “No barco – o silêncio de todas as coisas. O barco – movimento de todas as coisas”, diz.
O uso de múltiplas técnicas exprime a liberdade da artista de inventar e recriar, com destemor, um mundo imaginário delicadamente revelado em nuances de força e fragilidade, vigor estético e poético.
Dulcineia Salomão é bacharel em Artes Plásticas pela Escola Guignard – UEMG (2000). Natural de Águas Formosas, Minas Gerais, trabalha e vive em Belo Horizonte. A artista trafega entre dois mundos, o rural e o urbano, materializando a memória e suas apreensões através das cores e formas criativas sensíveis, envoltas por um movimento imagético.
Exposição ‘Aonde Vamos’ – Dulcineia Salomão
Abertura: 12 de agosto de 2022 | às 19 horas
Visitação: até o dia 18/09/2022
Terças a sextas: 9h às 20h
Sábados, domingos e feriados: 9h às 17h
Sala Celso Renato
Classificação indicativa: livre
Entrada gratuita
Exposição ‘A Força Viva da Floresta’ apresenta experiência transformadora da artista Fabíola Morais com a natureza
Texto: Assessoria de Comunicação do Centro Cultural UFMG
O Centro Cultural UFMG convida para a abertura da exposição ‘A Força Viva da Floresta, da artista multimídia goiana Fabíola Morais, na sexta-feira, dia 12 de agosto de 2022, às 19 horas. A mostra reúne um conjunto de telas a óleo que figuram a relação entre os povos da floresta diluídos no ambiente urbano e natural em extinção. A entrada é gratuita e tem classificação livre.
Os desenhos pintados a óleo são ‘mirações’, termo que soma transcendência e visão. Possuem sinais de uma arquitetura clássica, cores gestalticas e influências europeias, especialmente de Egon Schiele e Henri de Toulouse-Lautrec, herança de seu tempo de sala de aula.
Outra fonte igualmente importante é o desenho indígena brasileiro: um código infinito que descreve a floresta como ser com incalculáveis conteúdos não revelados.
“O trabalho que apresento é a minha perspectiva construída na medida em que consigo sintonia com a frequência das florestas. Se a Amazônia nos apresenta o risco iminente de perda de uma riqueza biotecnológica e tecnoespiritual, viver no cerrado goiano é estar, de fato, sob a perda consumada”, diz a artista.
“Toda floresta tem seu código anotado nela mesma, operando em frequências só perceptíveis aos que se expõem a essa força. As plantas revelam do cosmos à cultura; em um único segundo, tudo: A Força Viva da Floresta”, completa.
Os desenhos sempre fizeram companhia à artista
Desenhar foi uma forma intuitiva de colocar uma primeira camada da sua identidade no mundo. Essa habilidade a conduziu para a faculdade de arquitetura, onde conseguiu dar estruturas para sua imaginação.
Ao mesmo tempo, estudando urbanismo, viu a cidade crescendo dura, eliminando tudo o que não era ela mesma.
No mestrado conheceu a antropologia indígena e no doutorado escreveu sobre desenho como sintoma e espaço de elaboração existencial.
Aprofundou no conhecimento dos seres vegetais, aprendendo a cultivar e a colher, também na vivência em rituais com plantas de poder.
A execução dos seus trabalhos é um rebatimento entre o analógico e o digital. A partir do desenho ou fotografia autoral exercita movimentos entre os meios até finalizar em pintura a óleo.
Fabíola Morais (1967) é artista visual, pesquisadora em estética e comunicação, graduada em Arquitetura e Urbanismo, mestre em Antropologia e doutora em História. Iniciou sua carreira artística e acadêmica no final da década de 90, em Goiânia, como professora de Arquitetura e depois Design. O desenho, a fotografia, o vídeo experimental e projetos de residência com coletivos de dança e teatro integram sua produção artística e intelectual, contudo, considera a pintura a óleo como a síntese mais importante de seu trabalho. Sua produção atual se fundamenta na etnografia e no desenho, ficando evidente a conexão com a natureza, a botânica, com raízes étnicas e o aspecto socioambiental. Mora no cerrado do Brasil Central e de lá extrai, por meio de fotografias, os temas e formas que desenvolve no ateliê, incorporando nessa ação sua experiência com o universo do design.
Exposição ‘A Força Viva da Floresta – Fabíola Morais
Abertura: 12 de agosto de 2022 | às 19 horas
Visitação: até o dia 18/09/2022
Terças a sextas: 9h às 20h
Sábados, domingos e feriados: 9h às 17h
Sala Ana Horta
Classificação indicativa: livre
Entrada gratuita
Culturas da contemporaneidade marcam exposição de alunos do Atelier de Escultura da UFMG
Texto: Assessoria do Centro Cultural UFMG
O que uma nova geração de artistas plásticos está produzindo? Parte da resposta pode ser vista na Biblioteca Central UFMG, em forma de esculturas expostas em seu saguão de entrada. No espaço, o público pode conferir, até 15 de setembro, a produção de 16 alunos do Atelier de Escultura da Escola de Belas Artes (EBA) da UFMG. A exposição é gratuita e aberta ao público.
Os trabalhos, marcados por originalidade e diversidade de materiais e de abordagens, apontam para direções que refletem não apenas habilidades técnicas, mas também as vivências da contemporaneidade de seus jovens autores. A curadoria é de Capra Maia, sob a coordenação de Fabrício Fernandino. A mostra resulta do projeto Desenvolvimento.
