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Exposição ‘O que é arte?’ integra comemoração dos dez anos da Coleção Livro de Artista


Livro “O que é arte?”, da artista Regina Vater, é inspiração para nome da mostra que comemora 10 anos da Coleção Livro de Artista da UFMG

De 12 de abril a 11 de maio, o quarto andar da Biblioteca Central recebe a exposição “O que é arte?”, nomeada em referência ao livro de mesmo nome publicado há mais de 40 anos pela artista Regina Vater. A mostra faz parte das atividades em comemoração aos dez anos da Coleção Livro de Artista da UFMG.

Além do livro de Regina Vater, com respostas à pergunta “O que é arte?”, coletadas na entrada do Teatro Municipal de São Paulo, também serão expostos livros de Aloisio Magalhães, Jonathan Monk, Rute Gusmão, Sandra Heshiki, entre outros artistas.

“Selecionamos livros que têm o fazer artístico e a história da arte como tema, seja pelo diálogo intertextual com outros artistas e obras, seja pela relação com os museus e coleções. Todo o sistema da arte é colocado em evidência e questionado nesse conjunto de obras, que abrange desde os convites de exposição e a publicação de discursos oficiais de abertura de mostras, até uma entrevista fictícia de um jovem artista com um dos mais renomados curadores da atualidade”, explica Amir Brito, curador da exposição.

Durante a mostra, um grupo de bolsistas acompanharão os visitantes, que poderão manusear os livros e conversar a respeito das obras em horários predeterminados. As visitas podem ser agendadas pelo e-mail colesp@bu.ufmg.br ou pelo telefone (31) 3409-4615. 

Biblioteca Central apresenta livros de artista na forma de catálogos de exposição

Carla Pedrosa

Exposição Impressa é o título da mostra cujas obras de arte expostas não ocupam as paredes de uma galeria, e sim as páginas de um livro. Essa modalidade de exposição, realizada pela primeira vez pelo galerista nova-iorquino Seth Siegelaub, será reproduzida na Divisão de Coleções Especiais e Obras Raras da UFMG, no quarto andar da Biblioteca Central.

 

Os visitantes poderão conferir reedições de obras de arte conceituais da década de 1960 e outros livros de artista que pertencem ao acervo da Escola de Belas Artes da UFMG. “Os livros da mostra são, ao mesmo tempo, catálogos de exposição e livros de artista. Em alguns deles, os artistas fizeram uma transposição gráfica das obras para o papel, criando uma obra nova”, explica Amir Brito, curador da mostra.

Fotos do site da Coleção de Artista da UFMG

Continuo la serie delle mie mostre a domicilio (Cavellini, 1975). 

 

Serão apresentadas “exposições impressas” de vinte e quatro artistas. Entre elas, as do francês Hubert Renard e do italiano Guglielmo Achille Cavellini, que questionam a própria ideia do que é uma exposição. “Hubert Renard coloca em evidência tudo o que envolve a realização de uma mostra, por meio da criação de um catálogo de uma exposição fictícia, que nunca aconteceu, pois a galeria de arte não existe. Já Guglielmo Achille Cavellini dizia realizar “mostras em domicílio”, em que o catálogo era enviado para o endereço das pessoas interessadas em visitar a mostra”, conta Amir.

A mostra Exposição Impressa estará em cartaz no quarto andar da Biblioteca Central de 02 de agosto a 15 de setembro e poderá ser visitada de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 22h. Fotografias de algumas das obras que serão expostas podem ser conferidas no site da Coleção de Artista da UFMG.

