Entre Reis

o discurso imagético dos retábulos de São Luís e Santa Isabel

Autores

  • Bráulio Gomes Felisberto
  • Filipe Bortoletto Ribeiro Toledo

Resumo

Nos últimos anos, a necessidade de suprir lacunas do estudo da imaginária brasileira nos concedeu trabalhos vultuosos sobre a discussão que permeia a cristandade ocidental desde a gênese da representação imagética. O trato com a imaginária luso-brasileira ganha maior articulação pela disseminação das concepções tridentinas, trazidas para Minas sobretudo pela criação do bispado de Mariana. Nas palavras de Daniele Menozzi, o Concílio de Trento teve para as imagens uma “tríplice função”, quais sejam: “reavivar a memória dos fatos históricos, estimular a imitação dos personagens representados e permitir sua veneração”.

No que concerne ao uso das imagens na religiosidade que se desenvolveu no interior da colônia, para além das definições estabelecidas pelo concílio, a prática acabou por agregar à imaginária diversas outras formas de representação e pertencimento à fé católica. Ora, em um espaço onde não existia uma formação educacional sólida, tanto de clérigos como de fiéis, a visualidade consistia importante veículo discursivo do espaço religioso.

Biografia do Autor

Bráulio Gomes Felisberto

Graduando em História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.

Filipe Bortoletto Ribeiro Toledo

Graduando em História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.

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Publicado

2009-01-01

Edição

Seção

ASPECTOS HISTÓRICOS E SOCIAIS