Marília Bergamo fala sobre arte procedural em nova fase do projeto Aulas Abertas

Texto: Comunicação do Centro Cultural UFMG

O projeto Aulas Abertas inicia uma nova fase em que os vídeos terão uma periodicidade mensal, abrindo espaço a outros conteúdos que foram surgindo ao longo desse tempo de trabalho no ambiente virtual, onde foi elaborada uma intensa programação online. Para não esgotar as temáticas das aulas, agora os artistas, pesquisadores e professores são convidados a trazer assuntos de seus interesses e habilidades, dando continuidade a contribuição para a construção do conhecimento reflexivo e crítico do público.

Para inaugurar essa nova fase a professora Marília Bergamo nos apresenta uma aula sobre “Arte Procedural”.

Marília diz que Brasília foi construída a partir de lógicas e essas lógicas formam um modo de ver o mundo, pois nelas encontramos padrões que estão na natureza, na arte e na arquitetura. Através de uma brincadeira a professora demonstra a potência que o computador é capaz de trazer, principalmente para a geração desses padrões, além de abordar outras questões da arte computacional.

Bergamo explica o que é a arte do algoritmo, também chamada de arte de código ou arte procedural. Ela diz que um algoritmo é como uma receita, um método passo a passo para resolver um problema e é um dos blocos de construções fundamentais da Ciência da Computação. Os computadores podem processar algoritmos em velocidades e escalas maiores que o cérebro humano, permitindo que os artistas criem imagens como a arte fractal, geradora de geometrias recursivas e que podem ser imersivas ou responderem ao som e ao movimento.

Ela descreve que foi no início da década de 1960 que os pesquisadores formaram os primeiros trabalhos em arte generativa e computacional, que é um processo de geração de novas ideias, formas, cores ou padrões por meio desses algoritmos. Primeiro se criam as regras, que fornecem limites para o processo de criação, então o computador segue essas regras para produzir novos trabalhos em seu nome, em contraste com os artistas de outras formas de arte, que podem passar dias, ou até meses, explorando uma ideia.

Os artistas do código generativo usam os computadores para gerar várias ideias em meio segundo e aproveitam o poder do processamento moderno para inventar uma estética instruindo programas a serem executados dentro de um conjunto de restrições lógicas, guiando o processo até o resultado desejado.

Para finalizar sua aula, Marília afirma que a computação é também arte e não uma ferramenta na mão de um artista, ela é uma lógica de abstração que, uma vez sintetizada, passa então a fazer parte do mundo, conclui.

Assista ao vídeo abaixo e compreenda um pouco mais sobre os mecanismos procedurais de criação.

Link do vídeo: https://youtu.be/NLN6xiI-hAY

Marília Bergamo é professora titular da UFMG na área de pesquisa de poéticas tecnológicas. Leciona na graduação nas áreas de Design e Artes Digitais. Desenvolveu obras de arte que exploram a relação entre arte computacional interativa, design de interação e a criação de interfaces multimodais. Desde 2012 seu foco tem sido em sistemas artificiais evolucionários.

O projeto Aulas Abertas foi elaborado para oferecer um espaço de compartilhamento de ideias, conceitos e experiências, buscando a construção do conhecimento reflexivo e crítico pelo público, que terá acesso à fala de professores, pesquisadores e artistas convidados, não sendo assim aulas propriamente ditas, mas discussões contextualizadas pelo olhar científico e humano, essenciais neste momento de que estamos vivendo.

A cada mês será publicada uma nova aula através do Facebook, Instagram, YouTube e Site da Instituição.

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