Rolezin

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Zansky
Rolezin
São Paulo, Edições de Zaster, 2019
12,7 x 19,7 cm
16 p.
Impressão em Serigrafia

Nova publicação em serigrafia. Resultado de um rolezinho aleatório com o Google Street View pelos centros comerciais do Brás em São Paulo e Fatih em Istambul, na Turquia.

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Vídeo do livro completo: https://scontent-cdg2-1.cdninstagram.com/v/t50.2886-16/69997905_126523425318625_1470888600872490656_n.mp4?_nc_ht=scontent-cdg2-1.cdninstagram.com&_nc_cat=101&oe=5DEBF5B0&oh=6f1395bc63e3ee5c8e525ecfdcd64d30

Desvio

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Membrana e artistas convidados: Adriano Costa, Bruno Mendonça, Daniel Jablonski, Deyson Gilbert, Erica Ferrari, Fabio Morais, Flora Leite, Guilherme Peters, Gustavo Rezende, Marcius Galan, Rachel Pach e Tiago Santinho.
Desvio
São Paulo, Membrana, 2019
21 x 14 cm.
108 p.

Desvio é um processo de captura de imagens da cidade intermediado por uma questão, suas respostas e réplicas. A questão é lançada aos artistas na forma de um convite a criar, sugerir ou apontar situações nas ruas de São Paulo. As réplicas vem na forma de imagens esquadrinhadas dessas respostas. A tentativa de busca por desvios ou brechas encontra-se entre as circunstâncias adversas, situações criadas e as bordas do quadro fotográfico.

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http://membrana.info/Desvio

Exclusion / Inclusion

Exclusion / Inclusion

Ewa Priester. ( 1980,Detmond – Alemanha ). Vive no Rio de Janeiro.
São Paulo, Vibrant Editora, 2015
Idioma: Inglês
14 x 21 cm.
152 p.
300 ex.
148/300
p&b; offset; brochura

This publication was made possible by the Centro Cultural São Paulo residency program at Pivô 2015, São Paulo, Brazil.

” O projeto já havia sido planejado antes disso (a residência) acontecer. Eu já sentia como algo muito forte e presente na vida cotidiana no Brasil. A fala sobre o crime, a notícia nos meios de comunicação e o constante medo que eles têm por mim. Levou um longo tempo para desenvolver a minha própria relação com os perigos na cidade, porque todo mundo queria muito me proteger. Em 4 anos nada aconteceu, isso já era um recorde. A maneira como as pessoas costumavam me avisar, me fazia sentir que algo poderia acontecer a qualquer momento. Minha vida tentou continuar como antes, mas algumas reações imprevistas aconteceram. Minha cabeça fantasiava situações perigosas, com as pessoas que se pareciam com os ladrões. Eu tinha sentimentos que não queria ter e eles me envergonhavam no mesmo momento que apareciam. Eram como preconceitos e categorias, que eu desenvolvi, para me proteger”.

Descrição site da editora
O Livro é fruto da residência artística que a artista alemã realizou no PIVÔ em parceria com o Centro Cultural São Paulo. Em seu trabalho, Ewa abrange os dispositivos de segurança presentes em São Paulo, dentro de uma pesquisa maior sobre medo e insegurança nas cidades.
“Um estudo, uma tentativa de entender melhor o medo e as fronteiras sociais no Brasil. Diferentes pontos de vista. Elementos da cidade que transportam diversos tipos de sensação. Uma narrativa em livro, uma leitura por imagens. Um tema que é presente na vida diária, na cidade de São Paulo. Frases coletadas de autores e que introduzem alguns pensamentos. As fotos como forma de interpretação e visualização.”

A Grande Seca

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Ronald Ansbach, 1961 – (Ponta Grossa, Paraná)
A Grande Seca
São Paulo: Editora Madalena, 2015
Idioma: Português
brochura;
offset colorido
17 x 21 cm
1200 ex.
60 p.
ISBN:987-85-65709-11-8

As fotografias deste livro foram realizadas entre os anos de 2006 e 2014, período que coincide com alterações substanciais no regime de chuvas da cidade.

“Nos últimos anos percorri São Paulo em várias direções, quase sempre aleatoriamente, em busca de espaços e lugares que me revelassem a essência da cidade. Nesse tempo compreendi que São Paulo é avessa a síntese e apenas apreensível fragmentariamente. Mutante e autofágica, se alimenta da própria amnésia enquanto se espalha pelos campos de Piratininga”.