Olhar revisitado – Exposição no saguão da reitoria da UFMG

Em exposição comemorativa dos 90 anos, que será aberta nesta semana, obras do acervo artístico da UFMG dialogam com produções de artistas convidados

Ewerton Martins Ribeiro

Os peixeiros (1970), de Inimá de Paula, pertence à coleção Amigas da Cultura
Os peixeiros (1970), de Inimá de Paula, pertence à coleção Amigas da Cultura

Nas suas nove décadas de história, a UFMG reuniu um importante e heterogêneo acervo de obras de arte, resultado principalmente da doação de mecenas e de artistas. Parte desse conjunto está exposta em diferentes prédios dos campi; outra parte, sob a guarda direta da Diretoria de Ação Cultural (DAC). Para oferecer acesso e ajudar a conferir significado para esse universo artístico, a DAC planeja a organização de exposições temáticas com as obras.

Uma dessas exposições será aberta nesta quarta-feira, 3 de maio, às 18h, no saguão da Reitoria, integrando as comemorações dos 90 anos da Universidade. Olhar revisitado: reencontros e novas afetividades reúne 32 obras – entre pinturas, esculturas, fotografias e desenhos – e propõe que a comunidade acadêmica e os próprios artistas revejam esse acervo. A mostra poderá ser visitada das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira, até 16 de agosto.

Rodrigo Vivas, professor da Escola de Belas Artes e coordenador da exposição, explica que a seleção das peças foi realizada por duas vias. Pela perspectiva Reencontros, artistas que já possuem obras no acervo da Universidade – como Jarbas Juarez, Andrea Lanna, Hélio Siqueira, Maria Helena Andrés, Carlos Wolney e Liliane Dardot – foram convidados a trazer novas produções, de forma a estabelecer diálogos sincrônicos ou diacrônicos, congruentes ou contraditórios entre as obras. “Imagine uma artista que tenha doado uma obra sua para a Universidade na década de 1970, como Yara Tupynambá. Desde então, ela teve pouco ou mesmo nenhum contato com essa produção. A ideia, então, foi convidar esses artistas a voltar a conversar com essas obras, por meio de trabalhos mais contemporâneos”, explica Rodrigo Vivas.

Pela perspectiva Novas afetividades, artistas contemporâneos que não possuem obras no catálogo da UFMG foram convidados a estabelecer diálogos entre produções suas e as obras do acervo produzidas por artistas que já morreram. “Estamos falando de nomes como Inimá de Paula, Guignard, Celso Renato e o alemão Friedrich Hagedorn, de quem possuímos nove aquarelas do século 19. Com a exposição, estamos colocando a obra desses grandes nomes para ‘conversar’ com artistas contemporâneos como Mário Azevedo, Domingos Mazzilli, Leandro Gabriel, Daniel Moreira, Paulo Miranda, Sérgio Vaz e Paulo Baptista”, enumera Fabrício Fernandino, professor da Escola de Belas Artes que divide com Rodrigo Vivas a curadoria da exposição.

Para a professora Leda Maria Martins, diretora de Ação Cultural da UFMG, o conceito proposto pelos curadores resultou em uma mostra que alia fruição estética e reflexão. “Esta é uma exposição que prima pelo diálogo, pela troca de experiências, por potencializar o olhar do espectador em relação às temporalidades que atravessam e que são atravessadas pela mostra”, salienta. “Ela reitera a ideia de ‘dádiva’, de presente, de compartilhamento que atravessa toda a programação de comemoração dos 90 anos da Universidade.”

De fato, esses “presentes” começaram a ser oferecidos ainda em setembro do ano passado, com o início das comemorações. Na ocasião, foi montada a exposição D. Quixote – Portinari e Drummond: releituras de Cervantes, em que foram apresentados 21 painéis com desenhos de Candido Portinari e glosas de Carlos Drummond de Andrade. Em setembro deste ano, após o término da temporada de Olhar revisitado, nova exposição será montada para o encerramento das comemorações.

