O acervo com mais de 1.000 livros de arte japonesa disponível na internet

Murilo Roncolato

Obras datadas do século 17 ao 20 foram digitalizadas pelo instituto americano Smithsonian. Coleção conta com páginas desenhadas por Kōetsu, Hokusai e Toyokuni

Mais de 40 mil imagens, presentes em 1.100 livros de ilustrações e manuscritos japoneses datados do século 17 ao 20, foram digitalizadas e estão disponíveis online no site das bibliotecas Smithsonian.

O instituto americano criado em 1846 reúne museus e centros de pesquisa administrados pelo governo dos Estados Unidos. Atualmente, seu acervo digitalizado conta com 2 milhões de volumes, cerca de 15% do total de documentos que ainda passarão pelo processo.

As novas obras são resultado do trabalho de digitalização de parte das coleções de dois americanos milionários, Charles Lang Freer e Arthur M. Sackler, que compõem juntos o acervo de arte asiática do Smithsonian.

Os livros ilustrados são publicações de artistas que perpassaram a história do Japão entre momentos conhecidos como período Edo e era Meiji, época que vai de 1600 e 1912. Na época, destaca-se o gênero artístico de xilogravura e pintura chamado “ukiyo-e” (“mundo flutuante” em tradução literal).

Em uma publicação sobre o novo milhar de livros do acervo, o diretor das bibliotecas do instituto, Reiko Yoshimura, destacou o trabalho com “belas ilustrações coloridas” de pintores como Ogata Kōrin (1658-1716), Andō Hiroshige (1797-1858) e Katsushika Hokusai (1760-1849). O diretor ainda recomenda a visita ao acervo on-line doado pelo médico alemão Gerhard Pulverer, “uma das mais importantes coleções de livros ilustrados japoneses do mundo”.

O que ver

Em seu post no blog da instituição, o diretor do acervo Reiko Yoshimura fez breves sugestões para uma iniciação à coleção digitalizada com uma lista dos seus mais importantes artistas e obras.

Hon’ami Kōetsu

O artista japonês (1558-1637) foi um importante artista, artesão e calígrafo. No acervo estão 100 livretos com canções escritas com a sua caligrafia para musicais dramáticos conhecidos como Noh. As páginas são adornadas ainda com pó de mica, o que lhes dá um efeito brilhante. No documento digitalizado, apesar de menos perceptível, a mica pode ser notada por seus pontos brancos brilhantes.

Koetsu livro noh
FOTO: REPRODUÇÃO/SMITHSONIAN LIBRARIES

Katsushika Hokusai

Mais conhecido pela icônica “A grande onda de Kanagawa”, Hokusai (1760-1849) foi um artista japonês que se tornou famoso por seus trabalhos com xilogravura, com destaque para uma série – feita sobre uma famosa montanha do Japão – chamada “Trinta e seis vistas do Monte Fuji”, da qual “A grande onda” faz parte. No acervo da Smithsonian, Yoshimura destaca outra série de trabalhos de paisagem chamado “Cem vistas sobre o Monte Fuji” e o livro de poesia “Monte Fuji no outono [ou no ano novo]”, este uma publicação especial de ano novo com uma das mais belas pinturas de Hokusai

Hokusai cem vistas monte fuji
‘CEM VISTAS DO MONTE FUJI’, DE HOKUSAI
'Monte Fuji no outono [ou no ano novo]', de Hokusai
‘MONTE FUJI NO OUTONO [OU NO ANO NOVO]’, DE HOKUSAI

Utagawa Kunisada ou Toyokuni III

Toyokuni (1786-1865) foi um artista muito conhecido por sua vasta produção de xilogravuras no estilo ukiyo-e. Do acervo, destaque para o livro “36 atores populares”, que retrata artistas do gênero de teatro japonês conhecido como Kabuki.

'36 atores populares', de Toyokuni
’36 ATORES POPULARES’, DE TOYOKUNI

 

Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/10/04/O-acervo-com-mais-de-1.000-livros-de-arte-japonesa-dispon%C3%ADvel-na-internet

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lançamento: Corpografias em Dança

A professora doutora Graziela Andrade estará no lançamento de seu livro  “Corpografias em dança : da experiência do corpo sensível entre a informação e a gestualidade” no dia 19 de agosto, sábado, às 11h, com intervenção do Grupo contemporâneo de Dança Livre, na Livraria e Editora Scriptum.

A Biblioteca da Escola de Belas Artes possui o livro disponível para consulta e empréstimo. Confira também sua tese de doutorado de título homônimo : http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/handle/1843/BUBD-9HHGXK

Graziela Andrade_Corpografias_Convite lançamento F

 

Biblioteca Central apresenta livros de artista na forma de catálogos de exposição

Carla Pedrosa

Exposição Impressa é o título da mostra cujas obras de arte expostas não ocupam as paredes de uma galeria, e sim as páginas de um livro. Essa modalidade de exposição, realizada pela primeira vez pelo galerista nova-iorquino Seth Siegelaub, será reproduzida na Divisão de Coleções Especiais e Obras Raras da UFMG, no quarto andar da Biblioteca Central.