[fonte e site do artista – ronaldansbach.com]

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Periferia

periferia

Caio Reisewitz (Caio Christian Reisewitz – São Paulo/SP, 1967)
Periferia
São Paulo: DBA; Galeria Brito Cimino; Grupo Takano, 2002
72 p.
Encadernado, capa dura
idioma: portugês/inglês
3.000 ex.
ISBN-13: 9788590265818

Notas: A realização deste livro foi possível a partir da Bolsa Estímulo recebida no II Premio Cultural Sergio Motta.

O livro de Caio Reisewitz é resultado da seleção de fotos feitas em mais de dois anos, através das quais procurou retratar algo de uma complexidade insofismável, a cidade de São Paulo. Na total ausência de texto, o título indica que se vai tentar empreender isso de modo alternativo já que, desde o primeiro momento, a cidade mal nos deixa detectar referenciais básicos como centro, história, o típico, ou representar-se, por exemplo, por seus habitantes.

Seus aspectos mais pitorescos são jogados contra uma massa monstruosa que, mesmo na bidimesionalidade do negativo fotográfico, permanece como um animal enorme, quieto, mas prestes a acordar e macular tudo com movimentos trágicos (uma poluição visual tão ostensiva que já se aceita como uma epiderme). Assim, poucos elementos contribuem para a consumação da proposta ousada do artista. O resultado, no entanto, não deixa de ser surpreendente, entre outras coisas, por atingir um tom de crônica sem palavras.

Levantando imagens com técnica virtuosística, de localidades inesperadamente bucólicas e toponímia tupi como o Pico do Jaraguá, à apropriação de anúncios de jornal com simulações gráficas de condomínios ainda não construídos, mas devidamente emporcalhados por estrangeirismos siderais e estranhamente de acordo  – Noblesse, Miami Gardens, Atuallité… -, acaba-se por se apresentar uma grande cena descontínua.

O sentido de crônica mantém-se porque os assuntos estão na ordem do dia, seja no boletim do telejornal ou na curtíssima florada do ipê pontuando um mês de setembro de terror no âmbito global. O recém desativado Carandiru, por exemplo, cuja entrada emblemática sentencia “Casa de Detenção”, é o pano de fundo da imagem em que um protagonista anacrônico veste roupa de marca, Cristian Dior, e sorri em pose de indiferença irritante. Outros assuntos estão implícitos, como as recentes tentativas de modificações  na lei de zoneamento a fim de desimpedir o empreendimento de condomínios verticalizados.

(…)

Em “Periferia”, tem-se um testemunho que, com o tempo, só tende a consagrar o risco da aposta em uma linguagem fragmentária para retratar o lugar onde se vive, em que a paisagem original em cor sépia ou verde “atlântico” e o rosa gritante dos classificados se apaziguam na locução sem palavras do incompreensível: ao pé da montanha, grupos se preparam para viver em um lugar que ainda não existe, mas que parece de uma sensualidade apavorante.

Rafael Vogt Maia Rosa, 2002

Empenas

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Andrés Sandoval
Empenas (vistas e silhuetas)
São Paulo, 2014

Esta publicação resultou de uma série de desenhos de observação feitos durante caminhadas pelo Elevado Costa e Silva em São Paulo entre julho e setembro de 2013. (foto da Associação Parque Minhocão: Tuca Vieira). Ganhador do PROAC LIVRO DE ARTISTA – 2013. Participou da X Bienal de Arquitetura de São Paulo e da exposição Cidade Gráfica em novembro de 2014.

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(EN) This book gathers a series of drawings made during walks along Costa e Silva highway between July and September of 2013. It was exhibited at 10th São Paulo Architecture Biennal, 2013 and Cidade Gráfica exhibition, 2014.

 

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Na paisagem do centro de São Paulo, há um elemento arquitetônico recorrente chamado empena cega, a fachada lisa e sem aberturas de um edifício. Sua presença está ligada à legislação de uso e ocupação do solo e à construção de grandes estruturas viárias implementadas a partir da década de 60. Em 2007, com a vigência da lei Cidade-Limpa, que proibiu a colocação de anúncios publicitários nas fachadas dos imóveis, esse elemento tornou-se ainda mais evidente.

