Vox Populi

Yan Braz
Vox populi
Rio de Janeiro, edição do artista, 2017
20cm x 25cm
56 p.
100 ex.

Vox Populi, publicação independente, foi organizada com fotografias de pichações anônimas, encontradas na rua e coletadas com o auxílio da câmera de um telefone celular ao longo de diversas caminhadas empreendidas entre os dias 9 de janeiro e 30 de março de 2017 na cidade do Rio de Janeiro. Concluído o período de saídas e coletas regulares a fim de reunir um repertório vocabular, este usado na etapa seguinte, a composição final referente ao espaço-tempo percorrido originou uma sintaxe-percurso singular, retornada pública. Planejada para ser uma exposição móvel, a publicação encontra no suporte livro um espaço expositivo onde se cumpre e que busca enfatizar sua estrutura conceitual movente. Vox Populi é imagem em movimento.

Introdução de Michelle Sommer / Auxílio gráfico: Cachimbo ensaios gráficos

https://yanbraz.com/vox-populi

No meu corpo o canto

Alex Simões e TANTO

No meu corpo o canto

Salvador, Incubadora de publicações, 2020.

32 p.

13 x 13 cm

120 ex.

No meu corpo o canto reúne poemas visuais feitos com palavras colhidas nas ruas de Salvador pelo poeta Alex Simões, que desde 2018 se apropria do caráter gráfico e textual de letreiros urbanos captados com a câmera do celular para compor a série de fotomontagens do trabalho #experimentoscomletrasurbanas, publicando-as nas redes sociais. A colaboração entre o poeta e os arquitetos-urbanistas e artistas gráficos da TANTO Criações Compartilhadas (Patricia Almeida, Fabio Steque e Daniel Sabóia) motivou um olhar coletivo sobre as errâncias do poeta na cidade e o tipo de experiência urbana praticada, como caminho para remontar outra cidade, ou outra experiência, igualmente errante e poética, através da fruição do livro-objeto. Sobrepondo camadas cartográficas, poéticas e tipográficas, a publicação convida o leitor a se perder em um labirinto dobrável de haikais envolvido por uma cartografia poética que que reflete sobre o diálogo entre os autores, a poesia, a performance, a arquitetura, o urbanismo e outras linguagens.

https://rvculturaearte.com/No-meu-corpo-o-canto

Empenas

empenas-4_1
Andrés Sandoval
Empenas (vistas e silhuetas)
São Paulo, 2014

Esta publicação resultou de uma série de desenhos de observação feitos durante caminhadas pelo Elevado Costa e Silva em São Paulo entre julho e setembro de 2013. (foto da Associação Parque Minhocão: Tuca Vieira). Ganhador do PROAC LIVRO DE ARTISTA – 2013. Participou da X Bienal de Arquitetura de São Paulo e da exposição Cidade Gráfica em novembro de 2014.

empenas-5_1

(EN) This book gathers a series of drawings made during walks along Costa e Silva highway between July and September of 2013. It was exhibited at 10th São Paulo Architecture Biennal, 2013 and Cidade Gráfica exhibition, 2014.

 

140-empenas-3b_1.jpg

Na paisagem do centro de São Paulo, há um elemento arquitetônico recorrente chamado empena cega, a fachada lisa e sem aberturas de um edifício. Sua presença está ligada à legislação de uso e ocupação do solo e à construção de grandes estruturas viárias implementadas a partir da década de 60. Em 2007, com a vigência da lei Cidade-Limpa, que proibiu a colocação de anúncios publicitários nas fachadas dos imóveis, esse elemento tornou-se ainda mais evidente.

Este projeto usa o desenho para estudar as empenas cegas presentes nesta paisagem, destacando seus aspectos espaciais, cromáticos e morfológicos. Estes desenhos foram feitos ao longo dos 2,8 kilometros do Elevado Costa e Silva, uma via expressa de carros erguida a cerca de 6 metros do chão, que oferece um ponto de vista inusitado do entorno. Aos domingos a via é fechada aos carros, dia em que é possível cruzá-la a pé.

Do alto do elevado, as empenas, que em geral se veem numa perspectiva oblíqua desde a calçada, ganham uma vista mais frontal. Empenas muito próximas entre si e perpendiculares ao elevado só são vistas por completo quando estamos ao lado delas. Empenas avistadas a distância crescem lentamente no campo de visão durante o percurso.

Há empenas que parecem alinhadas entre si, mas que se separam à medida que nos aproximamos. Algumas, paralelas ao elevado, parecem estreitas de longe, porque são vistas lateralmente, mas quando nos aproximamos são tão grandes que parecem inclinar-se sobre nós.

Para este projeto, foram feitos desenhos de observação e de levantamento. Os desenhos de levantamento deram origem às silhuetas das empenas, e levam em conta a quantidade de andares, o estado físico da fachada e a orientação em relação ao norte. Cada silhueta é a vista frontal cerca de 400 vezes menor.

Juntas, as 141 silhuetas formam um alfabeto no qual é possível notar variações de tamanho, janelas clandestinas, muretas e beirais, além dos recortes formados por telhados e edifícios que encobrem parte das fachadas. Cada silhueta é apresentada com o endereço e o nome do edifício a que pertence.

Os desenhos de observação são um registro da percepção do espaço sobre o elevado, principalmente das empenas, com a anotação dos seus contornos visíveis, feitos a cada 60 metros. Esses desenhos deram origem às 88 vistas da cidade apresentadas aqui, metade desenhada no sentido Oeste e metade no sentido Leste.

No final de 2013, 30 protótipos das vistas da cidade foram impressos em risografia, em quatro cores especiais (dourado, amarelo, azul e laranja) sobre papel Filtro 180g/m2. Esta edição revisada, ampliada e impressa em ofsete, reúne numa única publicação todas as vistas e silhuetas.

Ganhador do PROAC LIVRO DE ARTISTA – 2013. Participou da X Bienal de Arquitetura de São Paulo e da exposição Cidade Gráfica em novembro de 2014.

Para saber mais a respeito, visite a página do artista: http://andressandoval.com/

http://www.andressandoval.com/projetos/books/