escritos de artistas, escritos em arte

Vários autores
escritos de artistas, escritos em arte
Rio de Janeiro, PPG Artes UERJ, 2020

A publicação Escritos de Artista, Escritos em Arte, organizada por e para o corpo discente do PPGARTES-UERJ, reúne textos de artistas e escritos em arte com diversos temas e formatos, divulgando reflexões sobre pesquisas em arte no seio universitário. O intuito dessa proposição coletiva é estimular a publicação e circulação de textos que vão além da formatação acadêmica, dando espaço para o caráter experimental e processual da escrita ligada ao pensamento estético. Assim, também se propõe a criar um processo de editoração aberto e participativo, de modo que essa publicação não reproduza a forma como revistas acadêmicas realizam seus processos seletivos. Ao contrário, pretendemos que os participantes e interessados na publicação atuem em suas etapas de apreciação dos textos enviados e da editoração – fomentando, mais do que a produção do impresso, o próprio usufruto de seu material léxico através do compartilhamento dos textos e da divulgação de seus conteúdos. Em suma, propomos a criação de uma estratégia de partilha textual rizomática, um dispositivo poroso de trocas de ideias por meio da linguagem escrita, atravessando o espaço gráfico e digital. Um meio de proliferar a liberdade de expressão e expandir o pensamento em arte

https://lucasalbuquerque.art/portfolio-item/escritos-de-artistas-escritos-em-arte/

Aparte:

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Antonio Oliveira e Cecilia Manuel
Aparte:
Belo Horizonte, NUNC, 2017
12,6 x 21 cm
108 p.
ISBN: 978-85-66283-12-9

Aparte: é o um ensaio (de-)risório, um exercício de diletante, uma interpretação assumidamente paranoica, o ilustre resultado de uma brincadeira inconsequente. A partir de um estudo empírico sobre o tarô, performatividades e ficionalizações de si, os autores propõem comentários bem-humorados sobre os arquétipos que povoam suas autoficções no mundo das artes.

https://www.bancatatui.com.br/categorias/livros/aparte/

Trânsito

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Kenneth Goldsmith ( Nova Iorque, EUA, 1961)
[dublado por Leonardo Gandolfi & Marília Garcia]
Trânsito
São Paulo, Luna Parque, 2016
48 p.
12 X 16 cm
Acabamento em brochura
200 exemplares
isbn 9788569476054

Trânsito é composto de textos que transcrevem os engarrafamentos transmitidos por uma rádio de trânsito em São Paulo na véspera de um final de semana prolongado.
Trata-se de uma versão reduzida e adaptada do livro Traffic, de 2007, que realiza este procedimento a partir de uma rádio de Nova Iorque. A versão brasileira dublou o mecanismo do original, chegando a um texto que, entre o ready-made e a crônica, transforma o material descartável das ondas de rádio em livro.
Mais conhecido pela criação do site ubu.web, que tem um enorme acervo de publicações digitais, Kenneth Goldsmith propõe uma escrita conceitual que ele próprio chama de “escrita não-criativa”.

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http://lunaparque.iluria.com/

Freme

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Kenneth Goldsmith (Nova Iorque, EUA, 1961)
Freme
Florianópolis, par(ent)esis, 2016
coordenação editorial: Regina Melim
tradução: Caetano W. Galindo
revisão: Beatriz R. Galindo
projeto gráfico: Pedro Franz
500 ex.

No Bloomsday de 1997, sozinho em seu apartamento e com um gravador e um microfone, Kenneth Goldsmith tenta falar todos os movimentos que seu corpo faz das 10h, quando acorda, às 22h, quando vai dormir. O texto transcrito da gravação resulta em uma escrita na qual o corpo se reduz à sua mecanicidade, sem individualizar um personagem e tampouco apresentar ao leitor o mundo com o qual esse corpo interage. Em 16 de junho de 1998, a ação de Goldsmith é apresentada no Museu Whitney, em Nova York, como performance vocal-visual realizada por Theo Bleckmann. Na ocasião foram impressos 100 exemplares numerados e assinados da transcrição das três primeiras horas. Em 2000, a Coach House Books publica Fidget, a versão completa do texto de Goldsmith. Em novembro de 2016, Freme, tradução para o português realizada por Caetano Galindo, é publicado pela plataforma par(ent)esis. Segue abaixo um fragmento:

