DA FOTOGRAFIA AO CORPO CÊNICO

Fotografia como Poética na Dramaturgia Teatral do espetáculo ‘‘O Dragão que Cuspia Flores’’

Resumo

Com o intuito de explorar a fotografia como dispositivo de criação e composição no teatro, o presente artigo teve como objetivo apresentar os caminhos do desenvolvimento do espetáculo ‘‘O Dragão que Cuspia Flores’’. Para tecer este trabalho, foram utilizadas metodologias teóricas e práticas a partir da abordagem da pesquisa performativa (Prette; Braga, 2020). Na parte teórica, foi realizado um levantamento bibliográfico sobre os conceitos de fotografia-construtiva (Cavalcanti, 2019), punctum (Barthes, 1984), vestígio (Silveira, 2017) e mímesis corpórea (Burnier, 2019), e um breve levantamento de trabalhos artísticos realizados no teatro que dialogam com a imagem e a fotografia. Quanto à parte prática, esses estudos conceituais e levantamentos de referências artísticas foram problematizados e incorporados no processo de criação do espetáculo. O percurso investigativo desta pesquisa performativa aborda brevemente o trabalho de mímesis corpórea de Luís Otávio Burnier, relacionado ao dispositivo da fotografia em cena, e finaliza apresentando alguns resultados práticos e reflexões iniciais do espetáculo cênico ‘‘O Dragão que Cuspia Flores’’, de Guilherme Oliveira.