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17ª Primavera dos Museus

“Memórias e Democracia: pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas”. Esse é o tema da 17ª Primavera dos Museus, evento organizado pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), com atividades em instituições museológicas de todo o país. Em Belo Horizonte, os cinco museus públicos municipais, além da Casa do Baile – Centro de Referência de Arquitetura, Urbanismo e Design e o Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado, irão integrar o evento com uma ampla agenda de atividades. As ações nestes espaços acontecem de 14 a 30 de setembro, incluindo visitas educativas, rodas de conversas, exposições, ações de salvaguarda e discussões sobre memória, shows, oficinas e palestras. Toda a programação é gratuita e pode ser consultada no Portal Belo Horizonte.

A Primavera dos Museus é um evento nacional, que acontece sempre no mês de setembro, no qual instituições de todo país desenvolvem programações que valorizam seus acervos e seus projetos expositivos, educativos e culturais incentivando a visitação e a relação dos museus com a sociedade. Neste ano a temática “Memórias e Democracia: pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas” é a inspiração para a realização das atividades. A ideia é estimular que os museus, detentores e promotores da memória, da cultura, e das artes, contribuam para o reconhecimento, a valorização e o protagonismo das pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas na produção das suas próprias memórias.

A Secretária Municipal de Cultura, Eliane Parreiras, ressalta a importância que o evento tem para a valorização das instituições. “A Primavera dos Museus é um evento de porte nacional que tem como vocação aproximar os museus da sociedade, destacando a importância cultural, educacional e social dessas instituições. O tema deste ano é especialmente relevante por dar o protagonismo necessário aos quilombolas, indígenas e pessoas LGBT+. Isso contribui para a promoção da igualdade, o respeito à diversidade e a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva”, conclui.

Para Luciana Féres, Presidente da Fundação Municipal de Cultura, a Primavera dos Museus desempenha um papel importante na valorização das instituições museológicas, ao promover o acesso, a educação, a inclusão e a preservação do patrimônio cultural. “O público tem a oportunidade de participar de atividades educacionais, como exposições, palestras, oficinas e visitas guiadas, o que aumenta a conscientização sobre a importância dos museus como espaços vivos, e de aprendizado e preservação da história. Também é importante destacar que a temática deste ano promove a inclusão e a diversidade por meio da representação de diferentes grupos étnicos, culturais e sociais em suas atividades”, destaca.

Programação dos espaços municipais

Museu Histórico Abílio Barreto – MHAB: Um dos destaques do MHAB na programação da 17ª Primavera dos Museus será a inauguração da exposição “Elas – Quero Ser Vista”, que acontece no dia 19, às 18h. A mostra é realizada em parceria com o Instituto de Estudos do Desenvolvimento Sustentável – IEDS, e foi baseada no projeto “Elas Cultivam a Lagoinha”, uma iniciativa inovadora que focou na capacitação e apoio a mulheres, visando a produção de alimentos saudáveis, criação de produtos artesanais e participação e acesso a atividades culturais.

A exposição apresenta as participantes do projeto como protagonistas de suas histórias. Por meio de personagens por elas construídos, expressam novas possibilidades para mulheres que enfrentam a dura realidade das ruas. “Elas – Quero Ser Vista” é um convite a todos para mergulhar nas histórias de resiliência, superação e empoderamento dessas mulheres. No mesmo dia, o MHAB inaugura a exposição “BH é quem? BH é nóis!”, fruto de um projeto de itinerância pedagógica idealizado pelo professor Fabrício Seixas e proposto a um grupo de estudantes da Escola Estadual Divina Providência, localizada no Bairro Lindeia. A mostra apresenta fotografias nas quais os estudantes registraram suas vivências e percursos. 

Ainda no dia 19, às 19h30, o MHAB promove a Roda de Conversa “Memórias e Democracia”, com participação do professor Luiz Morando, pesquisador da memória das identidades  LGBT+ de Belo Horizonte; Márcia Alves, gerente de prevenção da violência em áreas de vulnerabilidade social, da Secretaria Municipal de Segurança Pública; Vilmar Souza, diretor do instituto IEDS; Samantha Alves, uma das participantes do projeto “Elas Cultivam a Lagoinha”; e Fabricio Seixas, idealizador do projeto “BH é Quem? BH é Nóis?”. A atividade irá proporcionar um momento de troca de experiências entre estes atores, que conversarão sobre ações e desafios relacionados a estas temáticas.

