Teatro e projetos socioculturais, experiências com teatro do oprimido na Pedreira Prado Lopes
Palavras-chave:
Favela, Estética do Oprimido, Teatro - estudo e ensinoResumo
Esta monografia tem como objetivo refletir sobre uma prática pedagógica desenvolvida pela professora-pesquisadora em uma ONG atuante na Pedreira Prado Lopes, articulando contextos de pauperismo urbano com a metodologia de ensino do Teatro do Oprimido. Seu intuito é formular bases para uma atuação docente transformadora e dialógica, na qual à formação estética se alie uma postura política que combata as opressões num processo humanizador que construa autoestima, respeito, e noções de cidadania e direitos humanos. Esta investigação compõe-se de estudos de psicologia social acerca de processos de estigmatização social vivenciados pelos moradores e pesquisa das estruturas de projetos socioculturais de sucesso nessas áreas. Tudo isso aliando-se ao legado teatral deixado por Augusto Boal, em uma investigação crítica dos processos vivenciados pela professora-pesquisadora, articulando-os com teóricos da pedagogia e do ensino de teatro. O primeiro capítulo debruça-se sobre o histórico não só da Pedreira Prado Lopes, mas das vilas e favelas brasileiras. Já o segundo objetiva apresentar a Estética do Oprimido, seu histórico, princípios e técnicas, explicitando seu lugar dentro das metodologias de ensino do Teatro. O terceiro busca trazer um relato da oficina apontando elementos, dificuldades, aprendizados no processo de educação artística teatral realizado nas aulas. E por final, como conclusão, aponta-se para a
pertinência de uma formação estética teatral que se abra para a expressão das questões concernentes aos participantes, e que com elas dialogue num processo de ação-reflexão capaz de desnaturalizar e questionar a opressão e a violência.