Imagem Brasileira https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira <p>O Centro de Estudos da Imaginaria Brasileira - Ceib - foi criado em 1996, com o objetivo de incentivar, favorecer e divulgar estudos e pesquisas sobre as imagens sacras brasileiras. A revista <strong>Imagem Brasileira</strong>, dede sua primeira edição em 2001, vem cumprir esse importante objetivo de divulgar trabalhos inéditos de autores brasileiros e estrangeiros, que tratam de temas específicos ou afins as seguintes linhas de pesquisa: Materiais e técnicas; conservação-restauração&nbsp; e proteção; aspectos formais e estilísticos; iconografia e iconologia; aspectos formais e estilisticos; aspectos sociais e históricos ; autorias e atribuições.</p> Centro de Estudos da Imaginária Brasileira – CEIB pt-BR Imagem Brasileira 1519-6283 <h2 style="box-sizing: inherit; font-family: 'source sans pro', sans-serif; font-weight: bold; line-height: 1.1; color: #ffffff; margin: 0px; font-size: 2em; clear: both; text-rendering: optimizelegibility; padding: 0px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: center; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial;"><span class="cc-license-title" style="box-sizing: inherit; display: inline;">Attri</span></h2> <h2 style="box-sizing: inherit; font-family: 'source sans pro', sans-serif; font-weight: bold; line-height: 1.1; color: #ffffff; margin: 0px; font-size: 2em; clear: both; text-rendering: optimizelegibility; padding: 0px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: center; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial;"><span class="cc-license-title" style="box-sizing: inherit; display: inline;">Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International</span> <span class="cc-license-identifier" style="box-sizing: inherit; display: inline-block;">(CC BY-NC-ND 4.0)</span></h2> <h2 style="box-sizing: inherit; font-family: 'source sans pro', sans-serif; font-weight: bold; line-height: 1.1; color: #ffffff; margin: 0px; font-size: 2em; clear: both; text-rendering: optimizelegibility; padding: 0px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: center; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial;"><span class="cc-license-title" style="box-sizing: inherit; display: inline;">bution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International</span> <span class="cc-license-identifier" style="box-sizing: inherit; display: inline-block;">(CC BY-NC-ND 4.0)</span></h2> IMAGENS DE METAL FUNDIDO NA ARTE COLOMBIANA (SÉCULOS XVII-XVIII) https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/533 <p>Durante os séculos XVII e XVIII, as imagens de metal fundido eram muito comuns em Nova<br>Granada, tanto as importadas da Espanha e de Quito quanto as feitas localmente. Entre essas<br>imagens há uma dupla casuística: de um lado, aquelas que eram feitas inteiramente de metal,<br>como a Huerfanito de Pamplona, e de outro, aquelas que só tinham algumas partes de metal,<br>principalmente o rosto e as mãos. Neste estudo abordaremos todas essas questões com especial<br>atenção às peças das oficinas de Quito, que inundaram o mercado de Nova Granada durante o<br>século XVIII.</p> Adrián Contreras-Guerrero Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 273 288 “SÃO PEDRO ARREPENDIDO” (MOSTEIRO DE SÃO BENTO DA BAHIA) https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/534 <p>escultura sacra, modelada em barro, “São Pedro Arrependido”, de autoria atribuída ao monge<br>beneditino Frei Agostinho da Piedade e pertencente ao Mosteiro de São Bento da Bahia. O<br>referido estudo faz uma breve apresentação do contexto histórico da escultura no Brasil, e em<br>seguida, aborda aspectos da vida do frei beneditino. Prossegue tratando da constituição da<br>técnica de modelagem, policromia, e do seu atual estado de conservação, trazendo depois<br>questões relacionadas às discussões sobre a autoria da peça. O trabalho é finalizado com<br>informações descritivas sobre as técnicas e os materiais, apresentando os exames técnicos e<br>científicos realizados na escultura até o momento de elaboração deste trabalho, com o objetivo<br>de entender todo o processo de sua construção. Trata-se de uma pesquisa inicial que ainda não<br>foi finalizada, porém, traz questões importantes a serem consideradas e discutidas.