O Festival de Inverno da UFMG volta a Tiradentes. Entre os dias 8 e 10 de julho, a cidade recebe o primeiro módulo da 43° edição, com o tema Existências não reais. Em 2011, o Festival acontece entre 8 de julho e 7 de agosto, e percorre outras quatro cidades: Cataguases, Diamantina, Belo Horizonte e Brumadinho.
Tiradentes foi escolhida, segundo o coordenador do módulo, Rodrigo Minelli, para reforçar as ações do Campus Avançado da UFMG na cidade, que tem como objetivo tornar as ações da Universidade ali menos efêmeras. Dessa forma, a programação foi pensada de modo a valorizar a cultura de Tiradentes, dar espaço aos artistas locais e movimentar o cenário cultural.
Durante os três dias de Festival vão se apresentar vários grupos de artes cênicas e música da cidade, como Ressonare, Orquestra Ramalho, Grupo Aprendizes de Violão, Cia. Teatral ManiCômicos. Haverá também show de Titane e Hudson Lacerda, com canções de Elomar.
As oficinas, por sua vez, foram planejadas de forma a estabelecer o diálogo com o espaço urbano, uma vez que um dos objetivos do Festival é promover essa interação. No total serão quatro atividades e somente a oficina Trekking Fotográfico necessita de inscrição prévia, que deve ser feita na Secretaria do Festival, localizada no Centro de Estudos (rua Direita, 158, Centro).
A programação é gratuita e ocupa vários espaços de Tiradentes, como o Largo das Forras, o adro da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, o Centro Cultural Yves Alves, entre outros.
“Espalhamento”
A 43° edição do Festival de Inverno da UFMG acontece de 8 de julho a 7 de agosto, e além de Cataguases, quatro cidades recebem a programação do Festival: Tiradentes, Belo Horizonte, Brumadinho e Diamantina. “Nosso objetivo é que o evento funcione como uma teia de ações que se irradie pelo estado”, explica Maurício Campomori, diretor de Ação Cultural da Universidade, sobre a multiplicidade de temas e destinos idealizados para a 43ª edição do Festival.
Ele relembra que, na década de 1970, o evento chegou a ocorrer simultaneamente em 14 cidades. Nos anos seguintes, ele alternou movimentos de expansão e introspecção temática ou espacial em sua trajetória. “Isso é típico dos artistas e de seus espaços de produção. O Festival vive o mesmo processo sem artificialismo, pois funciona como um corpo vivo, pulsante”, analisa o professor.
A proposta de retomar a tradição de “espalhamento” foi apresentada pelo pró-reitor de Extensão da UFMG, João Antônio de Paula. “Não se trata de buscar a tradição por si mesma, mas construir maior abrangência, procurando novo significado para o evento. Encontramos esse caminho nas cidades onde a UFMG tem situação consolidada ou vínculos institucionais expressivos, como Tiradentes e Brumadinho, por meio da Fundação Rodrigo de Mello Franco e do Instituto Inhotim”, esclarece Campomori.
PROGRAMAÇÃO*
8 a 10 de julho
Dia 08/07 – Sexta-feira
18h – Abertura Oficial Grupo Aprendizes do Violão
Idealizado em 2004 pelo prefeito Sr. Nílzio Barbosa e sempre com “renovação” das crianças, o Grupo Aprendizes de Violão, unidos pela amizade, apresenta ao público um lado mais intimista da música popular com belíssimas releituras.
Local: Centro Cultural Yves Alves
19h30 – Grupo Entrevista (Lendas de Tiradentes) Caminhada Poética até a Câmara
20h –Ressoando por Tiradentes – Quinteto Ressonare
Ressonare é um grupo de cordas que atua desde 2008 em Minas Gerais. Dentre várias apresentações possuem em seu portfólio trabalhos com intuito de disseminar a cultura pela histórica Tiradentes e região, como o espetáculo “Uma Noite de Ópera” realizado com grande público em 2009. Quatro de seus cinco integrantes são estudantes de música na UFSJ (Universidade Federal de São João Del Rei).