Em trânsito

O Acervo Artístico UFMG (AAUFMG) alcançou valor cultural imensurável no transcorrer da história da instituição – em especial, nas últimas décadas, em virtude da chegada de importantes obras. Conforme inventário de 2010, que está documentado no livro Acervo artístico da UFMG (Editora C/Arte, 2011), essa coleção reúne em torno de 1.500 obras, distribuídas por mais de 30 unidades. “A partir desse primeiro levantamento, o desejo que ganhou forma nos últimos anos foi o de dar à sociedade acesso periódico a esse acervo”, diz Rodrigo Vivas. Em razão disso, a UFMG vem desenvolvendo intenso trabalho organizacional para favorecer esse acesso.

“Uma equipe multidisciplinar está ­realizando a documentação científica das imagens, sua catalogação e a implantação de um sistema de informação que vai possibilitar a consulta das obras por meio de banco de dados”, explica Letícia Julião, professora do curso de Museologia da Escola de Ciência da Informação e coordenadora do Acervo Artístico UFMG. A expectativa é de que 70% do acervo esteja inventariado e disponível para consulta interna até o fim do ano. Para 2018, a meta é concluir o inventário e disponibilizar na internet o acesso à base de dados. “O que se propõe é implantar uma curadoria digital do acervo, combinada à curadoria convencional”, explica Letícia. Segundo ela, esse sistema vai favorecer o controle da documentação, da conservação e da movimentação do acervo.

Há dois grupos de obras submetidas ao AAUFMG: o lotado na Reserva Técnica da DAC – sob a tutela direta dessa Diretoria – e o Acervo Operacional, que contém as obras sob a administração de outras unidades e que serão objeto de uma política de gestão compartilhada.

Política de extroversão

Paralelamente, também está sendo concebida uma política de extroversão para todo o AAUFMG. “Nosso acervo apresenta vocação para o diálogo com outras coleções. Nesse sentido, a proposta é incentivar a mobilidade das nossas obras, por meio de empréstimos para exposições, e desenvolver um programa de mostras que enfatize as conexões do AAUFMG com outros acervos artísticos, universitários ou não”, informa Letícia Julião.

Leda Maria Martins explica que essa política busca viabilizar a montagem de exposições com as obras até mesmo no exterior. “Temos obras que despertam grande interesse de galerias do Brasil e de outros países, como a pintura Morrem tantos homens e eu aqui tão só, da artista Teresinha Soares. No ano passado, conseguimos que fosse exposta na galeria Tate, em Londres. Depois de retornar ao Brasil, nós a enviamos ao Masp (Museu de Arte de São Paulo). Com o trabalho que estamos realizando, será possível promover mais trânsitos como esse”, prevê Leda. De acordo com Letícia Julião, a UFMG projeta, ainda, “abrir a Reserva Técnica do acervo à visitação monitorada, como ocorre em alguns museus, inclusive universitários”.

Acervo artístico da UFMG / Editora C/Arte

Impulso, de Maria Helena Andrés (década de 1970), integra a coleção Amigas da Cultura
Impulso, de Maria Helena Andrés (década de 1970), integra a coleção Amigas da Cultura

Painel barroco (1967), de Sara Ávila
Painel barroco (1967), de Sara Ávila, dialoga com a escultura de Leandro Gabriel, de 2016 (detalhe abaixo)

Escultura de Leandro Gabriel, de 2016

Foca Lisboa/UFMG

Exposição na Biblioteca Central reúne esculturas de alunos da Escola de Belas Artes

De 29 de março a 29 de abril estará aberta à visitação, no saguão da Biblioteca Central da UFMG, a mostra dos alunos do Atelier de Escultura, da Escola de Belas Artes. A iniciativa faz parte do projeto “Desenvolvimento”.

Criado em 2008, sob a curadoria do professor Fabrício Fernandino, o projeto possibilita aos estudantes a vivência dos processos ligados a uma exposição artística, desde a elaboração do conceito, passando pela divulgação, programação visual, projeto expográfico e produção.