Este projeto usa o desenho para estudar as empenas cegas presentes nesta paisagem, destacando seus aspectos espaciais, cromáticos e morfológicos. Estes desenhos foram feitos ao longo dos 2,8 kilometros do Elevado Costa e Silva, uma via expressa de carros erguida a cerca de 6 metros do chão, que oferece um ponto de vista inusitado do entorno. Aos domingos a via é fechada aos carros, dia em que é possível cruzá-la a pé.

Do alto do elevado, as empenas, que em geral se veem numa perspectiva oblíqua desde a calçada, ganham uma vista mais frontal. Empenas muito próximas entre si e perpendiculares ao elevado só são vistas por completo quando estamos ao lado delas. Empenas avistadas a distância crescem lentamente no campo de visão durante o percurso.

Há empenas que parecem alinhadas entre si, mas que se separam à medida que nos aproximamos. Algumas, paralelas ao elevado, parecem estreitas de longe, porque são vistas lateralmente, mas quando nos aproximamos são tão grandes que parecem inclinar-se sobre nós.

Para este projeto, foram feitos desenhos de observação e de levantamento. Os desenhos de levantamento deram origem às silhuetas das empenas, e levam em conta a quantidade de andares, o estado físico da fachada e a orientação em relação ao norte. Cada silhueta é a vista frontal cerca de 400 vezes menor.

Juntas, as 141 silhuetas formam um alfabeto no qual é possível notar variações de tamanho, janelas clandestinas, muretas e beirais, além dos recortes formados por telhados e edifícios que encobrem parte das fachadas. Cada silhueta é apresentada com o endereço e o nome do edifício a que pertence.

Os desenhos de observação são um registro da percepção do espaço sobre o elevado, principalmente das empenas, com a anotação dos seus contornos visíveis, feitos a cada 60 metros. Esses desenhos deram origem às 88 vistas da cidade apresentadas aqui, metade desenhada no sentido Oeste e metade no sentido Leste.

No final de 2013, 30 protótipos das vistas da cidade foram impressos em risografia, em quatro cores especiais (dourado, amarelo, azul e laranja) sobre papel Filtro 180g/m2. Esta edição revisada, ampliada e impressa em ofsete, reúne numa única publicação todas as vistas e silhuetas.

Ganhador do PROAC LIVRO DE ARTISTA – 2013. Participou da X Bienal de Arquitetura de São Paulo e da exposição Cidade Gráfica em novembro de 2014.

Para saber mais a respeito, visite a página do artista: http://andressandoval.com/

http://www.andressandoval.com/projetos/books/

Repaisagem São Paulo

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Marcelo Zocchio

O livro Repaisagem São Paulo reúne 30 montagens fotográficas em preto e branco que mesclam imagens antigas e atuais da cidade de São Paulo. Cada montagem foi produzida a partir de duas fotografias de um mesmo lugar da cidade: uma antiga, coletada em arquivos de imagem; e uma atual, produzida pelo autor. O resultado são as “repaisagens” – imagens que unem elementos de dois tempos diferentes da história de São Paulo. Além do caráter original das montagens, o livro pretende mostrar, de forma lúdica, aspectos da história da cidade nos últimos 140 anos. Um encarte no final do livro permite ao leitor aproximar cada montagem das imagens antigas e atuais que deram origem a ela. Três mapas da cidade, de 1897, 1930 e de hoje, de mesma escala, oferecem indicações que possibilitam visitar os locais fotografados em Repaisagem – além de índices de seu crescimento e transformação. “Mais do que um simples choque entre elementos novos e antigos, eles mesmos discrepantes, o que as montagens de Zocchio realmente revelam é a presença invasiva de uma outra temporalidade em meio à São Paulo que conhecemos”, escreve o ensaísta Guilherme Wisnik no texto que introduz o livro. “Pois esses espaços vazios que de repente se abrem em meio à saturação da grande metrópole não são apenas respiros. São signos de uma vida mais lenta, que acorda do sono secular para impregnar-se na cidade atual. Acho que quem viu essas montagens fotográficas não voltará a passar por esses lugares com olhos tão anestesiados pela cotidianidade do presente.”

http://www.editoradash.com.br/lojadash/livraria/arte/livro-repaisagem-s-o-paulo-marcelo-zocchio.html