Local: Varanda da Câmara
Dia 09/07 – Sábado
20h – Titane e Hudson Lacerda
A cantora Titane e o violonista Hudson Lacerda dedicam-se ao repertório de Elomar. Celebram o encontro do erudito com o popular ao optar por um formato acústico que remete tanto à sofisticação camerística quanto à simplicidade de um recital de música popular, destacando a arquitetura dos arranjos intrínsecos às composições e valorizando a imponência da voz em estado bruto.
Local: Centro Cultural Yves Alves
Dia 10/07 – Domingo
11h30 – Grupo Manicômios Dom de Andar
Espetáculo criado especialmente para a rua e concebido a partir de uma intensa pesquisa feita em oito cidades do Campo das Vertentes. A diversidade cultural de Minas Gerais é retratada por caminhos de religiosidade, estórias, paisagens, personagens. Lirismo e muito humor tecem a trama desta estória que se inspira também em obra de Fernando Sabino.
Local: Largo Forras
18h – Orquestra Ramalho
A Orquestra Ramalho, fundada em 1860, executará peças sacras de compositores mineiros dos Séculos XVIII e XIX, assim também como outras peças de compositores estrangeiros, que fazem parte do seu repertório usual, apresentado nas tradicionais celebrações religiosas da cidade.
Local: Igreja Matriz Santo Antônio
AULAS ABERTAS E OFICINAS
DANÇA DE SALÃO
Proporcionar ao público contato com passos e estilos de alguns dos diversos gêneros da dança de salão.
Coreógrafo: Jomar Mesquita (BH) – professor, coreógrafo e bailarino, dirige a Associação Cultural Mimulus, a Mimulus Cia. de Dança e a Mimulus Escola de Dança desde 1990, desenvolvendo extenso trabalho de pesquisa das danças a dois em seus países de origem. Professor convidado em curso de pós-graduação na Faculdade Metropolitana de Curitiba – Famec. Formação em Pedagogia do Movimento para o Ensino de Dança, na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais.
Público-alvo: interessados no tema
Vagas: atividade aberta
Período: 9 e 10 de julho
Horário: 16h30 às 18h
Local: Largo das Forras
HISTÓRIA E ESTÓRIAS
Estudo histórico e sob a perspectiva da tradição oral da “contação de histórias”
Professora: Sônia Queiroz (UFMG) – doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-São Paulo, onde defendeu, em 2000, tese sobre as edições brasileiras de narrativas de tradição oral, desenvolveu em 2007, em estágio pós-doutoral na UNEB-Salvador, com a supervisão de Yeda Pessoa de Castro, pesquisa sobre a presença banto na tradição oral de Minas Gerais. Mestre em Estudos Lingüísticos pela UFMG, onde se graduou em Letras em 1975, defendeu em 1985 dissertação sobre remanescente de língua africana em Minas Gerais. É professora da Faculdade de Letras da UFMG desde 1983, atuando hoje na área de Edição (graduação) e Estudos Literários (pós-graduação), com experiência também na área de Texto em língua portuguesa. Na pesquisa, no ensino e na extensão, atua principalmente nos seguintes temas: oralidade e escrita, poesia, conto, canto, transcriação, memória e cultura afro-brasileira. Suas publicações mais relevantes são os livros Pé preto no barro branco: a língua dos negros da Tabatinga (Editora UFMG, 1998) e Na captura da voz: as edições da narrativa oral no Brasil (este publicado em coautoria com Maria Inês de Almeida). É diretora do Centro Cultural UFMG.
Público-alvo: interessados no tema
Vagas: atividade aberta
Período: 9 e 10 de julho
Horário: 10h às 12h
Local: adro da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos – Rua Direita, s/nº, Centro
TREKKING FOTOGRÁFICO
A oficina propõe uma caminhada pela Serra São José, durante a qual serão abordados os seguintes temas: sentidos de leitura, primeiro plano, diagonais, referência, polarização, balanço de branco manual, longa exposição em cachoeira, entre outros. A Serra de São José é uma área de preservação ambiental e refúgio da vida silvestre de libélulas, com altitudes que variam entre 840m e 1430m do nível do mar; é uma região de cerrado com resquícios de Mata Atlântica e antigas regiões de mineração de ouro de superfície.
