A CONSTRUÇÃO DO SOLO “ROSA BRANCA” E O MARABAIXO
memória, resistência, invisibilidade, lugar de fala e afirmação de identidade
Palavras-chave:
Marabaixo, Danças Populares, CenografiaResumo
Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) trata de uma experiência pessoal da autora enquanto artista-docente-pesquisadora amapaense dentro do Curso de Dança da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. A experiência parte da construção de um solo prático resultado de incômodos e do interesse da autora em se aproximar e compartilhar o Marabaixo, uma tradição cultural e artística do estado do Amapá, seu estado de origem. A expressão artística amapaense é vivenciada e praticada por parte da população negra do Amapá, e visto que a autora é branca, o trabalho se fundamenta no diálogo com os autores Djamila Ribeiro e Mônica Pessoa, e nas entrevistas com dançantes e cantantes do Marabaixo da comunidade negra amapaense. Dados coletados nas entrevistas na comunidade quilombola Curiaú e no Bairro do Laguinho, análise de um questionário aplicado a estudantes da UFMG e experimentações pessoais de composição coreográfica na construção do solo “Rosa Branca” fazem com que a pesquisa atravesse conflitos entre lugares de fala, sensações de pertencimento, invisibilidade, resistência, afirmação de identidade e legitimidade.