Um mastro para pole dance, um leito, duas mulheres. Enquanto uma busca por um death lay perfeito – movimento de nível avançado do pole dance –, a outra é uma presença ausente. Duas mulheres em suspensão entre a consciência e a inconsciência, entre a realidade e a ficção. A vida e a morte. Mãe e filha unidas e separadas pelo estado vegetativo de uma delas e que através de sonhos e delírios voltam a se comunicar. Em cena, a atriz Anna Campos reflete, a partir de relato autobiográfico, sobre o direito de viver e de morrer com dignidade no Brasil.
Com direção do dramaturgo, diretor e professor titular do Departamento de Artes Cênicas da EBA-UFMG, Antonio Hildebrando, o espetáculo é ancorado em princípios do Teatro Documentário Autobiográfico, com a presença cênica de “documentos-memórias” – áudios, fotos, vídeos e objetos pessoais – além de recursos metateatrais que fundem tempos e espaços em uma mesma sala de ensaio.
“Tudo foi feito com muito cuidado. A questão é complexa e envolve pontos que a sociedade brasileira parece não querer discutir. Além disso, é muito delicada a situação da Anna de querer muito abordar as questões em um espetáculo solo, mas para isso ter que se confrontar e compartilhar com a equipe, e posteriormente com o público, lembranças e dores muito profundas”, explica o diretor Antonio Hildebrando.
De 21 a 24 de abril, quinta a domingo, às 20h ( tradução de libras com bate papo no sábado 23.04)
Classificação indicativa: 16 anos.
Gênero: drama.
Espaço Teatro II do Centro Cultural Banco do Brasil – BH.
Os ingressos custam R$30 e R$15 (meia).
Vendas na bilheteria do teatro ou online pelo site www.bb.com.br/cultura.