19h00

“Rededo. Espirro cruza. Todo o ante esfrega livre. Trista mão. Corre no fundo da coxa, sem olhos. Flexurrilha. Movimentos periféricos ditos. Alento refresca flanco destro. Maxilas veem dentes cerrados. Parte externa dum canino inferior, pronunciadíssimo ranger para trás e à frente. Em claro, não tem como chegar à gengiva. Donde descende canino destro. Mesmo assim, é pequeno esfrego. Mas chances há de que menor. Ínfera ravina. Exigindo atenção da saliva. Boca em geral. Língua corra. Palma. Nós entecem polegares. Nervos quicam e caem e caem e quicam. Em movimento vertical, movimentos verticais são. Poucas horizontais, especialmente as de origem nervosa. Se projeta recebida. Dentes não mais relaxam. Dentes não toque. Palatos separados. Naturalmente, dentuço. Dentes inferiores de novo passam à frente. Sem jamais dar na gengiva, sempre dando atrás. Dentes nunca tocam a não ser por queda dentária. Queda se origina gengiva. Não acontece. Projeta-se à frente dos de cima. Quadril gengiva acima não permite. Por outro lado, de detrás de diante. Ainda assim, nada acontece. Raspa mão. Primeiro agora estica.”

http://www.plataformaparentesis.com

Assim que for editado, lhe envio

Assim que for editado, lhe envio

Michel Zózimo (Santa Maria/RS, 1977)

Assim que for editado, lhe envio
Porto Alegre: Modelo de Nuvem, 2013.
144 p.; il. col.
14,5 x 21 cm
Offset
700 ex.
ISBN: 978-85-63057-21-1

O projeto consiste em uma publicação de escritos de artistas, de diferentes formatos [texto crítico, texto analítico, texto em prosa, texto poético, diagramas, materiais de estudo, cartas, contos, roteiros], os quais versarão sobre certas questões que possam derivar do campo da arte, articulando-as com outros campos de conhecimento. Os artistas Alessandra Giovanella, Cristina Ribas [A Arquivista], Cristiano Lenhardt, Fernanda Gassen, Jonathas de Andrade, Letícia Ramos e Luiz Roque participam desta publicação, relacionando seus processos poéticos com possíveis assuntos que lhes despertem interesse.

 

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=Damx8bJs7n4]

www.modelodenuvem.com.br
Disponível em PDF: https://issuu.com/leticiaramos/docs/assimqueforweb/1

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Textes pour suite / Teksty do dalszego ciagu / Texts as Follows

Lefevre Jean Claude
Textes pour suite / Teksty do dalszego ciagu / Texts as Follows
Rennes, Incertain Sens, 2013
dos carré cousu collé
impression noir & blanc
[90p.]
20,7 x 15,7 cm
600 ex.
isbn 978-2-914291-57-6

WTOREK, 25 LIPCA 1978, LONDYN.
Ostatnia wystawa, u Barry Bakera, 37 Museum Street, ?wiadomie firmowana przez André Caderego. Aparatem 6 × 6 fotografuj? szefa galerii za biurkiem, za jego zgod?, i robi? zdj?cie z wystawy: trzy uj?cia* czarno-bia?e przyszpilone w linii na jedynej wolnej ?cianie.
[LJC notatka z 2004 roku]
* Dokument opublikowany w 1983 roku, z inicjatywy LJC Archive, w nieperiodycznej broszurze dystrybuowanej przez Ghislaina Mollet-Viéville i galeri? Durand-Dessert w Pary?u, a pó?niej w katalogu wystawy z 1996 roku, André Cadere, Unordnung herstellen, wydanego przez Kunstverein z Monachium [dyrektor: Dirk Snauwaert] oraz Landesmuseum Joanneum z Graz [kurator: Peter Weibel]; fotografia przyci?ta do formatu poziomego

MARDI 25 JUILLET 1978, LONDRES.
Dernière exposition, assumée comme telle par André Cadere, chez Barry Barker, 37 Museum Street. À l’aide de mon appareil 6 × 6, photographie, avec son accord, le responsable à son bureau et prends un cliché de l’accrochage : trois vues* en noir et blanc, format 24 × 36, épinglées en ligne sur le seul mur disponible.
[LJC note 2004]
*Document publié en 1983, à l’initiative de LJC Archive dans une brochure non-périodique diffusée par Ghislain Mollet-Viéville et la galerie Durand-Dessert à Paris, puis dans le catalogue d’exposition de 1996, André Cadere, Unordnung herstellen, une publication du Kunstverein de Munich [Dirk Snauwaert, directeur] et du Landesmuseum Joanneum de Graz [Peter Weibel, curator] ; photographie recadrée au format paysage.

