Vox Populi

Yan Braz
Vox populi
Rio de Janeiro, edição do artista, 2017
20cm x 25cm
56 p.
100 ex.

Vox Populi, publicação independente, foi organizada com fotografias de pichações anônimas, encontradas na rua e coletadas com o auxílio da câmera de um telefone celular ao longo de diversas caminhadas empreendidas entre os dias 9 de janeiro e 30 de março de 2017 na cidade do Rio de Janeiro. Concluído o período de saídas e coletas regulares a fim de reunir um repertório vocabular, este usado na etapa seguinte, a composição final referente ao espaço-tempo percorrido originou uma sintaxe-percurso singular, retornada pública. Planejada para ser uma exposição móvel, a publicação encontra no suporte livro um espaço expositivo onde se cumpre e que busca enfatizar sua estrutura conceitual movente. Vox Populi é imagem em movimento.

Introdução de Michelle Sommer / Auxílio gráfico: Cachimbo ensaios gráficos

https://yanbraz.com/vox-populi

Everything that I’ve wanted to say but haven’t had the confidence to until now

Ben Jenner

Everything that I’ve wanted to say but haven’t had the confidence to until now

Bristol, Edição do artista, 2021

150ex.

“Tudo o que eu queria dizer, mas não tinha confiança até agora refere-se a um sentimento de compreensão completa de como minha prática amadureceu durante a pandemia. A publicação oferece uma narrativa autobiográfica de poesia, poesia visual, escrita assêmica, performance e fotografia que respondem à jornada que fiz através dos vários bloqueios e períodos de isolamento, e a solidão que resultou deles. O primeiro capítulo do livro, “Lado A”, aborda os dias em que eu lutava com meu bem-estar mental, refletindo externamente sentimentos internos, e alguns respondem à dinâmica hierárquica que se tornou aparente na indústria da hospitalidade.

“Lado B” compartilha momentos de como minha prática se tornou um método para trabalhar esses sentimentos no bloqueio. As apresentações tornaram-se ritualísticas e constituíram uma grande parte da minha rotina diária durante toda a provação. Vivenciar este trabalho de forma tangível é fundamental para ler o conteúdo emotivo que ele oferece. A sociedade contemporânea está saturada de mídia digital em muitas plataformas e eu não queria que minha história se perdesse em uma fração de segundo do tempo de tela de alguém. As redes sociais e as vitrines virtuais só podem comunicar até agora, e por isso esta coleção existente em um espaço real é um lembrete para estar fisicamente presente.

https://www.benjenner.co.uk/everything-that-i-ve-wanted-to-say

Dulcinéia

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Thiago Honório e Dulcinéia Catadora
Dulcinéia
São Paulo, Dulcinéia Catadora, 2017
17,5 x 19 cm

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O processo de construção do livro-obra DULCINÉIA se deu a partir de encontros entre o artista e as integrantes do coletivo na Cooperglicério, no Glicério, em São Paulo, onde elas trabalham fazendo a coleta e separação de papéis, e também na residência de uma das integrantes, nas proximidades da cooperativa. DULCINÉIA nasceu, então, de conversas e trocas para que, juntos, as quatro mulheres integrantes do coletivo e o artista chegassem ao livro-obra.

Foi num desses encontros na casa de uma das catadoras que toda a conversa se deu em torno da ideia de marcar um nome, de o coletivo ter um nome próprio, de uma mulher, de uma personagem, atravessado, agora, pela experiência daquelas quatro mulheres aguerridas que mantêm vivo – a duras penas e em tempos difíceis na cidade de São Paulo – o Dulcinéia Catadora. Perguntas como: quem é Dulcinéia? Quem foi Dulcinéia? O que cada uma de vocês tem de Dulcinéia? O que Dulcinéia significa para vocês? foram lançadas às quatro integrantes pelo artista.

A partir daí, a ideia de nome como furo, de leitura como furo, de livro como furo, de arte como furo, de nome que é título e de título que é nome, a um só tempo perfurados, de leitura, livro e arte como atravessamento foram problematizados no processo de construção do livro-obra DULCINÉIA. DULCINÉIA foi totalmente construído por papéis de caixas embalagem, o papelão, e escrito por um instrumento próximo àquele usado no ato de catar os papéis, como também por “agulhões”, a partir de furos na construção do nome próprio Dulcinéia. O livro-obra apresenta, assim, as letras desse nome, cada uma em uma das páginas que o constituem, “escritas” por diferentes gestos, forças, expressões e estados de ânimo, ou seja, diferentes “letras”. Trata-se de um nome – DULCINÉIA – construído e escrito a oito mãos e quatro cabeças das mulheres integrantes do Dulcinéia Catadora. Cada um dos livros traz, pelo menos, uma letra ou marca de uma dessas quatro mulheres mescladas a outras. O livro obra
DULCINÉIA é, desse modo, um corpo compósito constituído e construído por quatro diferentes letras das quatro mulheres que o integram e mantêm.

http://www.dulcineiacatadora.com.br/livros-e-autores-books-and-authors/Dulcineia

Libro n°2, 1972

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Mirtha Dermisache
Libro n°2, 1972

Praga, Florent Fajole, 2008.
Impresso em offset
23,5 x 28 cm
72 p.
ISBN: 978-2-917824-01-6

The graphic practice of Mirtha Dermisache (Buenos Aires, 1940-2012) belong in the space between writing and the visual arts. Roland Barthes has included it in his theory of the “Text” and put her in the section of the “unreadable writings.”

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http://www.lespressesdureel.com/EN/ouvrage.php?id=3778&menu=

ABC… Museum

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Franz Erhard Walther
ABC… Museum – Wortbilder
Genebra, Musée d’Art Moderne et Contemporain, 2004
17 x 24 cm
304 p.
ISBN : 978-2-940159-32-1

German artist’s “word-images” (early works).
During summer and winter of 1957-1958, a student at the Offenbach School of Applied Arts produced two hundred watercolours containing words. Over forty years later these works, reported as lost, were rediscovered while the student had acquired the reputation of being one of the outstanding artists of his generation, in association with avant-gardists of the 60’s. His rise to fame begins with 1.Werksatz (“1st Series of Works”) which greatly contributes to remodelling our perception of what a work of art offers of our body, space, time and relation with another. What meaning can be extracted from these early works? How are the “word-images” (Wortbilder) integrated in Franz Erhard Walther’s art as a whole? And finally, how do they related to the history of art that constantly reshuffles and redeals the cards?
After studies in decorative art and at a school of fine Art, Franz Erhard Walther (born 1939 in Fulda, Germany, lives and works near Hamburg) enrolled at the Kunstakademie in Düsseldorf. He contributed to the historic exhibitions When attitude becomes form (1969-1970), organised by Harald Szeemann at the Kunsthalle in Berne, as well as Spaces at MOMA (1969-1970). He produces complex works, showcasing installations and sculptures which involve the spectator in his sensory entirety and engage the whole body.
Franz Erhard Walther was awarded the Golden Lion at the 57th Venice Biennale in 2017.

http://www.lespressesdureel.com/EN/ouvrage.php?id=430&menu=4