Análises morfológicas dos drapeados na escultura portuguesa e brasileira
Resumo
Ainda que a ciência se aperfeiçoe na confrontação de pontos de vista das origens, contata-se que a literatura relativa à atribuição e à datação das obras de arte carece, muitas vezes, da argumentação necessária à sua compreensão pelos nãoespecialistas. A experiência e a intuição não são suficientes para justificar as conclusões de uma pesquisa, qualquer que seja seu mérito, e até mesmo os especialistas devem justificar sua opinião, caso contrário, suas teses se expõem ao risco de se tornarem estéreis. A situação agravou-se a tal ponto que alguns não crêem mais na análise estilística. Evidentemente, é justo lembrar a fragilidade dessa abordagem, mas devemos admitir que, quando as fontes primárias estão ausentes ou incompletas, a análise formal constitui o único meio de atribuição, e mesmo de datação. E, quando essas fontes primárias nos permitem atribuir o nome de um autor e uma data à obra estudada, a caracterização do estilo traz então maior clareza sobre um modo de produção em um determinado momento.