THURSDAY 2ND SEPTEMBER 1993,
acquire at a left-bank bookseller’s stall a study of the Perret brothers published by the National Conservatory for Arts and Crafts, a catalogue dated 1976. Add this work to the archives concerning the piece under the reference AITSRS990.
The same day, stop for a minute in front of the window of the Arnaud Lefebvre gallery. In the half-light, discover what could be called an autumn display… Still walking along the rue Mazarine, come across Jean-Dominique Carré who is busy writing a sign informing the passer-by of the new opening hours of his bookshop.
Thus each one of us in one way or another underlines the fact that we are starting out on a new period of activity… following the organization of the school year. Classifying, cleaning, cutting out new cards, developing new categories; cleaning windows* and inevitably arranging new window displays. In the theatre this operation is called staging.
*The reproduction of a painting by the artist Yvan Pouni springs to mind: Cleaning Windows, dated 1915… in the book by Camilla Gray, The Russian Avant-Garde in Modern Art 1863-1922.
At the terrace of the Mazarin café, on the corner of the rue Jacques Callot and the rue Mazarine, describe to my companion, the outline of the project which I have been thinking about for some time.
From this brief encounter note that Jean-Dominique Carré is indeed eager to set up a project both for his bookshop and for the adjoining apartment. To show his determination he talks about the length of the presentation and when it will take place; we decide on December 1993 as the deadline before which we must have something to show. The only constraint, which is perfectly understandable, is the desire on the part of our host not to remove Claude Rutault’s work which has been in the rotunda and the hall of the apartment since 1991; papers, canvasses and captions which have, with time, come to form part of his life.

JEUDI 2 SEPTEMBRE 1993,
fais l’acquisition, chez un bouquiniste, quai rive-gauche, d’une étude sur les frères Perret, éditée par le conservatoire national des arts et métiers ; un catalogue daté 1976. Joindre cet ouvrage aux archives de la pièce référencée AITSRS1990.
Ce même jour, m’arrête un instant devant la baie vitrée de la galerie Arnaud Lefebvre. Dans la pénombre, découvre ce que l’on peut nommer un accrochage de rentrée… Arpentant toujours la rue Mazarine, surprends Jean-Dominique Carré occupé dans la rédaction d’un carton informant le promeneur des nouvelles plages horaires d’ouverture de sa librairie.
Et chacun de remarquer d’une façon ou d’une autre que nous entamons une nouvelle période d’activité… calquée sur le rythme scolaire. Classer, nettoyer, découper de nouveaux cartels, développer de nouvelles rubriques ; laver les vitres* et, nécessairement, recomposer une vitrine originale. Au théâtre cette opération a pour nom la mise en état.
* Me revient à l’esprit la reproduction d’une peinture de l’artiste Yvan Pouni, Lavage des fenêtres, datée 1915… in l’ouvrage de Camilla Gray, L’avant-garde russe dans l’art moderne 1863-1922.
À la terrasse du Mazarin, angle des rues Jacques Callot et Mazarine, expose rapidement, pour mon interlocuteur, les grandes lignes d’un projet auquel je pense depuis quelque temps déjà.
De cette brève rencontre, note que Jean-Dominique Carré est bien demandeur d’un projet à développer, à la fois dans la librairie et à l’appartement attenant. Pour marquer sa détermination, notre libraire parle calendrier et durée de présentation ; retenons décembre 1993, comme date limite avant laquelle nous devons nous manifester. Le seul point contraignant, est le souhait, tout à fait compréhensible de notre hôte, de ne pas se séparer de la pièce de Claude Rutault ; oeuvre en place, depuis 1991, dans la rotonde et entrée de l’appartement ; papiers toiles et légendes jouant le rôle, avec le temps, de cadre de vie…

Traffic

Traffic

Kenneth Goldsmith
Traffic
Make Now Press, 2007
116 p.
Language: English
ISBN-13: 978-0974355481

O mais recente esforço de transcrição de Goldsmith, TRAFFIC exibe textos encontrados e mistura artifício com a vida cotidiana.

“Em sua forma e conteúdo, o TRAFFIC de Kenneth Goldsmith recorda nada menos do que a cena prolongada do filme Week-End do Jean-Luc Godard, e o livro audacioso provoca a mesma série de reações: surpresa, admiração, diversão, incredulidade, horror, reconhecimento, terror, tédio, impaciência …. “Craig Dworkin.

Poetry.The latest in Goldsmith’s transcription and defamiliarization efforts, TRAFFIC exhibits the author’s signature mode: remediating found texts and crossing artifice with everyday life”.

“In both form and content, Kenneth Goldsmith’s TRAFFIC recalls nothing so much as the extended tracking shot in Jean-Luc Godard’s 1967 film Week-End, and the book’s audacious sustain elicits the same series of responses: surprise, admiration, amusement, incredulity, horror, recognition, terror, boredom, impatience, awe….”
Craig Dworkin.

http://eclipsearchive.org/projects/TRAFFIC/text.html

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