 “Expor os trabalhos coletivamente possibilita a ampliação dos conteúdos conceituais para a formação crítica desses artistas.
A exposição constitui uma excelente oportunidade para avaliação da qualidade das obras expostas e sua relação com o espaço.
Esse exercício do olhar possibilita aos participantes potencializar a capacidade de análise e reflexão”, afirma Fabrício Fernandino,
que também é curador da exposição.
 A produção da mostra é de Lucianita Moraes, a assistência de curadoria de Pollyana Maria Fernandes Costa e o projeto gráfico de Philippe Teixeira Braga, alunos do Atelier de Escultura.
As esculturas em metal expostas na Biblioteca Central da UFMG, campus Pampulha, poderão ser apreciadas de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 22h. Para obter mais informações, entre em contato pelo telefone (31)3409-5293.
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Biblioteca Central da UFMG recebe a exposição “Casa Segredo” a partir do dia 13 de junho

A mostra “Desenvolvimento” retorna aos saguões da Biblioteca Central da UFMG neste mês de junho, com a exposição “Casa Segredo”. O projeto, de curadoria do professor Fabrício Fernandino, traz trabalhos dos formandos do Atelier de Escultura da Escola de Belas Artes da UFMG. Neste ano, a artista plástica Michelle Paixão convida a comunidade acadêmica para conferir sua obra, centrada na importância da casa na intimidade humana. “Casa Segredo” será exibida do dia 13 a 26 de junho, no primeiro andar da Biblioteca Central, de 7h30 às 22h.

Foto: Lívia Araújo

Resgatando a memória do trabalho de sua avó, um presépio repleto de casas de papel que representavam sua cidade natal, Michelle buscou inspiração no seio de sua família. Casas se tornaram uma obsessão para a artista, ela conta. Por ter nascido e crescido em uma casa de boas lembranças e um grande quintal no bairro Alípio de Melo, na região da Pampulha, seu vínculo com o tema é forte.

“Minhas casas são pequenas ilhas intocadas, sem portas nem janelas, que guardam o segredo das relações humanas dentro delas”, diz Michelle.

Foto: Michelle Paixão

Trabalhando principalmente com cimento, material utilizado pela ligação com a durabilidade e resistência, as peças evocam diferentes modelos de casa. Assim, formam a primeira parte da mostra, intitulada “Imagens Reversas”. Outro destaque da exposição são os painéis de telhados, “Segredos”, que escondem a intimidade de quem habita seu interior. Laços e nós ligam diferentes lares na série “Entre nós”, que se formam como querem entre as casas de cimento.  Além disso, Paixão experimenta com tiras de metal que eternizam sua evolução no curso de Escultura da EBA UFMG.

A mostra ilustra o progresso dos alunos ao final do curso, após dois anos de aprendizado no Atelier de Escultura. Fabrício Fernandino destaca a importância dessa experiência para a formação dos alunos, através do projeto “Desenvolvimento”. “Com essas atividades, é possível ensinar a organizar e elaborar um projeto, desenvolver a programação visual, montar, iluminar e registrar, além de criar a oportunidade de uma avaliação dos trabalhos com a qualidade das obras expostas”, diz.

Instituto Tomie Ohtake recebe uma das mostras mais completas de Pablo Picasso no Brasil

São 153 trabalhos do artista espanhol, entre quadros, esculturas, desenhos, gravuras, peças de cerâmica e fotografias

Entre os dias 22 de maio e 14 de agosto, o Instituto Tomie Ohtake recebe uma das maiores exposições já montadas em São Paulo dedicada exclusivamente à trajetória de Pablo Picasso como artista. Os 153 trabalhos do artista espanhol, entre quadros, esculturas, desenhos, gravuras, peças de cerâmica e fotografias, vem inteiramente do Musée Picasso, de Paris.

A venda online de ingressos fica disponível pelo site ingresse.com e na bilheteria do instituto, de terça à domingo, das 10h às 19h. O ingresso custa R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia entrada). Crianças até 10 anos, cadeirantes e deficientes físicos têm entrada Livre. Às terças-feiras, a entrada é gratuita para todos visitantes, mediante retirada de senhas.

