Sant’Ana
culto e iconografia
Resumo
Sant’Ana, mãe de Maria, foi, desde o início do culto das imagens, muito venerada pelos cristãos. Sentimos, nesse caso, a grande força da tradição oral e escrita, pois Sant’Ana, não tendo sequer sido mencionada no Novo Testamento e aparecendo apenas nos evangelhos apócrifos, foi santa tão cultuada quanto Maria e os apóstolos. Esse culto, no ocidente, foi permeado por oscilações, mas sua figura, sempre rodeada por lendas, milagres, visões de santos e discussões teológicas, teve força suficiente para se manter e marcar o desenvolvimento de sua representação na pintura e na escultura.
O interesse pela força e riqueza dessa devoção a uma figura feminina muito popular no Brasil motivou as pesquisas deste trabalho, apesar de outros terem escrito sobre o mesmo tema. Consta do presente artigo uma visão sucinta de seu culto no oriente, no ocidente e no Brasil e da evolução de sua representação iconográfica, não se pretendendo esgotar o assunto, mas motivar novas pesquisas.
A metodologia para este estudo, feito com recursos da própria autora, constou de pesquisa bibliográfica, visitas a museus, igrejas, mosteiros, entrevistas, viagens pelo Brasil, por Portugal e consultas ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.