A estética de Sylvain Chomet

A encenação pantomímica do desenho chargístico como diferencial na animação contemporânea

Autores

  • Lívia Maria Barbosa Salgado Universidade Federal de Minas Gerais

Palavras-chave:

Cinema de animação, Artes digitais, Jacques Tati, Sylvain Chomet, Cinema 2D

Resumo

Este trabalho apresenta um estudo sobre a estética diferenciada do diretor e animador francês Sylvain Chomet, que utiliza a tradicional técnica de animação bidimensional (2D) em seus filmes: o desenho a mão. Seu objetivo é identificar as particularidades de sua animação, que resultam em personagens visualmente interessantes e concebidos com um movimento criativo. Esse diferencial coloca-o em posição de destaque no cenário do cinema de animação contemporâneo, no qual predominam os filmes em computação gráfica tridimensional (3D). Através de uma análise teórica do curta-metragem La Vieille Dame et Les Pigeons (1998) e dos longas-metragens As bicicletas de Belleville (2003) e O Mágico (2010), realizados por Chomet, constatou-se o estilo distinto desse animador: o resgate da pantomima no traço chargístico da animação de personagem. Para embasar o estudo, foi apresentado um panorama sobre a arte da pantomima, conceituando-a e identificando suas características. A análise comparativa do filme Meu Tio (Jacques Tati, 1958) — fruto da encenação pantomímica no cinema sonoro —, com a animação O Mágico (2010) demonstrou o potencial dessa arte como referência para a construção de um movimento diferenciado que, juntamente com o traço chargístico, constituem a assinatura visual e cinética de Chomet.

Publicado

2024-01-19

Edição

Seção

Trabalhos De Conclusão de Curso