Professor: Wladimir Loyola (Tiradentes/MG) – mineiro, proprietário e administrador da operadora Tiradentesbrasil www.tiradentesbrasil.com operadora de ecoturismo e agência de comunicação responsável pelo site hospedeiro www.programeseudia.com.br de Tiradentes MG e região e pelo guia Programe seu Dia, entre outros trabalhos de publicidade e propaganda relacionados ao setor. Condutor especializado em Turismo de Aventura (trekkings, cavalgadas, downhill, escalada em rocha e rapel), designer gráfico e fotógrafo documentarista para pessoas, arquitetura, corporativo e turismo. Entre seus trabalhos, destaca-se a foto que rendeu o primeiro lugar da Região Sudeste à arquiteta Raquel Heinisch para o concurso Arquitetando Docol de metais sanitários/2007.
Público-alvo: amantes e profissionais em fotografia e que gostem de viver a vida leve, com idade a partir de 15 anos.
Vagas: 10
Período: 9 ou 10 de julho
Horário: 9h às 13h30
Material do aluno: roupas leves, calça tactel, chapéu ou boné, tênis ou bota, meia grossa, protetor solar, repelente, lanche, água e câmera fotográfica profissional ou amadora
Inscrição prévia: Secretaria do Festival – Centro de Estudos, Rua Direita, 158, Centro
Local de saída: Rua Henrique Diniz, 119 – Centro
VISITAS GUIADAS
Visitas às obras de restauração do Museu da Casa do Padre Toledo. Trata-se de um dos mais representativos exemplares da arquitetura colonial brasileira. Foi edificada na segunda metade do século XVIII e pertenceu ao inconfidente Carlos Correia de Toledo e Melo, que foi vigário da Freguesia da Vila de São José, hoje a cidade de Tiradentes. Além de sua importância histórica, o imóvel possui um raro conjunto de forros artisticamente pintados. Os forros estão sendo restaurados pelo Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis (CECOR), da Escola de Belas Artes da UFMG.
A visita guiada constará de uma apresentação da história da casa, seus usos diversos e intervenções, e também de informações sobre o inconfidente Padre Toledo. Em seguida, os visitantes poderão apreciar os forros restaurados, os que estão em processo de intervenção e os ambientes do imóvel.
Responsável: Luiz Cruz (Tiradentes/MG) – natural de Tiradentes, onde vive e trabalha, é professor, formado em Letras e pós-graduado em Administração de Unidades de Conservação. Cursou disciplinas do mestrado da UFSJ, na área de Memória e Identidade Cultural. Estudou artes na Fundação de Arte de Ouro Preto e na Escola de Artes Visuais do Rio de Janeiro. Participou de exposições individuais de pintura, gravura e fotografias em MG, RJ, SP, PE, PR, RS, DF. Foi professor de Educação Patrimonial dos festivais de inverno da UFSJ e de Entre Rios de Minas.
Público-alvo: interessados no tema
Vagas: 20 em cada horário
Período: 9 e 10 de julho
Horário: 10h e 16h (dia 9) e 10h (dia 10)
Local de encontro para a visita: Centro de Estudos – Rua Direita, 158, Centro
* Programação sujeita a alterações.
Serviço
43º Festival de Inverno da UFMG – 8 de julho a 7 de agosto
Tiradentes: Existências não reais – 8 a 10 de julho
Cataguases : Avizinhamentos – 14 a 24 de julho
Diamantina: Radioplastia – 17 a 29 de julho
Belo Horizonte/Instituto Inhotim (Brumadinho): Cidades: arte, cultura, conhecimento – 25 de julho a 7 agosto
Mais informações: www.ufmg.br/festival.
Acompanhe também através do @festivalufmg e do facebook.com/festivaufmg
(Assessoria de Imprensa do Festival de Inverno da UFMG)