Aspectos preliminares do levantamento e identificação da obra do “Mestre do Cajuru” e sua escola

Autores

  • Carlos Magno de Araújo

Resumo

Em Minas Gerais, a efervescência religiosa durante os séculos XVIII e XIX propiciou o surgimento de um elevado número de santeiros e ateliers, empenhados na produção de imagens para suprir a demanda das igrejas, ordens religiosas e culto particular, no interior das residências.

A região do Campo das Vertentes abriga um vasto acervo de imaginária religiosa em madeira policromada dos séculos XVIII e XIX. Esse conjunto, ainda pouco estudado, revela a qualidade dessa produção e indica vertentes distintas nas características formais das obras, reafirmando a existência de várias “escolas” ou “fábricas” de produção local.

No distrito de São João del Rei denominado São Miguel do Cajuru, a igreja matriz mantém em seu interior cinco imagens que, analisadas formalmente, denunciam ter sido talhadas pelas mãos de um único artista. São elas as imagens de São Miguel Arcanjo, São Gabriel, São Rafael, Nossa Senhora da Conceição e um Cristo Crucificado.

O desaparecimento da documentação do arquivo da igreja, tal como recibos e livros de registros e despesas, e o fato de não termos encontrado, até o momento, nos arquivos do Museu Regional de São João del Rei, documentos comprobatórios, nos impossibilitam, ainda, conhecer e revelar, o nome do autor das obras. No entanto, como está na matriz de São Miguel do Cajuru a concentração de um grupo maior de imagens a ele atribuídas, passaremos a chamá-lo de “Mestre do Cajuru”.

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Publicado

2003-01-01

Edição

Seção

AUTORIAS E ATRIBUIÇÕES