1. Autorretrato: exame de consciência
Xerox de desenho à grafite em papel sulfite e xerox de imagens de ressonância magnética do encéfalo do autor, colados sobre cartolina preta
69 x 45,5 cm (suporte) e 61,5 x 39 cm (mancha gráfica)
2019
2. Close-up!
Litografia em papel Fabriano Rosaspina, 300 g/m2
35,5 x 50 cm (suporte) e 27,7 x 39,6 cm (mancha gráfica)
2019
3. Autorretrato
Técnica mista (stencil e xilogravura) em papel Hahnemühle, 300 g/m2
53 x 39 cm (suporte) e 30 x 14 cm (mancha gráfica)
2018
“Paulo Romero (Ourinhos-SP, 25 de janeiro de 1973) vive em Belo Horizonte-MG e formou-se no Curso de Graduação em Artes Visuais, da Universidade Federal de Minas Gerais, no primeiro semestre letivo de 2020 (habilitação em gravura), com pesquisa concentrada no tema do autorretrato. Intitulada ‘Autorretratos: impressões de mim’ – e orientada pelo Professor PhD George Rembrandt Gutlich – a pesquisa desenvolveu-se por mais de três anos mediante a elaboração de invenções materializadas em diversas mídias (transferência direta, xerox, monotipia, xilogravura, gravura em metal, litografia, serigrafia, offset, técnica mista e impressão digital), dispostas em série composta por 20 imagens impressas. Partindo do suposto de que os avanços tecnológicos nos métodos de identificação levaram o homem contemporâneo a uma crise de identidade e de humanidade, os autorretratos elaborados durante a pesquisa (aqui exibidos pela mostra de três exemplares) também serviram à reflexão do problema da verdade na Arte, cujos parâmetros diferem daqueles atrelados ao progresso do conhecimento científico estrito: a descrição artística jamais será integralmente objetiva, pois nela sempre haverá um traço interpretativo derivado da subjetividade daquele que a empreende. A hipótese admitida é no sentido de que por realçar o diálogo face-a-face estabelecido entre o homem-sujeito (criador) e o homem-objetificado (encarnado na criação artística), ambos singularíssimos, o autorretrato além de útil ao aperfeiçoamento dos saberes implicados na produção artística, pode também figurar como um relevante meio válido à reflexão íntima: a convergência da cultura e do autoconhecimento resulta na distinção do humano, examinado tanto na perspectiva estética quanto afirmado na sua própria dimensão ética.”