Do quintal de mainha

memória como estímulo criativo nos processos de contação de histórias deuma jovem arte-educadora

Resumo

O seguinte artigo apresenta antes de tudo a minha relação com as histórias ouvidas desde pequena na minha casa, no quintal de mainha. Um percurso guiado pelo desejo em compreender o sentido de compartilhar histórias e quais histórias deveriam ser compartilhadas por mim, no teatro, na arte-educação, na contação de histórias, na vida. Esse artigo apresenta desdobramentos de práticas desenvolvidas na minha jovem formação em teatro fora da academia e dentro de projetos vinculados à UFMG. O projeto Literatura Afro-brasileira em foco, em que atua em parceria com o projeto Contos de Mitologia, ambos vinculados à faculdade de Letras da UFMG e o desenvolvimento do projeto A Minha Família Conta, idealizado por mim e por Nayara Leite, que tem como objetivo recontar histórias familiares. A partir da minha relação com as histórias trançadas desde pequena, com as práticas desenvolvidas dentro dos projetos e com o desejo de compartilhar histórias pela vida, tenho a memória como ponto de partida e de chegada nos meus processos na arte-educação. Para tanto, utilizei planos de aula, formulários de avaliação, desenvolvidos dentro das oficinas, fotos, artigos e recursos em vídeo. Ao final apresento uma sequência de seis exercícios vivenciados e modificados por mim, orientados por profissionais do campo da arte, a fim de trabalhar mais efetivamente com os disparadores de memória, aqui chamados de "Exercícios da memória”.

PALAVRAS CHAVE: memória; contação de histórias; família; exercícios