Processos formativos em dança à luz da transdisciplinaridade
investigando caminhos em busca da autonomia criativa
Palavras-chave:
Processos-formativos, Dança, Transdisciplinaridade, Autonomia criativa, AlteridadeResumo
Pensar o corpo e sua formação se estende além de movimentos, e, desta forma, não se pode ignorar ou negligenciar a bagagem trazida pelo indivíduo. Por vezes, ao estudar um determinado estilo de dança, o bailarino se percebe em um lugar onde seu corpo somente reproduz códigos aprendidos no dia a dia, sem nem ao menos ter a oportunidade de ressignificá-los à sua maneira.
Nesse contexto, escolas continuam formando exímios bailarinos no que diz respeito à técnica, leveza, força e disciplina; todavia, esse modo de formar um corpo o impede de transgredir alguns parâmetros. Anos de estudo condicionam um corpo e, por essa razão, converso com os autores Nicolescu (1999), Morin (2001) e Santos (2005) para propor uma reflexão sobre os processos de formação em dança, pensando em formas de enriquecer o vocabulário de movimento do bailarino à luz da transdisciplinaridade, de forma a extrair o que nesse processo ele considera como D’ele, construindo sua autonomia criativa. Não pretendo, em momento algum, banalizar o estudo de áreas específicas da dança. Penso em uma educação em que o indivíduo saiba sobre a história, o contexto político, social, a técnica e também como o vestuário é importante para determinados estilos, mas que, a partir disso, tenha a liberdade de se mover e
transitar de maneira fluida por esse arsenal de conhecimento em dança, valorizando os processos experimentais. Para esta monografia também converso com os seguintes autores: Barbosa (2015), a respeito da experiência, e Freire (2011), sobre experiência e educação .