 

Os visitantes poderão conferir reedições de obras de arte conceituais da década de 1960 e outros livros de artista que pertencem ao acervo da Escola de Belas Artes da UFMG. “Os livros da mostra são, ao mesmo tempo, catálogos de exposição e livros de artista. Em alguns deles, os artistas fizeram uma transposição gráfica das obras para o papel, criando uma obra nova”, explica Amir Brito, curador da mostra.

Fotos do site da Coleção de Artista da UFMG
Continuo la serie delle mie mostre a domicilio (Cavellini, 1975). 

 

Serão apresentadas “exposições impressas” de vinte e quatro artistas. Entre elas, as do francês Hubert Renard e do italiano Guglielmo Achille Cavellini, que questionam a própria ideia do que é uma exposição. “Hubert Renard coloca em evidência tudo o que envolve a realização de uma mostra, por meio da criação de um catálogo de uma exposição fictícia, que nunca aconteceu, pois a galeria de arte não existe. Já Guglielmo Achille Cavellini dizia realizar “mostras em domicílio”, em que o catálogo era enviado para o endereço das pessoas interessadas em visitar a mostra”, conta Amir.

A mostra Exposição Impressa estará em cartaz no quarto andar da Biblioteca Central de 02 de agosto a 15 de setembro e poderá ser visitada de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 22h. Fotografias de algumas das obras que serão expostas podem ser conferidas no site da Coleção de Artista da UFMG.

Biblioteca da EBA participa da exposição “Uma viagem interplanetária pelo Sistema de Bibliotecas da UFMG”

Quem compareceu ao mezanino da Reitoria da UFMG, na manhã desta segunda-feira (17), pôde participar do primeiro ‘embarque’ em “Uma viagem interplanetária pelo Sistema de Bibliotecas”, exposição que conta, de maneira metafórica, a história das 25 bibliotecas da Universidade Federal de Minas Gerais.

Tendo como referência o Sistema Solar, composto por uma variedade de planetas e outros corpos celestes peculiares que orbitam o Sol, o Sistema de Bibliotecas da UFMG foi representado metaforicamente como um conjunto de ‘planetas do saber’ interconectados que orbitam a Biblioteca Universitária. Textos, depoimentos, fotografias e objetos sobre a história desses ‘planetas’ são envoltos na narrativa metafórica da exposição e resgatam o fio da memória do Sistema que os conecta.

Na abertura da mostra, Wellington Marçal de Carvalho, diretor da Biblioteca Universitária (BU), Carla Pedrosa, jornalista da BU, e Marcelo Borges, professor da Escola de Belas Artes, ressaltaram a importância do trabalho em equipe para viabilizar a exposição.

No que se refere à Biblioteca da Escola de Belas Artes – EBA, foram expostos os slides (diapositivos), que fizeram parte de seu acervo. Estes slides foram amplamente utilizados por professores e alunos durante as três últimas décadas do século XX. Atualmente pouco utilizados, foram gradualmente substituídos por outras tecnologias (powerpoint, etc). Todavia, a falta de fidelidade de cores (percebida ou imaginada) na mídia digital fizeram dos slides um formato único e diferenciado. Por essas razões os slides ainda são usados por artistas que submetem suas obras a concursos, em exibições individuais e em escolas de arte devido a toda sua singularidade, que, inclusive, marcou uma época. Abaixo, imagens do acervo de slides da biblioteca da EBA :

 

 

Estiveram presentes na solenidade, a vice-reitora Sandra Regina Goulart Almeida; Benigna Maria de Oliveira, pró-reitora de extensão; Anália Gandini Pontelo, vice-diretora da Biblioteca Universitária; todos os integrantes do grupo responsável pela curadoria e expografia; bibliotecários da UFMG; servidores e alunos da Universidade, além de participantes da 69ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que visitavam o prédio da Reitoria.

Da esq. para a dir.: Anália Gandini Pontelo (vice-diretora da BU), Lívia Araújo,  Marcelo Borges, Rita Davis, Dayane Gomes, Carla Pedrosa (equipe responsável pela curadoria e expografia), Wellington Marcal de Carvalho (diretor da BU)

A exposição “Uma viagem interplanetária pelo Sistema de Bibliotecas” está em cartaz até o dia 8 de setembro e pode ser visitada no mezanino da Reitoria da UFMG, de segunda a sexta-feira, das 6h às 18h.

 

Biblioteca "Professor Marcello de Vasconcellos Coelho" da Escola de Belas Artes da UFMG