Gosto de Deleuze mas prefiro meu pai

Gabi Bresola e Névio Bresola

Gosto de Deleuze mas prefiro meu pai

Florianópolis, editora editora, 2017

Com o subtítulo Glossário de termos filosóficos da Arte Contemporânea em vigor na região Oeste catarinense, este folheto imita o formato de página de dicionário. Impressa no papel Color Plus, frente e verso. Um dos lados reproduz a diagramação em duas colunas com os verbetes “de varde”, “esfrótole”, “verada” e “urcocáne”, com suas respectivas definições. No outro lado, consta a epígrafe do trabalho, uma citação de Deleuze, e abaixo, o link do Soundcloud, endereçando a versão sonora do trabalho.

Gosto de Deleuze, mas prefiro meu pai é o resultado da mediação entre dilemas da estudante Gabi Bresola para: entender a série de conceitos que professores e críticos de arte se apropriaram da filosofia e da sociologia pós-moderna para falar de arte; com a promessa de nunca desconsiderar o conhecimento empírico e todos os conceitos criados por semi-analfabetos, como seu pai.

Da compreensão de que poderia haver alguma equivalência entre os dois meios e os conceitos, e depois da leitura de uma entrevista que Deleuze concedeu a Claire Parnet, em 2005, em que ele diz: “um filósofo não é uma pessoa que contempla e também não é alguém que reflete. Um filósofo é alguém que cria. Só que ele cria um tipo de coisa muito especial, ele cria conceitos. Os conceitos não nascem prontos, não andam pelo céu, não são estrelas, não são contemplados. É preciso criá-los, fabricá-los”, Gabi enxergou seu pai como filósofo de um meio específico, e qual, dificilmente o meio acadêmico compreenderia tão facilmente — assim como incompreende diversas vezes os termos e conceitos filosóficos transportados para descrição de trabalhos de arte. E, portanto, em companhia dele, criou conceitos aproximados e que poderiam ser equivalentes aos da academia. São eles: “de varde”, que equivale ao conceito de “devir”; “esfrótole”, que equivale a ideia de “conjuntura” + “rizoma”; “verada”, ao conceito de “camadas”; e“urcocáne”, do conceito de “sublime”. Após a escrita, Névio e sua filha leram o texto editando as definições conforme a compreensão dele.

Névio, depois dessa proposição, relia diariamente (e orgulhosamente) o texto, sentindo-se como filósofo mesmo. Em um dia aleatório, gravou sua leitura e enviou por Whatsapp para Gabi. A escuta gerou uma versão sonora do trabalho: o áudio foi editado e mixado por Felipe Martins e está disponível no Soundcloud: https://soundcloud.com/gabi-bresola/gosto-do-deleuze-mas-prefiro-meu-pai

Foi exposto na “Sobre os ombros de gigantes”, exposição com curadoria de Raphael Fonseca, na Galeria Nara Roesler, em 2020.

https://www.editoraeditora.com/gosto-de-deleuze

Como desenhar pedras

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Mariana Silva da Silva
Como desenhar pedras
Porto Alegre, 2018
12 x 18 cm
44 p.
ISBN: 978-85-455197-0-6

Como desenhar pedras, agrega imagens de pedras, desenhos e fotografias, para fins científicos, artísticos e históricos, recolhidas na internet utilizando como ferramenta o sistema de buscas Google images. O processo de elaboração deste trabalho está atrelado a investigações realizadas anteriormente, no contexto de ações artísticas e fotografias ao redor do rio Caí, em Montenegro, e do estuário Guaíba, em Porto Alegre, ambos no Rio Grande do Sul.

http://seer.fundarte.rs.gov.br/index.php/epa/article/view/276

Territórios Movediços

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Felipe Rezende e Luma Flôres
Territórios Movediços
Salvador, Incubadora de Publicações Gráficas, 2018
9 x 10 cm
24 p.
Serigrafia sobre papel paraná e risografia sobre papel pólen bold

Territórios Movediços aborda realidade, espaço e simulação a partir de mapas da cidade de Salvador. De caráter labiríntico, tal como a velha cidade, suas dobras e traçados urbanos são caminhos por onde se desenrolam um diálogo imaginário entre trechos de Jorge Luís Borges e Jean Baudrillard, protagonizado por personagens que transformam de maneira imediata o espaço. Versando sobre realidade e especulação, esta mapoteca em ruínas questiona os domínios do visível e inapreensível na representação cartográfica. Funciona simultaneamente como território, livro e objeto escultórico, proporcionando diferentes possibilidades de leitura.

CF-05112018-0255
CF-05112018-0256

https://rvculturaearte.com/Territorios-Movedicos

Almanarque Recopilador Antienciclopédico

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Almanarque Recopilador Antienciclopédico
Barateza Duran e Robson Jardim
Rio de Janeiro, Oficina do Prelo, 2018
13,5 x 21 cm
Impressão tipográfica na lombada e hotstamp na capa


Livro biblioteca randômico. Mecanismo sensorial e de conhecimento não linear. Cápsula
espaço temporal materializada em papel.
Este livro pode conter impressões a laser, jato de tinta, serigráfica, mimeográfica,
tipográfica, risográfica, fotocópia e offset sobre diversos tipos de papel. Também pode
conter páginas de tecido.

http://www.oficinadoprelo.iluria.com/pd-5d76b9-almanarque-recopilador-antienciclopedico.html?ct=&p=1&s=1