CRCP: o Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado – CRCP tem como destaque na Primavera dos Museus o projeto “Conversa ao Pé do Fogão: memórias ancestrais e quilombolas”, no dia 20, quarta-feira, às 14h. A roda de conversa aborda o respeito à diversidade, à preservação da cultura quilombola e à democracia, sem perder de vista a equidade de gênero. Participam do encontro Gláucia Cristine, representando o Kilombu Souza, e Neusa de Assis Moreira, representando o Kilombu Carolinos.

Outras atrações do CRCP também ganham destaque, como o show “Meu Pandeiro”, do sambista mineiro João Batera e banda, no dia 23, sábado, às 14h30; além do show Samba de Coco “Coquistas de Tia Toinha” convida o Grupo de Musicalidades Pretas “Os Mavambos”, no domingo, dia 24, às 14h. A apresentação fará um mergulho no universo plural de Cocos, cantos de várias expressões de Cocos do Nordeste Brasileiro. O grupo é formado por 18 artistas, majoritariamente negros, da comunidade LGBT+ e de terreiros de matrizes africanas, que cantam e dançam, passeando pelas diversas tonalidades de “cocos dançados” e Cirandas, em diálogo com sonoridades dos atabaques e marcações rítmicas do trupé.

MIS BH e MUMO: O Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte realiza no dia 14, quinta-feira, às 18h30, o Cineclube Cidadelas no Quintal do MIS BH, em parceria com a Associação de Apoio aos Produtores de Cinema Independente e de Audiovisual de Contagem e Região – AAPCINE e o Coletivo Cuártemis. Neste mês, será exibido um filme em consonância com o tema da 17ª Primavera de Museus “Memórias e Democracia: pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas”. Já o Museu da Moda de Belo Horizonte recebe o Seminário “Conhecer para Valorizar: a Conservação Têxtil” no dia 18, segunda-feira, às 19h, com apresentações e discussões sobre Conservação Têxtil, conduzidas pela Prof. Dra. Soraya Coppola, da Escola de Belas Artes da UFMG, em diálogo com os alunos do curso de Design de Moda.

Outra atração será a “Semana de Moda Franco-Mineira”, que acontece de 19 a 23 de setembro no MUMO, com diversas atividades para refletir sobre a moda, fazendo uma relação entre as culturas mineira e francesa. O evento é promovido em conjunto com a Aliança Francesa BH e a programação completa pode ser acessada através do site da Aliança Francesa.  

Conjunto Moderno da Pampulha: o Museu Casa Kubitschek tem como destaque na Primavera dos Museus 2023 a realização no dia 16, sábado, às 10h, do “Makamba Brincante: Um Piquenique de Alegria”, que convida toda a família a celebrar o ato de brincar unindo a música e o teatro. O encontro celebra os 10 anos do Museu com a proposta de encantar familiares, amigos e crianças de todas as idades, convidando-as a se desconectar das telas de televisão e celulares e se entregarem à diversão ao ar livre onde todos brincam juntos, enquanto aprendem a valorizar as diferenças. Os presentes também participarão de um piquenique nos jardins.

No dia 23, sábado, às 10h, o Museu também promove a oficina “Cartografias Afetivas”. A ideia é proporcionar aos participantes a oportunidade de refletir sobre o espaço público como um lugar de diferentes linguagens e manifestações, ao mesmo tempo em que os convida a observar as transformações urbanas, arquitetônicas e sociais e suas relações com o patrimônio cultural. Os participantes serão estimulados a explorar o entorno do Museu Casa Kubitschek, e a registrar percursos a partir de seus afetos, expressando suas experiências e emoções. As inscrições para a atividade devem ser feitas pelo e-mail educativos.ck@pbh.gov.br.