</p> Agesilau Neiva Almada Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 289 307 IMAGENS EM MARFIM https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/535 <p>Este estudo apresenta uma abordagem sobre a imaginária religiosa em marfim, obras com<br>presença marcante nos espaços colonizados pelo Império Colonial Português, frutos do<br>processo de miscigenação e trânsito cultural. Estes artefatos são estudados aqui em suas<br>características materiais e técnicas, propondo uma sistematização inicial de suas tipologias,<br>ampliando o entendimento sobre uma temática que ainda nos deixa questionamentos<br>significativos. Os atributos formais e estilísticos da imaginária lavrada em marfim estão<br>diretamente condicionados às possibilidades de trabalhabilidade que esta matéria-prima<br>específica possibilita, produzindo modelos de representação com soluções muito<br>características, influenciando a laboração das peças, suas dimensões, resistência e<br>ornamentação. O processo de degradação deste material é abordado brevemente, apontando<br>como condições inadequadas, além de sua própria natureza, interferem em sua conservação.</p> Anamaria Camargos Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 308 327 A IMAGINÁRIA DOS IMIGRANTES NA ZONA DA MATA MINEIRA https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/536 <p>O presente artigo objetiva congregar resultados de pesquisas desenvolvidas no âmbito de<br>processos técnicos de identificação, proteção e de conservação-restauração de bens culturais e<br>também do desdobramento de diversas investigações acadêmicas de um grupo de pesquisa que<br>tem reconhecido, na Zona da Mata mineira, além de obras em suportes tradicionais, a ocorrência<br>significativa de esculturas ligadas a processos de imigração, cujos materiais e técnicas ainda<br>não haviam sido descritos nos acervos mineiros como a cartapesta. A partir desses estudos<br>identificam-se diferentes categorias de esculturas religiosas, como as imagens na técnica da<br>cartapesta, importadas da Itália por comitentes religiosos ou leigos de origem italiana, assim<br>como imagens assinadas e documentadas produzidas em estuque e gesso, de forma artesanal,<br>em solo mineiro, por artistas italianos estabelecidos na região. Conclui-se que a região possui&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; uma imaginária diversificada que se resulta de múltiplas experiências históricas e culturais<br>desenvolvidas nesta porção do território mineiro.</p> André Vieira Colombo Elza Helena Martins Vieira Rafael Zampa de Sousa Valtencir Almeida Passos Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 328 340 INFLUÊNCIA DO ROCOCÓ NA POLICROMIA DA IMAGINÁRIA BAIANA https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/537 <p>A análise das policromias encontradas em onze imagens sacras católicas na Bahia revela o<br>domínio técnico dos policromadores da segunda metade do século XIX. Estas imagens, com<br>características do estilo rococó, demonstram a destreza dos artistas na técnica do estofamento,<br>com elaborados esgrafitos e pinturas a pincel, onde executam desenhos antropomorfos,<br>zoomorfos, fitomorfos e quadriculados em "guilhochês". A pesquisa em andamento tem se<br>dedicado a documentação fotográfica, análises formais, revisão da bibliografia existente, tendo<br>como objetivo esclarecer o período em que foram executadas e identificar se a autoria é de um<br>único artista ou se diversos artistas copiavam protótipos pré-existentes. Essa pesquisa busca<br>divulgar a arte sacra baiana do século XIX, destacando a riqueza das técnicas e ornamentos<br>utilizados pelos policromadores, além de compreender melhor a história e desenvolvimento da<br>arte sacra na Bahia e a influência do estilo rococó nesse contexto.