O PARAGONE:

O debate entre a pintura e a escultura sobre sua primazia

Autores

Palavras-chave:

Escultura, Artes liberais, Paragone, Valorização das artes

Resumo

Em meados do século XVIII, foi estabelecido um sistema das Artes, que foi, na sua essência, o que sobreviveu até os dias atuais. Pintura, escultura e arquitetura tornaram-se Belas Artes, em detrimento daquelas que o eram historicamente. As três, baseadas no desenho, gozavam teoricamente da mesma categoria, mas a verdade é que, no que se refere à pintura e à escultura, a primeira fora escolhida como a principal, a rainha. A razão do primado da pintura sobre a escultura não é estética, mas tem suas raízes no reconhecimento social das Artes, preocupação fundamental do Renascimento, época em que surgiu a polêmica sobre sua prioridade. Isso não pode ser separado da ascensão social dos artistas, o que fez com que a teoria da arte valorizasse a pintura em detrimento da escultura e, o que se fazia no plano teórico, acabou afetando a execução das esculturas e, consequentemente, a maneira como vemos as talhas e esculturas.

Biografia do Autor

Miguel Ángel Zalama, Universidad de Valladolid - España

Catedrático de Historia del Arte en la Universidad de Valladolid. Sus investigaciones sobre las artes en la Edad Moderna y sobre Juana le han convertido en un referente internacional de la Historia del Arte. Desde el 5 de abril de 2016, es director del Departamento de Historia del Arte de la Universidad de Valladolid.

Publicado

2021-12-22

Edição

Seção

ASPECTOS HISTÓRICOS