Espaço-tempo
um estudo da materialidade dos espelhos
Palavras-chave:
Conservação-restauração, Espelhos, Materialidade, Sulamita Mareines, Espaço-tempoResumo
Neste trabalho são analisadas as possibilidades de Restauração de espelhos a partir da instalação "Espaço-Tempo" (1972) de Sulamita Mareines, que utiliza espelhos, entre outros elementos, em sua composição. A pesquisa se concentra em entender as propriedades físico-químicas dos espelhos, em especial os contemporâneos, que se baseiam em vidro, película reflexiva e uma base opaca, e em como essas características influenciam sua deterioração. O objetivo principal é indicar estratégias de Restauração que preservem a integridade restante da obra, uma vez que ela se encontra fragmentada, e possibilidades para seu restauro. Para isso, foram realizados exames detalhados, empregando técnicas não invasivas, como espectrometria de Raios-X, para identificar os materiais e as causas da degradação dos espelhos, que sofrem de problemas como oxidação, fratura e lixiviação do vidro e da camada
reflexiva. Com base nos resultados, o estudo propõe um plano de intervenção que considera as especificidades dos materiais da obra, e se alinha aos princípios de mínima intervenção e retratabilidade. Este trabalho contribui significativamente para a compreensão das interações entre os materiais componentes dos espelhos e suas implicações para a conservação, oferecendo bases técnicas para futuras intervenções, além de destacar a importância de preservar esses objetos que são fundamentais tanto na história da arte quanto na ciência.