Tunga

Encarnações miméticas.
Olho por olho.
Se essa rua fosse minha.
A prole do bebê.
True rouge.
Lúcido nigredo.

São Paulo: Cosac & Naify, 2007.
6 v. : principalmente il. (algumas color.) ;
caixa 34 x 29 x 9 cm + 3 cartazes.
Impressão em offset
Tiragem: 500 exemplares numerados e assinados.
Inclui cartaz intitulado: “Tunga à la lumière des deux mondes, une installation sous la pyramide du Louvre, 29 septembre-19 décembre 2005”.
Exemplar nº 119, assinado pelo autor.

Ao comemorar dez anos, a Cosac Naify lança a Caixa de livros Tunga, um projeto editorial arrojado, que reúne sete volumes em distintos formatos sobre a obra do artista plástico Tunga. Cada um deles apresenta em imagens grande parte de seus trabalhos criados a partir de 1990.
Uma publicação fora do comércio: o conjunto não será vendido, mas sim doado pela editora a bibliotecas, museus e instituições culturais nacionais e estrangeiras, além de estar disponível integralmente, em português e inglês, neste site, onde também é possível consultar a lista dos locais onde o conjunto pode ser manuseado fisicamente.
Em 1997, a Cosac Naify surgia lançando Barroco de Lírios, também do artista Tunga, publicação ousada para o mercado editorial brasileiro, então carente de livros de arte com acabamento de qualidade. “Dez anos depois, ainda penso ser esse o mais belo livro realizado pela editora. Ele foi nossa pedra fundamental. Apontou visualmente o ‘delírio’ que se almejava editorialmente viver. ‘Delírio’ esse que se repete a cada nova publicação”, diz Charles Cosac, fundador da editora.
Concebido por Tunga, com direção de arte de Lilian Zaremba e desenho gráfico de Irene Peixoto (Núcleo-i), a Caixa segue parte da trajetória do artista desde Barroco de Lírios. Composta por seis livros e um cartaz, pode ser vista como um só livro de artista com caráter múltiplo. A sofisticação que envolve a nova publicação da Cosac Naify tem sido uma constante nos dez anos de sua existência. “Credito 95do sucesso inicial desta editora aos artistas com quem trabalhei e que generosamente emprestaram-nos belas linguagens visuais”, afirma Charles Cosac.
Um dos artistas brasileiros com maior projeção internacional, Tunga consagra importância à performance, já que grande parte de suas obras se constrói pela participação e presença de colaboradores e outros artistas, o que pode ser observado nos volumes que compõem a edição.
“Na arte contemporânea, interessam as experiências com o corpo em sua totalidade; não apenas o olhar, mas o tato, o olfato, a presença, enfim, tudo aquilo que é constitutivo do sujeito. As linguagens corpóreas são um dos momentos da expressão dos sentidos do sujeito e, mesmo que elas não estejam tão codificadas como a visual-verbal, podem ser tão bem elaboradas quanto a outra”, diz o artista. Da mesma maneira, a própria Caixa é concebida como um complexo sistema que pode ser observado de distintas formas.
Apesar de sua importância, a obra de Tunga raramente é vista em museus brasileiros, por conta da própria carência dos acervos e dos espaços expositivos dessas instituições. Na Caixa, os livros processam um complexo mosaico de momentos no trabalho, sendo possível visualizar as distintas séries do artista apresentadas em várias partes do mundo. É possível perceber os desdobramentos de sua obra de acordo com o local onde ela se realiza e, ao mesmo tempo, as diversas conexões que os unem como “um conjunto de trabalhos, onde um sempre leva ao outro, como se entre eles existisse um ímã”, na definição do próprio artista.

http://www.cosacnaify.com.br/tunga/home.asp

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