</p> Cláudia Guanais Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 341 352 MOLDAGENS DA IMAGINÁRIA ATRIBUÍDA A FREI AGOSTINHO DA PIEDADE NO MUSEU DE ARTE SACRA DA UFBA https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/538 <p>Muitas peças em barro cozido produzidas a partir do século XVII, no nordeste brasileiro, foram<br>atribuídas ao monge escultor Frei Agostinho da Piedade, só que, apenas quatro têm a assinatura<br>do artista. Nosso objetivo é apresentar moldagens identificadas no Museu de Arte Sacra da<br>Universidade Federal da Bahia (MAS/UFBA), cuja motivação para aquisição ou produção<br>delas pode ter sido em razão de corroborar com os estudos da obra do artista. Para tal, nos<br>pautamos na pesquisa documental, com análise qualitativa de dados presentes nas fichas de<br>catalogação e visita técnica ao Museu. Encontramos dez moldagens em gesso e três estudos não<br>catalogados em cimento pigmentado. Sendo que, parte dessas peças foram procedentes do<br>moldador Jair Brandão e adquiridas de 1959 a 1961. As demais, produzidas por Manoel do<br>Bomfim [sic] dentro do Ateliê de conservação e restauro do MAS, foram incorporadas ao<br>acervo em 1977.</p> Elis Marina Mota Ivan Coelho de Sá Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 353 367 A PRESENÇA DAS COLAS PROTEICAS NA ESTRUTURA DAS OBRAS SACRAS https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/539 <p>Este estudo é resultado de uma pesquisa sobre propriedades mecânicas de colas proteicas, tanto<br>aquelas tradicionais, frequentemente citadas em diversos receituários e tratados antigos, como<br>alternativas e novas possibilidades, em função da realidade brasileira. Para tanto, essas técnicas<br>foram resgatadas de autores europeus antigos, como Ceninni, Nunes e Velloso, e<br>contemporâneos, como Segurado e Fleury. O objetivo foi avaliar propriedades de resistência<br>mecânica das colas, através de ensaios de cisalhamento, e criar um “Banco de Colas” de origem<br>animal, possibilitando o conhecimento dos diferentes materiais utilizados ao longo do tempo.<br>A metodologia se constituiu na mensuração da resistência mecânica das colas animais em<br>função de sua matéria-prima. Os materiais coletados dessas espécies foram avaliados através<br>de ensaios destrutivos. Os resultados laboratoriais da pesquisa serão compartilhados através de<br>atividades de arte e educação (oficinas, conferências e eventos científicos), além de publicações<br>de artigos em revistas científicas.</p> Túlio Vasconcelos Cordeiro de Almeida Luiz Antônio Cruz Souza Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 368 384 Revista Completa https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/543 <p>.</p> Beatriz Ramos de Vasconcelos Coelho Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 423 423 NOSSA SENHORA DA LUZ DOS PINHAIS https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/529 <p>Neste artigo fazemos uma leitura interpretativa sobre a história de Curitiba, distinguindo quatro<br>fases da composição do município como correspondentes às quatro iconografias sacras de sua<br>padroeira. Apresentamos o percurso do desenvolvimento urbano a partir da imaginária de Nossa<br>Senhora da Luz dos Pinhais como ilustração simbólica de cada recorte de tempo, mas,<br>sobretudo, como ícone inspirador na configuração das fases da vida social. Assim, propomos<br>que o sentimento da devoção mariana, expressado na estética religiosa de cada período, influiu<br>nos rumos da cidade, desde a sua fundação à atualidade.</p> Khae Lhucas Ferreira Pereira Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 166 174 Normas https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/542 <p>Normas.</p> Beatriz Ramos de Vasconcelos Coelho Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 420 423 ESCULTURAS DEVOCIONAIS EM PERSPECTIVAS DECOLONIAIS https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/519 <p>As teorias pós-coloniais, inauguradas com os estudos de Edward Said (1990) e enraizadas na<br>Crítica Literária e nas Ciências Sociais, impactaram os diversos setores e disciplinas das<br>Humanidades, entre as quais a História Social da Arte (Bell, 2008), que encontrou nos<br>fenômenos da Imagem e na cultura material um reflexo deste complexo espectro teórico,<br>artístico, cultural e político, frequentemente desafiado em novos objetos de pesquisa e novas<br>problematizações ao longo da História. Tais diálogos de interculturalidade chegaram nos<br>currículos da educação básica, bem como nos museus, nas instituições de cultura e nos acervos<br>artísticos. Neste panorama as esculturas devocionais não se encontraram incólumes ou<br>distantes dos debates e das abordagens suscitadas. Ao contrário, reafirmaram-se como<br>repositórios de histórias, de diversidades, de religiosidades e das ambivalências do mundo<br>colonial e pós-colonial. Ademais, as análises iconográficas, nesse bojo, possibilitam dialogias<br>com a educação patrimonial, com a arte-educação (Barbosa, 2014) e com o ensino de história<br>(Lúzio, 2022), enquanto releituras do passado colonial.