Texto: Assessoria de Comunicação da Diretoria de Ação Cultural (DAC) da UFMG
Tavinho Leoni tem 16 anos, mas já toca pandeiro, tamborim, triângulo, zabumba, guitarra, conga e reco-reco. Na próxima quarta, 13 de maio, às 19h, ele lança o pocket show Roda de samba da abolição, gravado especialmente para o Circuito Cultural UFMG. A apresentação estará disponível no http://www.youtube.com/culturaufmg.
No dia da Abolição da Escravatura, o jovem, que já passou pelo The Voice Kids, pretende resgatar a origem e as influências dos vários tipos de samba em um repertório especial, valorizando a história de luta dos negros e da cultura africana. Samba de breque, de roda, samba-rock, choro, canção, partido alto e gafieira e são alguns dos estilos apresentados no vídeo produzido pelo próprio artista, em sua casa, devido a pandemia de Covid-19.
“Uma forte influência dos batuques africanos, em conjunto com a linha harmônica trabalhada dos europeus e de outras culturas, compõe o que conhecemos hoje como samba”, explica. Durante o show, o rapaz pretende contar um pouco sobre o surgimento do gênero musical. “A umbigada é o termo que remetia às danças dos escravos na Bahia em seus momentos de folga. Após a abolição da escravidão, muitos saíram em direção ao Rio de Janeiro, levando consigo o samba, que geralmente era executado em casa de ‘avós, titias’, como se chamavam as matriarcas de origem africana. Um marco na história e consolidação do estilo foi o terreiro da tia Ciata, o grande reduto onde as raízes do samba germinavam e cresciam”, afirma.
Entre uma canção e outra, Tavinho também vai compartilhar um pouco das suas experiências no universo do samba. Nascido e criado em uma família de músicos, começou a cantar aos três anos de idade. Com sete já tocava violão, cavaquinho e percussão. Atualmente toca violão de sete cordas, sua grande paixão. Em 2016, ficou conhecido nacionalmente pela participação no programa The Voice Kids. Em 2017, compôs seu primeiro samba. No ano seguinte, participou do DVD da Aline Calixto, junto com Beth Carvalho e a Velha Guarda da Portela. Após tocar com vários sambistas famosos, ele se prepara para gravar seu primeiro álbum de músicas autorais e colaborações com compositores mineiros.
Circuito Cultural UFMG
O projeto Circuito Cultural UFMG é uma realização da Diretoria de Ação Cultural da UFMG e tem como objetivo potencializar a integração das ações artístico-culturais da universidade. Em função da pandemia, uma programação gratuita, diversificada e de qualidade, está sendo exibida no ambiente digital, promovendo o intercâmbio das expressões culturais locais e regionais com a comunidade artística e acadêmica.
A curadoria das apresentações tem em comum a proposta de revelar e valorizar os jovens talentos da cena local. Os vídeos foram produzidos pelos próprios artistas, em suas casas, respeitando-se as regras de distanciamento social recomendadas pelos órgãos de saúde. Quatro jovens cantoras já se apresentaram pelo projeto, durante o mês de abril. No dia 20 de maio é a vez do ator, diretor de teatro infantil e cantor de drag band, Rafael Ventura, com o show O Close É Certo. No dia 27, quem se apresenta são as dançarinas Negona e Tiffany, do Favelinha Dance.