ARTE RELIGIOSA EM MARFIM
Hipóteses sobre oficinas de produção em marfim no norte de Minas Gerais
Palavras-chave:
Marfins, Circulação, Estética, Materialidade, Autonomia produtivaResumo
RESUMO
Este estudo apresenta resultados parciais do projeto O acervo em marfim afro-luso-oriental no Brasil: pesquisa introdutória nos acervos de Minas Gerais, financiado pela FAPEMIG. As perguntas que guiam a investigação repousam em questionamentos que partem do recorte cronológico e geográfico das obras levantadas: qual a procedência dos objetos? Qual a configuração estética manifesta? É possível identificar o uso do marfim como matéria-prima em oficinas locais? A presença de imaginária e objetos em marfim no território foi recorrente entre os séculos XVIII e XIX, como produto representativo da expansão comercial que abarcou todo o Império Português. A dinâmica de doutrinação dos povos colonizados apoia-se nos processos de intercâmbio de materiais e técnicas, além da ressignificação simbólica de elementos provenientes de diferentes culturas. Após levantamento e estudo de crucifixos coletados do norte ao sul do Estado, esta pesquisa admite como hipótese a confecção local dessa tipologia de objetos.