</p> Jorge Lúzio Matos Silva Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 11 20 A IMAGEM PARA ALÉM DA FORMA. OU A VIAGEM DAS FORMAS. A ESCULTURA DEVOCIONAL NA EXPANSÃO PORTUGUESA (SÉCULOS XVXVIII): https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/520 <p>Este trabalho busca sintetizar a história da escultura devocional de origem portuguesa durante<br>o período de expansão ultramarina (séculos XV a XVIII). A partir de uma análise retrospetiva<br>da escultura religiosa em Portugal durante os períodos Românico e Gótico, serão exploradas as<br>tendências que surgiram, tanto na manutenção de modelos metropolitanos exportados pela<br>estratégia missionária de mimetização de gostos, formas e iconografias europeias (nas ilhas<br>Atlânticas e no Brasil), quanto na adaptação a outras culturas antigas e estruturadas, com<br>sistemas artísticos consolidados em outros continentes. A segunda perspetiva teve início com<br>os marfins afro-portugueses no século XV e evoluiu para uma gramática de hibridação ou<br>miscigenação artística no espaço do Índico (Índia Portuguesa, principalmente, também em<br>Ceilão), além da China e do Japão. No mundo indo-português, a escultura foi produzida em<br>conformidade com o modelo e estilística barroca metropolitana, adaptando-se às expressões<br>estéticas da costa do Malabar, Ceilão, China e Japão.</p> Vítor Teixeira Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 21 47 JORNADA DE UM SANTO MESTIÇO PELO BRASIL COLONIAL https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/521 <p>A ideia deste artigo é levantar algumas questões sobre a história da devoção e iconografia de<br>Gonçalo Garcia, santo de origem indo-portuguesa, em território brasileiro, a partir de alguns<br>episódios curiosos ocorridos no período colonial, notadamente no Nordeste e em Minas Gerais.<br>No Brasil sua devoção foi muito forte entre a população parda, principalmente devido à opinião<br>que se construiu em torno da possível cor mestiça do santo, concorrendo para ocorrência de<br>litígios sociais em cidades e vilas da época. Inicialmente procurou-se indicar como se deu a<br>construção da história do santo e de sua iconografia, ainda lá no Oriente, e como, poderia ter se<br>dado a formação da imagem de um santo de cor parda ou mestiça. São questões que serão<br>pontuadas aqui, a partir de informações deduzidas de crônicas, sermões e documentos da época.<br>Essas são pistas que nos permitirão compreender como sua devoção e iconografia se misturaram<br>no Brasil colonial ao cotidiano das populações de cor.</p> Célio Macedo Alves Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 48 67 UMA DEVOÇÃO DESCONHECIDA: A HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA DO BRASIL E A SUA REPRESENTAÇÃO EM UMA ESCULTURA DE GESSO PERTENCENTE À ESMU-UEMG https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/522 <p>O objetivo principal desse artigo é aprofundar no conhecimento de uma rara escultura<br>policromada em gesso de Nossa Senhora do Brasil que atualmente pertence à Escola de Música<br>da Universidade Estadual de Minas Gerais (ESMU-UEMG). Para alcançar essa proposta será<br>apresentada a origem da devoção a Nossa Senhora do Brasil e a sua história. Procurou-se<br>também apresentar ao leitor algumas principais representações dessa devoção, que ainda é<br>muito pouco conhecida e representada no Brasil. Além disso, a fim de compreender o contexto<br>de produção e comercialização das imagens em gesso no país, apresentam-se as principais casas<br>revendedoras ou produtoras de imagens no início do século XX. Por fim, identifica-se a<br>escultura de Nossa Senhora do Brasil, que, lamentavelmente, é apresentada ao leitor após um<br>ato de vandalismo ocorrido no fim de 2019: a imagem teve a parte frontal parcialmente pichada<br>com tinta spray vermelha. A comunidade acadêmica à qual a obra pertence entrou em contato<br>com o autor e solicitou o seu restauro. A obra é descrita e analisada formal e iconograficamente.