Jorgen Michaelsen, Porquoi o mal? [Outro título: Pourquoi malady?]
coordenação editorial: Regina Melim
projeto gráfico: Vitor Cesar
tradução: Bia artero
revisão: Renato Tapado.
Florianópolis, SC: Par(ent)esis, 2011.
81 p.;
19 x 14,5 x 0,7 cm.
Impressão offset
tiragem 1.000 exemplares.
Edição bilingue português e inglês.
Edição realizada especificamente para a exposição “El mal de escritura: un proyecto sobre texto e imaginación especulativa”, curadoria de Chus Martínez, no período de 20 de novembro de 2009 a 25 de abril de 2010, no espaço térreo do Centro de Estudos e Documentação do Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (Macba).
Em qualquer encontro, quer democrático, quer pseudodemocrático, há duas lacunas que se reforçam mutuamente: uma entre a esfera da transcrição relativa e a emocionalização absoluta do discurso, e outra entre a capacidade excessiva e a convergência paralela. Para se ter certeza, a prática artística pode às vezes aliviar os obstáculos produzidos quando uma metamorfose evidente é fortemente registrada naquilo que parecem ser os disparates do dia-a-dia. Mas a própria obediência civil da representação nunca morre. Não importa quão pavorosa a situação pode se tornar, os agentes culturais emboscados nas asas sempre estarão preparados para atirá-las em seus pés – a um preço. E, finalmente, não é preciso dizer que ninguém é inocente. Por exemplo, você pode marchar sob a bandeira da ‘escrita’ ou do ‘texto’, e de uma maneira ou de outra manter-se completamente preso à estrutura da ‘linguagem’.
[Fragmento da parte inicial]