Resumo: Este trabalho tem duas frentes que se mesclam em um bricoleur metodológico: Ao mesmo tempo em que, ao estilo etnográfico, narro minha busca por uma poética própria perfazendo um constante giro descolonial, procuro embasar, por meio de uma problematização teórica, minhas percepções daquilo que na contemporaneidade chamamos de arte. O objetivo é criar, identificar, promover, estimular, apropriar e revisitar propostas artísticas que sejam capazes de interligar territórios separados pela colonialidade, revelando suas contradições. Entendendo as décadas de 1960/70 como o momento de “superantropofagia”, como disse Helio Oiticica, proponho pontes entre o presente e um modo descolonizante de percepção de tal momento. Para este intento, além de um aprofundamento teórico sobre os abismos existentes entre o público geral e a arte contemporânea, aprofundamento este que busca desmistificar noções romantizadas de arte que carregam traços colonizantes com o intuito de “abeirar” territórios separados pela colonialidade – realizo também uma parte prática, que consiste em uma rede de ações junto ao coletivo nMUnDO, que produziu a décima primeira edição do festival de performance Durante, (2021). Tais ações, propostas artísticas, artistas e pesquisadores que estiveram comigo neste processo são o recorte ao qual busco associar a ideia de “abeiramento”.
Composição da banca:
Profa. Dra. Maria do Carmo de Freitas Veneroso
Prof. Dr. Celso Fernando Favaretto
Prof. Dr. Fábio Gatti
Profa. Dra. Maria Angélica Melendi de Biasizzo
Link de acesso na plataforma Zoom:
https://us02web.zoom.us/j/84592433491?pwd=a3NRTzA3c3JuUFY1M0x3dStIUTAyZz09