<br>Os conhecimentos levantados nesse artigo serão fundamentais para uma próxima publicação<br>sobre os materiais, as técnicas construtivas e o estado de conservação da obra, que resultarão<br>em uma proposta de intervenção e no restauro da obra.</p> João Henrique Ribeiro Barbosa Jussara Maria Rocha Alves Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 68 83 A VISÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS DA CAPELA MOR DA IGREJA DO CONVENTO DE SÃO FRANCISCO DE SALVADOR/BA https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/523 <p>A finalidade deste texto é trazer ao conhecimento de estudiosos da arte sacra baiana o escultor<br>Pedro Ferreira. Embora seja autor de obras de esculturas importantes, passa quase<br>desapercebido na historiografia da arte baiana. Trata-se de artista que pertenceu ao período em<br>que o neoclassicismo se impunha à cultura Ocidental, porém, ainda restavam, na Bahia, as<br>práticas dos estilos barroco/rococó, em especial a cópia dos grandes mestres desses estilos.<br>Pedro Ferreira foi um desses artistas e teve como principal inspirador Bartolomé Esteban<br>Murillo (1618-1682), um dos principais pintores do barroco espanhol. Pedro Ferreira foi muito<br>desprestigiado pelo fato de sobreviver como mestre de obras.</p> Maria Helena Ochi Flexor Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 84 99 REVISITANDO A PRODUÇÃO ESCULTÓRICA DE FRANCISCO VIEIRA SERVAS https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/524 <p>Desde 2002, data do lançamento do livro Francisco Vieira Servas e o Ofício da Escultura na<br>Capitania das Minas do Ouro, foram descobertas várias obras esculpidas por Servas que, em<br>uma nova edição, deverão substituir algumas das imagens apresentadas naquela publicação. Na<br>época, para a exposição do conjunto de imaginária a ele atribuída, algumas peças foram<br>utilizadas para análises comparativas, mas, com o passar dos anos e novos estudos<br>desenvolvidos, percebeu-se tratar de obras de outras escolas, de formas semelhantes às<br>conferidas a Servas, mas não produzidas em sua oficina. No presente artigo, pretende-se, além<br>de mostrar algumas dessas imagens recém-descobertas, tecer considerações sobre a autoria e o<br>ofício da escultura religiosa no período da então Capitania das Minas.</p> Adriano Reis Ramos Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 101 117 A IMAGINÁRIA ANTONIANA REMANESCENTE DAS FREGUESIAS DA VILA DE MAGÉ, EM FINS DO SÉCULO XVIII. https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/525 <p>Um dos santos mais populares do Brasil, Santo Antônio teve sua devoção difundida nas<br>freguesias formadoras do Município de Magé, no recôncavo da Baía de Guanabara, nos séculos<br>XVII/XVIII. O nosso objetivo foi analisar as imagens devocionais de Santo Antônio<br>remanescentes dos acervos das mais antigas paróquias da Magé colonial. Entre as fontes, os<br>relatórios do Marquês do Lavradio (1779) e de Monsenhor Pizarro (1794) e o catálogo da<br>exposição Devoção e Esquecimento (2001), ocorrida na Casa França-Brasil, no Rio de Janeiro.<br>Os resultados indicam que a devoção a Santo Antônio se desenvolveu, principalmente, na Igreja<br>Matriz de Nossa Senhora da Piedade de Inhomirim, às margens da variante do Caminho Novo,<br>que ligava o recôncavo ao Distrito Diamantino, na Capitania de Minas Gerais, bem como para<br>a existência de, pelo menos, duas representações antonianas, encontradas na Paróquia de São<br>Nicolau de Suruí, com características típicas do Barroco Brasileiro.