A Casa do Baile – Centro de Referência de Arquitetura, Urbanismo e Design promove no dia 24, às 10h, o “Casa Adentro”, uma visita mediada na qual são apresentados aspectos da arquitetura, história e paisagismo da própria Casa do Baile, inseridos no contexto do Conjunto Moderno da Pampulha. Ao término da visita, é realizada uma atividade, no formato ateliê, com propostas variadas, a depender do perfil do público.

Em outra ação, a Casa do Baile – Centro de Referência de Arquitetura, Urbanismo e Design promove no dia 26, às 14h, a ativação da obra “Cabeça de Peixe”, de Laura Belém, por intérpretes de Libras. A obra é uma instalação sonora, integrada à marquise da Casa e à paisagem da Pampulha, e traz a narração do poema de Adriana Versiani dos Anjos. Na ocasião, a obra será interpretada em Libras, seguindo uma conversa com Laura e Adriana. Em seguida, haverá um Sarau Surdo, com Ademar Alves, arquiteto e pessoa surda. A atividade acontece no dia 26 de setembro, que é o Dia Nacional do Surdo, e marca a celebração do Setembro Azul – Mês da Visibilidade da Comunidade Surda, e do Setembro Verde, Mês da Pessoa com Deficiência.

No Museu de Arte da Pampulha o destaque fica por conta de uma edição especial do projeto “Percursos Pampulha”, que acontece no dia 30, sábado, às 10h, na qual será realizada uma oficina de produção de vídeo-performance na paisagem cultural da Pampulha. Trata-se de uma caminhada mediada pelo educativo do Museu, que percorre dos jardins do MAP até o local onde seria erguido o Grande Hotel da Pampulha, projeto do arquiteto Oscar que Niemeyer que não chegou a ser construído, com o objetivo de interpretar a paisagem da Pampulha, explorando aspectos das diversas camadas que compõem o território – história, arquitetura, paisagismo, arte, natureza e dinâmica urbana.

Nesta edição, a partir do pensamento de travessia da artista indígena Sallisa Rosa, foi proposta uma caminhada onde a arte e a vida não estão separadas, ou seja, o cotidiano mistura-se com a arte através de um processo descrito por Sallisa como “ritualizar a vida”. A caminhada será dividida em quatro atos: Parada da memória, Parada do amor, Parada do olhar e Parada do imaginário. Em cada estação serão estimuladas diferentes linguagens envolvendo literatura, imagem, corpo e voz, onde os participantes serão convidados a partilhar experiências e vivenciar a paisagem cultural da Pampulha em seus diversos níveis sensoriais. A oficina será transformada em vídeo arte e compartilhada nas redes sociais do MAP.  O trajeto tem aproximadamente 1,4 km. As inscrições para a oficina podem ser feitas pelo e-mail map.educativo@pbh.gov.br.

Locais: Museus e centros de referência públicos municipais.

Data: 14 a 30 de setembro de 2023 (Agenda de eventos em BH).

Fonte: Portal da Prefeitura de Belo Horizonte.

17º Festival de Verão UFMG

Em 2023, o 17º Festival de Verão UFMG retoma ao presencial com uma programação 100% gratuita composta por conversas, oficinas, projeção de filmes com sessões comentadas e apresentações artísticas que trazem à tona reminiscências de ações culturais da UFMG produzidas durante as décadas de 1960, 1970 e 1980, anos de ditadura no Brasil, mas também de grande efervescência cultural na UFMG.

Programação completa – clique aqui

Fonte: Portal UFMG

Isabela Prado lança livro sobre projeto de sinalização dos córregos canalizados de BH

07/10/2022 às 19:52.

Entre 2018 e 2021, Isabela Prado realizou uma intervenção urbana permanente nas ruas da capital mineira (Aline Xavier/Divulgação)

Entre 2018 e 2021, Isabela Prado realizou uma intervenção urbana permanente nas ruas da capital mineira.

A artista mineira Isabela Prado lança, na manhã deste sábado, na Academia Mneira de Letras (AML), a partir das 10h, o livro “Sobre o Rio”, que discuite a intervenção urbana permanente que realizou em Belo Horizonte, sinalizando com placas os “córregos invisíveis” do perímetro central da capital.

