O DIVINO ADVOGADO

SÃO ROQUE E AS EPIDEMIAS E DOENÇAS NO BRASIL DO SÉCULO XIX

Autores

  • Ana Cláudia Magalhães
  • Maria Regina Emery Quites Ceib

Palavras-chave:

Epidemias, Santos, Devoções, Imaginária, Iconografia.

Resumo

No universo da imaginária devocional alguns santos são historicamente invocados durante
epidemias devido à associação que se faz deles com curas. As doenças foram promotoras de
devoções e, nesse sentido, destaca-se o culto a São Roque, mediador entre Deus e os homens.
Objeto de um famoso sermão do Padre Antônio Vieira, foi por ele chamado de “divino
advogado”. Este artigo tem como objetivo apresentar esse Terceiro Franciscano, que tem sido
invocado quando a morte aparece como ameaça iminente, como no caso da epidemia do
Cholera Morbus que atingiu o Brasil no século XIX. A devoção a São Roque foi estimulada
especialmente pelas poderosas Ordens Terceiras de São Francisco, nas cidades de Salvador/BA
e Recife/PE. O artigo trará da hagiografia cristã o São Roque intercessor buscado nas
epidemias; da iconografia trará os elementos simbólicos que o identificam; da historiografia
identificará as celebrações e demais atos de piedade realizados em sua honra.

Biografia do Autor

Ana Cláudia Magalhães

Graduação em Arquitetura e Urbanismo, e História pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), especialista
em Cultura e Arte Barroca pela UFOP, Especialista em Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis pelo Cecor/EBA/UFMG, Mestrado e Doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela UFAL. É servidora pública federal, lotada na Coordenação Geral de Conservação/CGCO/Depam, no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília/DF. Lattes: https://lattes.cnpq.br/7729122354685980. Orcid:
https://orcid.org/ 0000-0003-3841-4148.

Maria Regina Emery Quites, Ceib

Pós-doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), 2016; Doutorado pela Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP), 2006. Especialização em Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis pelo
Cecor/EBA/UFMG, 1990; Especialização em Cultura e Arte Barroca, 1991, e, Mestrado no Programa de Pósgraduação em Artes da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais
(PPGArtes/EBA/UFMG), 1985. É professora associada do Departamento de Artes Plásticas da EBA/UFMG e atua no PPGArtes/EBA/UFMG.                                                                                                                          Lattes: http://lattes.cnpq.br/1943960329335593. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-6736-1762.

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Publicado

2024-01-21

Edição

Seção

ICONOGRAFIA