</p> Antônio Seixas Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 118 132 A OFICINA DE ESCULTURA DEVOCIONAL NA BELLE ÉPOQUE BRASILEIRA https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/526 <p>No Brasil, durante as grandes imigrações ocorridas entre o final do século XIX e o primeiro<br>quartel do século XX, surgem as primeiras oficinas implantadas por imigrantes, que<br>abandonando o sistema de organização das antigas corporações de ofícios, são precursoras de<br>uma industrialização de esculturas devocionais onde o estilo, modo de produção e<br>comercialização foram influenciados pela grande importação de esculturas devocionais<br>industrializadas em estilo saint-sulpice. A pesquisa se dá através da análise bibliográfica e da<br>documentação primária, permitindo comparar o modelo de produção das oficinas brasileiras<br>com as europeias, bem como conhecer os materiais e a tecnologia de fundição do gesso utilizada<br>na época e analisar os conceitos de cópia e reprodução para a confecção de esculturas<br>devocionais no período da Belle Époque brasileira.</p> Cristiana Antunes Cavaterra Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 133 152 JOAQUIM FRANCISCO DE ASSIS PEREIRA https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/527 <p>Neste artigo trazemos ao conhecimento mais amplo, parte da biografia deste mestre artífice,<br>seus principais trabalhos nas artes em prata, madeira e policromia. Joaquim Francisco de Assis<br>Pereira foi um artista nascido e falecido na cidade de São João del-Rei. O artista pesquisado,<br>nasceu no ano de 1813. Filho de um ourives-prateiro, aprendeu o ofício com seu pai, e, ao longo<br>de sua vida desenvolveu as capacidades de trabalhar com a madeira e também com as tintas.<br>Fez também parte de quase todas as agremiações religiosas de São João del-Rei durante sua<br>vida. A metodologia utilizada foi a pesquisa no arquivo da paróquia da Catedral Basílica de<br>Nossa Senhora do Pilar e revisão em fontes secundárias.</p> Marcos Luan Cosme Barbosa Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 153 164 O DIVINO ADVOGADO https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/530 <p>No universo da imaginária devocional alguns santos são historicamente invocados durante<br>epidemias devido à associação que se faz deles com curas. As doenças foram promotoras de<br>devoções e, nesse sentido, destaca-se o culto a São Roque, mediador entre Deus e os homens.<br>Objeto de um famoso sermão do Padre Antônio Vieira, foi por ele chamado de “divino<br>advogado”. Este artigo tem como objetivo apresentar esse Terceiro Franciscano, que tem sido<br>invocado quando a morte aparece como ameaça iminente, como no caso da epidemia do<br>Cholera Morbus que atingiu o Brasil no século XIX. A devoção a São Roque foi estimulada<br>especialmente pelas poderosas Ordens Terceiras de São Francisco, nas cidades de Salvador/BA<br>e Recife/PE. O artigo trará da hagiografia cristã o São Roque intercessor buscado nas<br>epidemias; da iconografia trará os elementos simbólicos que o identificam; da historiografia<br>identificará as celebrações e demais atos de piedade realizados em sua honra.</p> Ana Cláudia Magalhães Maria Regina Emery Quites Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 209 225 IFIGÊNIA DA ABISSÍNIA, DEVOÇÃO DOS CARMELITAS https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/531 <p>Este artigo aponta as versões hagiográficas e iconográficas acerca de Ifigênia, a preta, santa por<br>aclamação popular, devoção dos carmelitas. Suas imagens devocionais em madeira<br>policromada, de variadas técnicas de manufatura e modelos, produzidas no Brasil, nos séculos<br>XVIII e XIX, foram utilizadas na catequese dos pretos de ascendência africana e atingiram o<br>ápice no período de atuação das irmandades do Rosário dos Pretos. Esta devoção foi registrada<br>pela oralidade, e em publicações das Idades Média e Moderna, como as do Frei José Pereira de<br>Santana. Em compreensão dessas esculturas e revisão teórico-prática, foram realizadas visitas<br>in loco e documentação por imagem. A pesquisa buscou debater e interpretar as relações entre<br>a igreja, os impérios ibéricos e o povo africano vitimado pela escravidão e diáspora, em prática<br>naquele período. Este selecionado acervo do patrimônio cultural brasileiro estudado se mostra<br>com grande expressividade, valor histórico, material, imaterial e identitário.