Le Baiser Mougins 1969 Musée National Picasso -Pari Dation Pablo Picasso, 1979. MP220® RMN-Grand Palais (Musée National Picasso-Paris) Berizzi Jean-Gilles Berizzi ® Succession Picasso, 2015

“Picasso: mão erudita, olho selvagem” tem curadoria de Emilia Philippot, curadora também do Musée National Picasso-Paris, e é composta em sua grande maioria por peças inéditas no Brasil. Elas traçam um percurso cronológico e temático em torno de conjuntos que seguem as principais fases do artista, desde os anos de formação até os últimos de produção.

São 116 trabalhos do mestre espanhol – 34 pinturas, 42 desenhos, 20 esculturas e 20 gravuras –, além de uma série de 22 fotogramas de André Villers realizados em parceria com Picasso. Completam a mostra 12 fotografias de autoria de Dora Maar, três de Pirre Manciet e filmes sobre os trabalhos e seus processos de realização.

“Escolhemos aproveitar o caráter específico da coleção para esboçar um retrato do artista que questiona sua relação com a criação, entre fabricação e concepção, implantação e pensamento, mão e olho”, destaca Philippot.

Fonte : https://catracalivre.com.br/sp/agenda/barato/instituto-tomie-ohtake-recebe-uma-das-mostras-mais-completas-de-pablo-picasso-no-brasil/

Exposição “Na Superfície | Trabalhos sobre Papel”

O 23º Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas – ANPAP — será realizado em Belo Horizonte, entre 15 e 19 de setembro 2014. Terá uma organização multiforme, compreendendo Fórum de Coordenadores de Pós-Graduação e de Graduação, Conferências Nacionais e Internacionais, Comitês, Simpósios e Seções de Iniciação Científica. A coordenação do encontro tem a coordenação da Professora e Pesquisadora da Escola de Belas Artes da UFMG Lúcia Pimentel.  Veja toda a programação no site: http://www.anpap.org.br/23encontro.html.

 A exposição “Na Superfície | Trabalhos sobre Papel” será realizada em paralelo ao evento, na Galeria da Escola Guignard, com abertura prevista para o dia 16 de setembro de 2014, às 21 horas— após a palestra do Filósofo e Historiador Francisco Jarauta — seguindo até 30 de Setembro. Para este encontro, o Comitê de Poéticas Visuais da ANPAP realizará a exposição com alguns artistas pesquisadores em artes plásticas, membros do PPGArtes da UFMG e da Escola Guignard.

A mostra terá como ponto de referência o suporte papel: desde o desenho, ao projeto, mas também a fotografia, a gravura, a escrita, o livro e etc. A nossa atenção se voltará aos trabalhos que utilizam este suporte de fina espessura, mas de utilização polivalente; pois em sua singularidade o papel apresenta-se também como multiplicidade, assim como são suas maneiras de acolher a imagem em suas várias formas e toda a sua profundidade. Já escutamos: nada mais simples do que um pedaço de papel. Algo simples, mas passível de receber o primeiro traço gestual, que ordena semelhanças e dessemelhanças materiais, assim como as coisas desconhecidas e invisíveis. Assim é o papel, esse flexível material — lugar para fixar constelações de qualidades – dispondo sua superfície para nossas invenções e possibilidades.

 Abaixo o catálogo . A curadoria está a cargo de Patricia Franca-Huchet, Mário Azevedo (da EBA/UFMG) e Marco Túlio Rezende (da EG/UEMG).

Clique na imagem para abrir o catálogo.

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Exposição Manifesto em flor

Centro Cultural inaugurOU exposição Manifesto em flor

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Flores brancas de papel crepom representam a cultura contra violência

Manifesto em Flor é o nome da exposição que acontece no Centro Cultural UFMG, entre os dias 22 de agosto a 21 de setembro de 2014, em comemoração aos 10 anos do projeto de arte pública ‘Manifesto das Flores’, idealizado em 1998 pelo artista plástico e educador Severino Iabá.

