Uma perspectiva demiúrgica do Caído
desenhos, gravuras e textos
Palavras-chave:
Artes visuais, Emblemas, Desenho, Caído, GravuraResumo
Dos livros de emblemas amplamente editados e difundidos na Europa entre os séculos XVI e XVIII às representações mais modernas em gravura, desenho, pintura e literatura, o caído se constitui como um fragmento muito particular da constelação iconográfica ocidental. Apresenta-se ao mesmo tempo como figura e imagem: a proporção e variação de suas formas (objetos) e significados (sinais) permite o desdobramento de uma metáfora - objetivo mesmo deste estudo - para observar e entender, num plano descritivo dos estímulos e dos esforços criativos, as possíveis motivações da inteligência criadora e da intuição artística; as disposições, portanto, cosmogônicas e demiúrgicas, ascendentes e cadentes, com que o artista, frequentando e deixando-se frequentar pela imaginação, investe por conseguinte numa intensa atividade de observação, confabulação, espanto, memória, pensamento, pesquisa e trabalho para a criação e publicação de novos universos de imagens ou novos repertórios emblemáticos. Com isto, a presente discussão espera, por demonstração de um percurso artístico-acadêmico, dar testemunho reflexivo e visual desta questão, desenvolvida ao longo das práticas de formação em gravura .