</p> Fábio Zarattini Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 226 248 NOSSA SENHORA DA PENHA https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/532 <p>O culto a Nossa Senhora da Penha de França chegou ao Brasil ainda no século XVI. A capital<br>paulista dispõe de um dos exemplares escultóricos seiscentistas da Virgem da Penha mais<br>notáveis. A partir dessa escultura, estabelecemos um estudo comparativo iconográficoiconológico<br>com outras obras da estatuaria dessa invocação, particularmente as imagens da<br>Penha de Votorantim e Arujá, exemplares da imaginária devocional paulista constituída em<br>terracota, respectivamente nos séculos XVII e XIX. A aproximação dessas imagens a esculturas<br>marianas de outros títulos permite-nos a constatação de uma espécie de sobreposição de<br>invocações de Maria, isto é, uma recorrência ou ausência de elementos iconográficos singulares<br>– sejam gestos, atributos, símbolos ou policromias – que deixam sutilmente de ser “exclusivos”<br>de determinados títulos de Nossa Senhora e, dotados de um discurso estético persuasivo e<br>intencional, perpassam as mais variadas imagens da Virgem com o Menino.</p> Leonardo Caetano de Almeida Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 249 771 TECNOLOGIAS 3D EMPREGADAS NA RESTAURAÇÃO DE COROAS DE PRATA FRATURADAS https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/540 <p>É crescente o uso das tecnologias digitais em vários setores. Na área da conservação<br>patrimonial, essa nova metodologia de utilização de processos digitais, é aplicada visando<br>diversos objetivos como a comunicação, a avaliação, o armazenamento de dados e também a<br>restauração de acervos históricos feitos com inúmeros materiais. Desses materiais que<br>compõem acervos patrimoniais, o metal pode ser considerado um dos mais resistentes<br>sobretudo os objetos confeccionados com metais nobres. Essa postura permite que eles sejam<br>submetidos a condutas inadequadas causando, muitas vezes, a aceleração de alguns processos<br>de deterioração como trincas e fraturas. O presente artigo mostra o método de restauração de<br>duas coroas de prata fraturadas que utiliza acessórios de encaixe precisamente produzidos por<br>meio das tecnologias 3D. A ação proposta resulta em peças restauradas de forma retratável,<br>com harmonia estética e feitas com ligas compatíveis com o metal original.</p> Maria Luiza Seixas Alessandra Rosado João Cura D’Ars de Figueiredo Junior Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 386 399 ESTUDO DE SOLVENTES DE BAIXA TOXICIDADE EM SUBSTITUIÇÃO AO XILENO PARA A FORMULAÇÃO DE VERNIZES UTILIZADOS NA CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE PINTURAS E DE ESCULTURAS POLICROMADAS https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/541 <p>Foram avaliados potenciais solventes ou sistemas de solvência para formulação de vernizes<br>compostos por quatro resinas: Damar, Laropal K80®, Paraloid B72® e Regalrez 1094®,<br>utilizados em procedimentos de Conservação-Restauração de pinturas e de esculturas<br>policromadas. Com o objetivo de encontrar solventes de menor toxicidade e igual ou superior<br>desempenho estético em relação ao solvente aromático xileno, o estudo considerou as seguintes<br>variáveis: viscosidade, pressão de vapor, brilho e toxicidade. O solvente acetato de isoamila&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; P.A. apresentou resultados satisfatórios para as resinas Laropal K80®, Paraloid B72® e<br>Regalrez 1094®. O solvente acetato de etila P.A. apresentou bons resultados para Paraloid<br>B72®. As resinas Damar, Laropal K80® e Regalrez 1094® apresentaram resultados<br>satisfatórios com os sistemas de solventes acetato de etila (2,6mL) + cicloexano (7,4mL). A<br>formulação composta por acetato de isoamila (4,5mL) + cicloexano (5,5mL) foi adequada para<br>a formulação de todas as quatro resinas testadas. Todos os solventes propostos apresentam<br>níveis de toxicidade inferiores ao xileno.</p> Mariah Boelsums João Cura D’Ars de Figueiredo Junior Luiz Antônio Cruz Souza Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 400 419 Apresentação https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/518 <p>.</p> Maria Regina Emery Quites Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13 FICHA CATALOGRÁFICA / COMISSÃO CIENTÍFICA https://eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/517 <p>.</p> Beatriz Ramos de Vasconcelos Coelho Copyright (c) 2024 Imagem Brasileira https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-01-21 2024-01-21 13