O projeto tem como fundamentação a análise geral do meio social e se contrapõe às contradições e hostilidades de nosso tempo, promovendo a possibilidade de mãos generosas produzirem e ‘plantarem’ flores de papel crepom, manifestando a necessidade de uma cultura de paz, contra a violência e a exclusão. Esta ação, em atividade durante os últimos 10 anos, envolve atores sociais da região metropolitana de Belo Horizonte, de outras cidades brasileiras e até mesmo do exterior.

Uma das mais expressivas manifestações envolvendo o projeto culminou no dia 28 de maio de 2003 na Praça das Águas, no Parque das Mangabeiras, em Belo Horizonte, onde ocorreu a criação coletiva de um gigantesco jardim (instalação de arte, intitulada “Para não dizer que não falei das flores”) de 30 mil rosas brancas de papel crepom que foram confeccionadas em diversos espaços públicos da região metropolitana.

O projeto, que tem a participação, entre outras pessoas, da fotógrafa Eliane Velozo e do músico Jorge Dissonância é coordenado por Severino Iabá, seu criador e já realizou inúmeras intervenções urbanas em cidades brasileiras e do exterior, tais como; em Gonzaga, MG, em protesto à estúpida morte de Jean Charles; na Praia de Copacabana no Rio de Janeiro durante a Rio+20; e na Itália, como parte do projeto ‘Redescobrindo a Jornada de Meu Pai’ (sobre a participação brasileira na II Guerra Mundial e a construção de uma cultura de paz).

Estarão expostos na Sala Celso Renato, no Centro Cultural UFMG; além da instalação construída a partir de flores brancas em papel crepom; registros fotográficos do processo, dos participantes e dos resultados do projeto.

Além da exposição uma roda de conversa com os artistas sobre os processos do projeto, acontece no dia 18 de setembro às 19 horas e, no dia 21 de setembro, o ‘Boi Rosado’ (um dos resultados do projeto, criado em homenagem ao escritor mineiro João Guimarães Rosa) realizará, às 10 horas, sua reaparição em folguedo, com cortejo folclórico, que vai do Centro Cultural UFMG ao Parque Municipal de Belo Horizonte, onde acontecerá o lançamento de seu primeiro CD e a doação de 200 mudas de árvores nativas.

Severino Iabá é pernambucano, nascido em Surubim, e reside em Belo Horizonte há 20 anos. Artista criador, trabalha compulsivamente em vários projetos, geralmente relacionados ao meio ambiente, à ecologia e à construção de uma cultura de paz. Seus trabalhos centralizam-se no meio social e envolvem os mais diversos setores da comunidade, dentre eles escolas, artistas, escritores, poetas, etc.
Escolas interessadas em visitar a exposição podem entrar em contato com o Centro Cultural UFMG através do telefone 3409 8290.

https://www.ufmg.br/centrocultural/acontece_manifesto_em_flor.htm

Palatnik e seus seguidores: BH recebe exposição do “pai da arte cinética no Brasil”

Clarissa Carvalhaes

 

Desde quarta feira  (13), a capital mineira recebe 13 obras daquele que é considerado o “pai da arte cinética no Brasil”, o potiguar Abraham Palatnik. Mas não só.

“Balão Foguete”, de Deneir
“Balão Foguete”, de Deneir

A exposição “Cor, Luz e Movimento” – que integra as ações do Prêmio Marcantonio Vilaça para as Artes e que entra em cartaz na Galeria do Centro Cultural Minas Tênis Clube – abarca, ainda, 40 obras de 14 artistas que têm seu trabalho inspirado nas criações do “mestre”: Ana Linnemann, Arthur Amora, Braga Tepi, Bruno Borne, Carlos Krauz, Carlos Pertius, Claudio Alvarez, Deneir, Eduardo Coimbra, Emygdio de Barros, Fernando Diniz, Luiz Hermano, Robson Macedo e Wagner Malta Tavares.
À frente da curadoria está Marcos de Lontra, membro da Associação Internacional de Críticos de Arte e ex-diretor do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, de Brasília e do Recife.Pioneiro

Pioneiro da Arte Cinética no Brasil, Palatnik criou objetos que exploram efeitos visuais por meio de engrenagens delicadas e movimentos físicos.

