Os dias contados – o artista terminal, a pandemia oitentista e o anúncio da contemporaneidade
ORIENTADORA: DRª. MARIA ANGELICA MELENDI
Resumo: Durante e a partir da década de 1980, um corpo significativode obras de artefoi produzidosobimpacto da crise de HIV/AIDS, tendo a disseminação daquela pandemia como motriz e enunciado, posto o grande percentualde artistassurpreendidos pelo diagnóstico, na primeira onda.A persistência criadora, nessas circunstâncias,projeta para a contemporaneidademodelosoriginais de discurso visual, inscritos nas primeiras pessoas do singular ou do plural, eemulados por sentidos de urgência e de legado, testamentários além de testemunhais. A reaçãoimediata da arte ao vírus que a sequestra se divide: de um lado,elevam-se inéditas produçõescom sentido de luto de si, habilitando como matrizes produtivas plenas a despedida, o afeto e a autobiografia plástica, com a autoficção a reboque. De outro, renovam-searticulaçõescoletivas de produção, inserção e circulação expositiva, direcionadas ao autossustento comunal, à atenção pública e à resistência aos agentes reguladores de subsistências possíveis. Tomados ambos os gatilhos prospectivos,e suas combinações, a argumentação se construirá nas relações entre as obras e os relatos das vivências dos artistas, e destes com o período histórico, que nos lega.
PALAVRAS-CHAVE: Relato autoral; Publicação de artista; Resistência artística, Necropolítica; Pandemias; AIDS, Territorialidades; Sistemas virais; Luto; Interações afetivas.
BANCA EXAMINADORA: Dr. Rodrigo Freitas; Dr. Ricardo Ayres; Dr. Fabio Morais; Dr. Sebastião Miguel; Dr. Adolfo Cifuentes – Suplente; Dr. Gladston Costa – Suplente.
DATA: 30/06/2023
HORÁRIO: 14:30 hrs. (online)
LINK DE ACESSO: https://us02web.zoom.us/j/88601507875
ID DA REUNIÃO: 886 0150 7875
José Schneedorf
Doutorando em Artes
Programa de Pós Graduação em Artes
Escola de Belas Artes – UFMG
Professor na Escola Guignard / UEMG