Além de registrar o histórico da obra da artista e professora da Escola de Belas Artes da UFMG, a publicação reúne textos inéditos de autores especializados. Durante o lançamento, Isabela participa de uma conversa com o público, acompanhada por Michele Arroyo e Roberto Monte-Mór, autores de alguns dos textos.

Entre 2018 e 2021, Isabela Prado realizou o projeto “Sobre o Rio: uma Intervenção Urbana Permanente nas Ruas da Capital Mineira”. Ele compõe a trajetória de autora que, desde 2006, desenvolve diferentes proposições artísticas sobre a presença hidrográfica na cidade. O conjunto destes trabalhos se desdobrou numa pesquisa mais ampla chamada “Entre Rios e Ruas”, que nos convida a refletir a dinâmica hídrica e hidrográfica na cidade, de forma crítica, a partir de um olhar sensível.

A produção de Isabela aponta para os desdobramentos afetivos e históricos das relações estabelecidas entre ambiente e habitantes do espaço urbano. “Sobre o rio tem um caráter público, pois é executado nas ruas. Dá visibilidade a algo que está invisível e reinsere os córregos como elemento da paisagem da cidade. A partir do momento em que a presença dos córregos é identificada, relembrada, por meio das placas de sinalização, sua existência passa a ser algo natural, reconhecida pelos cidadãos que transitam em Belo Horizonte”, afirma.

Isabela Prado é artista visual, mestre em Artes pela Indiana University (EUA) e professora da Escola de Belas Artes da UFMG. Participou de programas de residência artística em diversos países e de exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Foi contemplada com o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2011, com o projeto Entre Rios e Ruas. Em 2016, publicou o livro Lição: se essa rua fosse um rio. Artista finalista do Prêmio Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas 2019. Autora do projeto de intervenção urbana Sobre o rio (2018-2021).


Lançamento do livro “Sobre o Rio”, de Isabela Prado. Neste sábado, dia 08/10/2022, das 10h às 13h, na Academia Mineira de Letras.(Rua da Bahia, 1466, Lourdes)

Fonte: Jornal Hoje em Dia / Aline Xavier

GOLD: Espetáculo de formatura do Teatro Universitário

“Um tempo é uma terra fértil, potente, amorosa, bela
Um tempo de uma terra violentada, judiada, explorada, comercializada
Um tempo de denúncio, caos, desistência e abandono
Um tempo de des-esperança
Um reflexão: cultivar ou destruir?”

É sobre esses tempos que GOLD vem tratar; sobre as contradições dos(as) viventes nessa terra-mãe. É sobre “sem roça não dá”, sobre “de quem é a culpa?”, sobre “haverá futuro possível?, é sobre vida e morte do/no chão que habitamos. É sobre o gold (ouro) que tudo compra (!?) ou o ouro que tudo pode purificar (!?). Por fim, é sobre desmatar ou plantar águas, destruir ou semear. É sobre decidir: preservar ou desistir.”

Espetáculo de formatura do T.U. com elenco composto por 4 atuantes, trata-se do espaço-tempo: daquilo que nos deixaram, daquilo que está em nossas mãos e daquilo que temos a dar enquanto habitantes da terra-mãe, potente, feminina, cujas imprudentes exploração e destruição avançam.

Com texto construído coletivamente, a partir das inquietações dos atuantes, da direção e da dramaturgia, o espetáculo aponta dicotomias urgentes: preservar, ou destruir? Semear, ou desmatar? É oito, ou oitenta: se não for agora, nunca mais será.

Formandes do Teatro Universitário

???? Quando: 10 a 27 de março, de quinta a domingo
????Horários: 20h
????Classificação: 16 anos
Onde: Funarte (MG) — Rua Januária, nº 68, Centro, Belo Horizonte
????Entrada franca: retirada de ingressos uma hora antes. Vagas limitadas (sujeito a lotação)

???? Máscara + Teste ou comprovante de vacina com duas doses