Perspectivas feministas para o ensino-aprendizagem do baby class.

Autores

  • Marina Albergaria Soares

Resumo

A presente pesquisa propõe uma reflexão sobre o baby class – aulas de balé para crianças entre 02 e 06 anos – e seu ensino-aprendizagem baseando-se em perspectivas feministas, de modo a estimular e contribuir para novas concepções pedagógicas de balé para a faixa etária citada. Para isso, através de uma revisão bibliográfica pertinente ao tema, fez-se uma explanação histórica sobre a relação entre a dança e o feminismo e, então uma breve análise crítica sobre os estereótipos femininos que são “naturalmente” reproduzidos e potencializados nessas aulas através de práticas e discursos pedagógicos tradicionais. O referencial teórico
utilizado discorre, especialment e, sobre feminismo, dança e gênero e, ensino de dança para crianças, tendo como principais fontes: Sherry B. Shapiro (1998), Tatiana M. Santos (2009), Susan W. Stinson (1995), Cerqueira, Muller e Wollz (2016) e Judith L. Hanna (1999).
Através do desenvolvimento dos quatro capítulos deste trabalho, notou-se que as práticas, imagens e discursos ensinados e aprendidos nas aulas de baby class, assim como em outros meios de socialização como a família e a escola, podem influenciar na construção identitária das crianças e portanto, nas formas como estas vivenciam seus papéis de gênero. Sendo assim,
faz-se importante que nós, educadores em dança, estejamos atentos aos processos de ensinoaprendizagem de dança e nos discursos e imagens nele implícitos, para que nossas práticas educativas não contribuam para a reprodução e potencialização de padrões de gênero os quais, por sua vez, corroboram para as desigualdades e discriminações sociais entre mulheres e homens. Ao contrário, acredita-se que a sala de aula de dança possa ser auxiliar na formação de indivíduos mais “empoderados” e livres.

Publicado

2023-06-20

Edição

Seção

Trabalhos De Conclusão de Curso