Este blog tem como objetivo divulgar o acervo da Coleção Livro de Artista da Universidade Federal de Minas Gerais, a primeira coleção em uma biblioteca de universidade pública no Brasil. Em atividade desde novembro de 2009, o acervo possui mais de 1.500 livros de artista, além de obras de referência, revistas especializadas e revistas de artista. Atualmente este é o maior acervo público de livros de artista da América Latina.
Jane Rolo e Camilla Wills Dear reader London, Bookworks, 2014 17,5 x 25 cm 1000 ex
Publicado para acompanhar a exposição Dear Reader na Idea Store Whitechapel, de 14 de março a 11 de maio de 2014. A exposição consistiu em obras novas e existentes de onze artistas que a Book Works publicou, incluindo: Jeremy Deller, Ruth Ewan, Karl Holmqvist, Mike Nelson, Ahmet Öğüt , Olivia Plender, Laure Prouvost, Clunie Reid, eslavos e tártaros, Mark Titchner e Emily Wardill.
Cada artista compilou uma lista de livros e publicações de relevância para a sua prática: revelando diferentes metodologias e formas idiossincráticas ou irreverentes de pesquisar e adquirir conhecimento. A seleção varia de Frankenstein de Shelley a Hentai Manga, Independent Spirits: Spiritualism and English Plebeians 1850-1910 de Logie Barrow a Sturtevant: The Razzle Dazzle of Thinking, Dark Actors: The Life and Death of Dr David Kelly a Cities of the Red Night de Burrough . Para a exposição Dear Reader Book Works instalou uma estrutura com cartazes e papéis de parede para apresentar esta coleção temporária na galeria do quarto andar e sala de leitura da biblioteca Idea Store, todos os livros agora fazem parte do sistema da biblioteca central.
Com o subtítulo Glossário de termos filosóficos da Arte Contemporânea em vigor na região Oeste catarinense, este folheto imita o formato de página de dicionário. Impressa no papel Color Plus, frente e verso. Um dos lados reproduz a diagramação em duas colunas com os verbetes “de varde”, “esfrótole”, “verada” e “urcocáne”, com suas respectivas definições. No outro lado, consta a epígrafe do trabalho, uma citação de Deleuze, e abaixo, o link do Soundcloud, endereçando a versão sonora do trabalho.
Gosto de Deleuze, mas prefiro meu pai é o resultado da mediação entre dilemas da estudante Gabi Bresola para: entender a série de conceitos que professores e críticos de arte se apropriaram da filosofia e da sociologia pós-moderna para falar de arte; com a promessa de nunca desconsiderar o conhecimento empírico e todos os conceitos criados por semi-analfabetos, como seu pai.
Da compreensão de que poderia haver alguma equivalência entre os dois meios e os conceitos, e depois da leitura de uma entrevista que Deleuze concedeu a Claire Parnet, em 2005, em que ele diz: “um filósofo não é uma pessoa que contempla e também não é alguém que reflete. Um filósofo é alguém que cria. Só que ele cria um tipo de coisa muito especial, ele cria conceitos. Os conceitos não nascem prontos, não andam pelo céu, não são estrelas, não são contemplados. É preciso criá-los, fabricá-los”, Gabi enxergou seu pai como filósofo de um meio específico, e qual, dificilmente o meio acadêmico compreenderia tão facilmente — assim como incompreende diversas vezes os termos e conceitos filosóficos transportados para descrição de trabalhos de arte. E, portanto, em companhia dele, criou conceitos aproximados e que poderiam ser equivalentes aos da academia. São eles: “de varde”, que equivale ao conceito de “devir”; “esfrótole”, que equivale a ideia de “conjuntura” + “rizoma”; “verada”, ao conceito de “camadas”; e“urcocáne”, do conceito de “sublime”. Após a escrita, Névio e sua filha leram o texto editando as definições conforme a compreensão dele.
Névio, depois dessa proposição, relia diariamente (e orgulhosamente) o texto, sentindo-se como filósofo mesmo. Em um dia aleatório, gravou sua leitura e enviou por Whatsapp para Gabi. A escuta gerou uma versão sonora do trabalho: o áudio foi editado e mixado por Felipe Martins e está disponível no Soundcloud: https://soundcloud.com/gabi-bresola/gosto-do-deleuze-mas-prefiro-meu-pai
Foi exposto na “Sobre os ombros de gigantes”, exposição com curadoria de Raphael Fonseca, na Galeria Nara Roesler, em 2020.
Mariana Silva da Silva Como desenhar pedras
Porto Alegre, 2018
12 x 18 cm
44 p.
ISBN: 978-85-455197-0-6
Como desenhar pedras, agrega imagens de pedras, desenhos e fotografias, para fins científicos, artísticos e históricos, recolhidas na internet utilizando como ferramenta o sistema de buscas Google images. O processo de elaboração deste trabalho está atrelado a investigações realizadas anteriormente, no contexto de ações artísticas e fotografias ao redor do rio Caí, em Montenegro, e do estuário Guaíba, em Porto Alegre, ambos no Rio Grande do Sul.
Felipe Rezende e Luma Flôres Territórios Movediços
Salvador, Incubadora de Publicações Gráficas, 2018
9 x 10 cm
24 p.
Serigrafia sobre papel paraná e risografia sobre papel pólen bold
Territórios Movediços aborda realidade, espaço e simulação a partir de mapas da cidade de Salvador. De caráter labiríntico, tal como a velha cidade, suas dobras e traçados urbanos são caminhos por onde se desenrolam um diálogo imaginário entre trechos de Jorge Luís Borges e Jean Baudrillard, protagonizado por personagens que transformam de maneira imediata o espaço. Versando sobre realidade e especulação, esta mapoteca em ruínas questiona os domínios do visível e inapreensível na representação cartográfica. Funciona simultaneamente como território, livro e objeto escultórico, proporcionando diferentes possibilidades de leitura.
Almanarque Recopilador Antienciclopédico Barateza Duran e Robson Jardim
Rio de Janeiro, Oficina do Prelo, 2018 13,5 x 21 cm
Impressão tipográfica na lombada e hotstamp na capa
Livro biblioteca randômico. Mecanismo sensorial e de conhecimento não linear. Cápsula
espaço temporal materializada em papel.
Este livro pode conter impressões a laser, jato de tinta, serigráfica, mimeográfica,
tipográfica, risográfica, fotocópia e offset sobre diversos tipos de papel. Também pode
conter páginas de tecido.