Do imaginário à imaginária devocional do profeta sertanejo Antônio Vicente Mendes Maciel, O Antônio Conselheiro

Autores

  • Jadilson Pimentel dos Santos

Palavras-chave:

Antônio Conselheiro, Imaginária religiosa, Arte popular, arte sacra

Resumo

O beato Antônio Conselheiro foi um indivíduo afeito ao cristianismo das origens e seguidor extremado das normas propagadas pela Contrarreforma: mortificação do corpo, veneração de relíquias, criação de santuários sagrados, utilização e influência do estilo barroco, dentre outras. Devoto declarado do Bom Jesus, São João Batista e Santo Antônio, apresentava em suas pregações, uma oratória inflamada e de teor místico, cujas bases encontravam ressonância em obras como o Lunário Perpétuo, as Horas Marianas e a Missão Abreviada. Apontado por diversos estudiosos como o “Anchieta” ou o “Vieira dos sertões”, deixou um conjunto de edifícios religiosos cujos oragos além de dialogarem sobremaneira com o estilo Barroco, também transitam pelas expressões de linguagem popular. Em seu séquito existiam os mais variados estratos sociais, destacandose, de forma exemplar, os entalhadores e fundidores os quais deixaram obras escultóricas desde as margens do São Francisco até os rincões mais próximos do litoral norte da Bahia. Essa imaginaria sacra ai presente, rica em simbologia, apresenta, variadas vezes, tipologias próprias com repertorio sincrético, sendo o tema sertanejo muito explorado. Baseado em fotografias, documentos de cronistas, cartas e dissertações, este trabalho intenta mapear as obras de esculturas do sertão do Conselheiro, de modo a revelar e divulgar esse patrimônio artístico-religioso que se encontra cada vez mais ameaçado, bem como esquecido de estudos mais aprofundados sobre esse que é um tema muito importante para o contar e recontar da memória do povo conselheirista.

Biografia do Autor

Jadilson Pimentel dos Santos

Instituto Federal da Bahia

Universidade de Campinas

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Publicado

2013-01-01

Edição

Seção

ASPECTOS HISTÓRICOS E SOCIAIS