Engenheiro de formação, o artista sempre tratou de projetar e construir suas obras associando minúcias matemáticas a um senso estético e plástico extremamente apurado.

Na década de 1950, período em que atuou como designer de móveis, Palatnik passou a unir a estética à tecnologia. Foi a partir daí que o movimento e a luz foram reunidos e ganharam corpo físico.

Naquele momento, o artista passou a dar início a trabalhos com potencial visual e poético até então jamais discutidos no cenário das artes nacional. Nasceram, então, obras como as da série “Relevos Progressivos e as Progressões” e o aclamado “Cinecromáticos”.

Agora, o belo-horizontino tem a oportunidade de ver um recorte muito peculiar – e importante – dessas experimentações que travaram um embate (ou uma junção) da luz e do movimento.

“Cor, Luz e Movimento” – Desta quarta ao dia 28 de setembro. Galeria de Arte do Centro Cultural Minas Tênis Clube (rua da Bahia, 2.244, Lourdes). Horário de funcionamento: terça a sábado, das 10h às 20h, e aos domingos e feriados, das 11h às 19h. A entrada é franca.

À frente do seu tempo, Palatnik revolucionou a arte com sua identidade
Artista cinético, pintor, desenhista. Todos os trabalhos do octogenário Abraham Palatnik – e dos artistas que o seguem – expostos em Belo Horizonte vêm do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, onde passaram por temporada expositiva.Assinando a expografia, Marcio Gobbi não esconde a dificuldade em trabalhar com arte moderna, “projetos que subvertem o conceito tradicional de exposição”.

Para BH, a promessa dele é trazer uma montagem neutra, embora penetrante. “É bom quando o público se sente acolhido a ponto de não perceber o trabalho que tive para deixar o espaço dessa maneira. Acredito que a melhor expografia é essa: quanto mais invisível, mas presente estou”.

Destaca-se que “Cor, Luz e Movimento” celebra dez anos do Prêmio Marcantonio Vilaça – um dos mais importantes do país. O curador da exposição, Marcus de Lontra, associa o nome de Palatnik a figuras como Amilcar de Castro (1920–2002) e Lygia Clark (1920–1988).

“A partir dele nasceu uma escola que sequer havia sido imaginada no mundo. Ao observar a exposição, o público poderá facilmente encontrar pontos em comum de obras dos ‘alunos’ com o conjunto de trabalho de Palatnik. No entanto, essa mesmas obras não estabelecem diálogo umas com as outras. Elas bebem na mesma fonte, mas são completamente distintas, comprovando que a escola do artista tem várias vertentes: seja popular, seja tecnológica”, explica o curador.

Da história de Palatnik, Lontra conta que muito antes de “criar” a Arte Cinética o artista era um pintor tradicional – até descobrir pessoas que pintavam melhor do que ele.

“Há relatos de que teria dito que não podia competir com tanto talento – era preciso criar algo novo. Palatnik é, seguramente, o retrato de um homem que, sobretudo, não se deu por vencido. A partir da adversidade, ele inventou novos caminhos para a arte e reinventou a própria identidade”.“Cor, Luz e Movimento” no Centro Cultural Minas Tênis Clube (r.da Bahia, 2.244). Terça a sábado, das 10 às 20h. Domingo e feriado, das 11 às 19h. Até 28/9

 Um bom motivo para ir a SP
O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) recebe até dia 15 a maior mostra já realizada com obras de Palatnik. Batizada “A Reinvenção da Pintura”, a exposição conta ainda com “Diálogos” – mostra paralela que reúne 39 obras de 26 artistas que ampliaram o conceito do mestre.