Conexões
Entre as peças expostas, está um mini bar reconstruído do mundo real, por Wladimir Pierre de Paula Silva, em que é possível ver, em seu interior, objetos em miniaturas, como uma estufa com coxinhas e prateleiras com garrafas. Em pequena escala, estão também as figuras femininas “enredadas” em tecido de filó, representando espécie de ascensão, de autoria de Joana Peixoto. Olhando um pouco mais para cima, está o morcego de Isabella Gomes Pereira, figurando no espaço, como em cenas da cultura midiática. Sobre conexões, elas estão também representadas na ciranda de pequenos homens em metal, por Theodora Moreira Lima.
Universos
“Essa geração é interessante porque apresenta uma outra maneira de ver e pensar o mundo. O seu conhecimento perpassa muito o universo dos games, o universo fílmico, a cultura de internet, uma cultura da velocidade, da rapidez do processo”, observa Fabrício Fernandino.
Segundo o professor, em decorrência dessas vivências, os novos talentos trazem outra perspectiva sobre o fazer artístico, mais vinculada à realidade deles, à imediaticidade no reconhecimento do sentido e buscando tecnologias associadas à obra de arte.
“Os professores têm o desafio de apresentar aos alunos um conhecimento conceitual a partir da história, da filosofia, mas temos também de nos adaptar aos novos tempos e entender como outras gerações percebem o mundo. A arte tem essa dinâmica: é uma resposta do artista ao seu tempo, uma busca de entendimento desse próprio tempo”, reflete Fernandino.
Desenvolvimento
A exposição integra o projeto Desenvolvimento, que leva ao público, semestralmente, a produção artística de alunos de escultura da UFMG. Criado em 2008, com a curadoria de Fabrício Fernandino, o programa funciona como uma espécie de laboratório que complementa o ensino em arte. Na fase inicial do projeto as exposições foram realizadas na Galeria da Escola de Belas Artes e na Galeria Aretuza Moura, do Centro Cultural UFMG.
Segundo os organizadores, o projeto abre a oportunidade para o grupo avaliar com qualidade as esculturas expostas, em que são consideradas desde a questão formal até a composição da obra com o espaço circundante. Saiba mais.
Exposição Desenvolvimento – Atelier de Escultura 2022/1
Período: 20 de julho a 15 de setembro de 2022
Horário: 7h30 às 20h (segunda a sexta-feira)
Local: Saguão da Biblioteca Central da UFMG – Av. Antônio Carlos, 6627 – Pampulha Belo Horizonte – MG
Curadoria: Capra Maia
Coordenação: Fabrício Fernandino
Monitoria: Jheferson Lacerda
Participantes:
Atelier de Escultura IV
Conceição Aparecida Perrolt Cerqueira – Jheferson Lacerda- Joana Peixoto
Atelier de Escultura I
Laura Beatriz Dias Pereira – Robson Miranda – Victor Lara Borem – Wladimir Pierre de Paula Silva
Escultura em metal
Emily Maria Carneiro Caetano – Gabriel Araujo Soares (Riel) – Isabella Gomes Pereira – Leila Martins de Oliveira – Lenen Soares de Souza – Pedro Francisco Bonilla Arruda Riel – Sara Diniz Aguiar – Theodora Moreira Lima – Victor Lara Borem – Wander Rocha Araujo
Exposição “Colônia”, de Clébio Maduro, revela a angústia humana vivida no manicômio de Barbacena
Texto: Comunicação do Centro Cultural UFMG
O Centro Cultural UFMG convida para a abertura da exposição “Colônia”, do desenhista, gravador e professor Clébio Maduro, na sexta-feira, dia 3 de junho de 2022, às 18 horas. A mostra reúne gravuras sobre o hospital psiquiátrico que estigmatizou o município mineiro como ‘Cidade dos Loucos’ e poderá ser vista até o dia 26 de junho de 2022. A entrada é gratuita. Classificação indicativa: não recomendada para menores de 14 anos.
A partir de um documentário que assistiu sobre a referida cidade e a colônia, o artista se viu instigado a conhecer pessoalmente o primeiro manicômio de Minas Gerais e ficou sensibilizado com o que presenciou no local. Para se libertar do que testemunhou, Clébio desenvolveu uma série impactante de gravuras que imprimem as dores vivenciadas nesse lugar, principalmente pelas mulheres, traduzidas em “Holocausto Feminino”, que lhe rendeu um poema de Amílcar de Castro, em 1989. As gravuras “Banho de Sol”, “Centro S.P.” e “Jogo da Velha” também lhe concederam o primeiro prêmio na Bienal Internacional de Gravura de Santos, em 2011.
Segundo Fernanda Medina, médica psiquiatra, doutora em história da arte e curadora da mostra, “o artista, que se viu assombrado pelas imagens produzidas no Hospital Colônia de Barbacena, precisou, durante três décadas, lidar com esse assombro, utilizando os meios que possui: a arte”. E completa, “Clébio não poupa o espectador da angústia, da solidão, do desespero vivenciado naqueles pavilhões. Ele não usa eufemismos. Ao contrário, suas imagens são uma espécie de denúncia. Por traz da sutileza de suas linhas e do rigor da sua composição, marcas da sua obra, o que enxergamos são os olhos e a alma da loucura”.
Clébio Maduro é desenhista, gravador e ex-professor de gravura da Escola de Belas Artes da UFMG (1978-2014). De 1972 a 2020 participou de 120 exposições coletivas e 16 individuais, incluindo 59 participações em vários salões nacionais, alcançando 12 premiações. Tem ministrado vários cursos de gravura e desenho nas principais cidades históricas de Minas Gerais, tendo como destaque em sua trajetória o 1º prêmio na Bienal de Gravura da cidade de Santos/SP e uma individual de 106 trabalhos intitulados “Obra Gráfica”, na Reitoria da UFMG.