Formação Transversal

As formações transversais são conjuntos de componentes curriculares tematicamente articulados que resultam em competência específica e podem ser cursadas também de forma avulsa, para a integralização de créditos de formação livre. Os componentes são abertos também a estudantes de pós-graduação; se restarem vagas, pessoas da comunidade externa também podem se matricular (vale para a maioria dos componentes).

Os percursos oferecidos são Acessibilidade e inclusão, Culturas em movimento e processos criativos, Direitos humanos, Divulgação científica, Empreendedorismo e inovação, Gênero e sexualidade – perspectivas queer/LGBTI, Relações étnico-raciais, história da África e cultura afro-brasileira e Saberes tradicionais. Cada formação pode ser entendida como um pequeno “curso”, paralelamente ao curso de origem do/da estudante. O intuito é oferecer aos/às estudantes acesso a temáticas que ampliem o horizonte de percepção do mundo, constituindo repertório de elementos para interpretação da realidade fundamentados no conhecimento.

Saiba mais sobre as formações transversais:

Acessibilidade e inclusão Este é o primeiro semestre em que esta formação será oferecida. O percurso foi elaborado por professores que atuam em parceria com o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI), e a proposta é estimular a compreensão, a reflexão e o trabalho com pessoas com deficiência. O curso está estruturado em dois eixos: educação especial e inclusiva e formação de estudantes. E conta com a participação de docentes das áreas de educação, arquitetura, educação física, psicologia, música, belas artes, terapia ocupacional, odontologia, turismo, fonoaudiologia, comunicação, letras e engenharia. Fundamentos de educação especial e inclusiva, Diálogos entre turismo, acessibilidade e inclusão, Cinema inclusivo e Empregabilidade da pessoa com deficiência são algumas das disciplinas oferecidas.

Culturas em movimento e processos criativos Organizada pela Diretoria de Ação Cultural (DAC), a formação está relacionada ao compromisso da UFMG em incluir a cultura na estratégia de seu projeto político-acadêmico. O percurso é fundamentado em pressupostos como a diversidade das culturas e suas práticas, compreendendo processos criativos e dimensão patrimonial; a afirmação das culturas e das artes como campos de conhecimento em seus diversos regimes epistemológicos; o reconhecimento da ubiquidade e transversalidade da cultura e de seu relevante papel na formação acadêmica de todos os profissionais.

Direitos humanos A formação propicia contato com as diversas dimensões dos direitos humanos, o histórico de lutas e proposições, os marcos regulatórios, os indicadores das desigualdades, as especificidades das experiências que envolvem os direitos de minorias e oportunidade de experimentar a prática do planejamento e do desenvolvimento de intervenções. Essa construção se dá em diálogo com outros setores da sociedade, já que a promoção de uma cultura dos direitos humanos exige a articulação de diversos saberes. O percurso oferece acesso às diversas perspectivas que caracterizam o intenso debate social, político e científico sobre os direitos humanos.

Divulgação científica A formação parte do pressuposto de que a comunicação pública da ciência é uma necessidade para os acadêmicos. O percurso tem objetivos como proporcionar a aquisição e/ou produção de conhecimentos básicos sobre pesquisa científica e suas diferentes formas de produção e capacitar os alunos para explorar e discutir possíveis relações entre ciência, tecnologia e sociedade. Há três disciplinas obrigatórias – Ciência e Sociedade, História da Ciência e da Difusão da Cultura Científica e Comunicação da Ciência em Museus –, que compõem metade da carga horária total. As outras disciplinas apresentam conteúdos diversificados e atualizados, estimulam o desenvolvimento de habilidades de cunho prático e instrumental e elaboração pelo estudante de um trabalho de divulgação científica, sob a supervisão de um docente.

Empreendedorismo e inovação A formação tem a ambição de servir como polo de mudanças na graduação da UFMG, desenvolvendo competências que possibilitem aos estudantes atuar como empreendedores de novos negócios, membros de organização inovadora ou de organizações públicas ou privadas de fomento ao empreendedorismo e inovação, com ou sem fins lucrativos. O percurso está baseado em conceito de inovação relacionado não somente à área da inovação tecnológica, mas também ao contexto social. Um dos objetivos é que o contato entre estudantes de todas as áreas do conhecimento seja elemento articulador de parcerias que proporcionem contribuições à diversidade das soluções e das inovações disponíveis para um projeto de Belo Horizonte como metrópole global.

Gênero e sexualidade – perspectivas queer/LGBTIA formação tem o objetivo aproximar estudantes dos aportes teóricos-políticos-metodológicos organizados a partir das experiências queer/LGBTI na contemporaneidade, considerando a transversalidade desse campo de estudos e práticas políticas dessa sua emergência. Esse campo, desde meados do século 20, vem se configurando como um campo de pesquisas e práticas políticas em que se expressam as experiências queer/LGBTI para além das visões médico-sanitárias e patológicas, reverberando aspectos e dimensões constituintes do pensamento e da ação no amplo campo do reconhecimento dos direitos e na produção de novos direitos. A sistematização dos saberes e práticas se dá em contexto profundamente transdisciplinar, e as reflexões emergem também no âmbito da ação política. Algumas das disciplinas tratam das relações das questões de gênero e sexualidade com cultura, educação e processo midiáticos, entre outros temas.

Relações étnico-raciais: história da África e cultura afro-brasileira O propósito do percurso é tornar acessível aos/às estudantes de graduação uma temática/cosmopercepção que vem adquirindo crescente importância no meio acadêmico e que já vem mobilizando esforço significativo nas dimensões da pesquisa e da extensão, por parte de docentes de diversos departamentos da UFMG. Alguns dos objetivos gerais são a discussão sobre a presença das matrizes africanas no repertório da cultura humana, a especial atenção sobre essa influência nos modos de ser, de sentir e de pensar na sociedade brasileira e a recuperação dessas raízes na condição de referenciais para a interpretação e de fontes para o avanço do conhecimento em um grande número de campos do saber. A formação também forma pessoas para atuar no ensino desses saberes.

Saberes tradicionais A formação se apoia na convicção de uma sociedade tão diversa e desigual como a brasileira exige acesso a uma educação intercultural plena, apta a oferecer aos jovens tanto os saberes científicos modernos como o conhecimento das tradições indígenas, afro-brasileiras, quilombolas, populares e dos povos tradicionais em geral. O objetivo central é introduzir na Universidade o contato com outras cosmopercepções referendadas em conhecimentos não escolares e não eurocêntricos, gerados conforme outras modalidades de produção, transmissão e transformação. Diversos componentes são conduzidos por mestres das culturas tradicionais.

Consulte o catálogo das formações transversais e a tabela de horários e códigos das disciplinas, ambos na página UFMG Meu Lugar.

Neste vídeo produzido pela TV UFMG, o pró-reitor de Graduação, Ricardo Takahashi, faz um relato sobre cada uma das oito formações transversais.

https://www.youtube.com/watch?v=iOzzJBnlXeY

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