Texto: Assessoria de Imprensa da UFMG
No dia 6 de abril, às 18h, será inaugurada a Exposição do Miniteatro de Óperas de Carlos Villar na Funarte MG. O Miniteatro é composto de mais de 700 objetos entre cenários, bonecos, mobiliário, objetos cênicos e fragmentos soltos, além da caixa cênica, uma maquete que reproduz o Teatro Municipal do Rio de Janeiro em miniatura. A exposição é resultado de uma pesquisa realizada a partir de um termo assinado entre a UFMG e a Funarte. O Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais (Cecor) da UFMG foi o órgão responsável pela execução da pesquisa coordenada pela professora Rita Lages Rodrigues no ano de 2022. A entrada é gratuita e a classificação, livre.
A programação da inauguração dialoga diretamente com o Miniteatro e contará com um bate-papo com as curadoras Maria Tereza Dantas Moura e Rita Lages Rodrigues, com a Performance Fios da Vida de Nani Oliveira, com uma trilha sonora ao vivo com Vinícius Pelizari, e com a apresentação de árias de óperas com os cantores Daiana Melo (soprano) Helen Isolani (soprano) Joice Coutinho (mezzo-soprano) Rhaniel Veríssimo (tenor), acompanhados pelo pianista Robério Molinari, sob coordenação musical da professora Luciana Monteiro de Castro.
As peças em exposição possuem dimensões variadas e foram restauradas nos anos de 2020-2021, por uma equipe coordenada por Maria Tereza Dantas Moura. Idealizado e construído ao longo de 15 anos pelo ex-tenor Carlos José Villar nos anos 1960, foi doado na década de 1980 pela família do artista ao projeto Memória das Artes Cênicas, da Funarte. Elaborado em homenagem ao maestro e compositor Carlos Gomes, reproduz cenários de espetáculos líricos, ao todo, oito óperas: Tosca, de Giacomo Puccini; Aída, O Trovador, Rigoletto e La Traviata, de Giuseppe Verdi; Fausto, de Charles Gounod; Carmen, de Georges Bizet e Mefistofele, de Arrigo Boïto.
Ao longo da pesquisa para a exposição foram descobertos também bonecos, cenários e fotografias históricas da Ópera Madame Butterfly. Na plateia e camarotes, os bonecos, com figurinos de época detalhados, representam os espectadores. No fosso da orquestra, eles se transformam em maestro e músicos, com seus respectivos instrumentos. Na apresentação dos espetáculos no apartamento de Villar, onde se encontrava o Miniteatro antes de seu falecimento e da doação, o artista, com a ajuda de um amigo, apresentava o espetáculo, com música tocada na vitrola e manipulação dos personagens e cenários.