Reza

Leonardo Vieira e Nadine Nascimento (a margem)

Reza

Salvador, Incubadora de publicações, 2020

20 x 14 cm

96 p

100 ex

Reza a história de um homem que, em fuga de si, largou tudo e partiu com Maria e alguns meninos no braço em direção às Minas Gerais, no lugar onde o primo vivia com a antiga e manchada lepra. Foi rei de uma oyó marginal, na região dos Limas – uma vila da Hanseníase -, fronteira entre a colônia [12.329] Sanatório Santa Isabel e o nada. Excluído de si, meu avô nasceu dentro de mim, no interior da Bahia. Sua história em branco, passado fumaça, etéreo. Nuvem esparsa. Espaços de memórias soltas, excluídas, gaguejadas. Aqui eu imagino e ando só. Escrevo a partir do inaudível, dos segredos sussurrados pelos caminhos que estive até chegar aqui. E o convoco para riscar suas verdades, pó pólvora de sua própria história. Um livro-memória, um ritual de contato. Xangô tem seu livro marcado na pedra. Reza uma possível história para meu avô Joaquim Trovão.

https://rvculturaearte.com/Reza

Modesto

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Alexandre Uyeda Sato (São Paulo, 27/02/1987)
Modesto

São Paulo, Coletivo Oitentaedois, 2018
15 x 23 cm
88 p.
tiragem: 40 ex.
Papel: pólen soft 90g 
impressão: jato de tinta

Feito a partir de fotografias de um álbum de família. Todas as pessoas são desconhecidas pelo autor, com exceção de Tatsuyoshi Onishi, seu bisavô migrante de Hiroshima no pré Segunda Guerra. O texto fala sobre origens, identidade e um passado imaginado.

Imagens coletadas de arquivo pessoal e editadas pelo coletivo oitentaedois.

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oitentaedois.com

Momentos e Máculas

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Diego Saldiva
Momentos e Máculas
São Paulo, Edition Gwinzegal, 2013
66 p.
22 × 29cm
Offset
ISBN:978-2953792652

Besides being a shelter, the house is as well a home, an emotional and intimate place, a private space, a limited territory. The series Momentos e Máculas (Bad Spots in Our Best Times) departs from a personal investigation about the issues of home and territory. The work focuses on the process of frenetic urbanization that the city where I was born and raised, Guarulhos, Brazil, knew in the later years of the 2000s. This is a continuous and intense transformation as dozens of new buildings are raised every month, causing changes both in the landscape and cohabitation. According to the British Philosopher Roger Scruton, as modern architecture prioritizes function, utility and short-term effects over population, permanence and dwelling, it becomes a kind of “No Home”, a profanation to human residence. Major part of this work is the search and exploration of the evidences. My interest is to explore meanings of territory, not just in the geopolitical sense, but also delve into its psychological and sociological terms, linked to cultural identity and social membership, the way space is structured, organized and planned; how it turns into an Oikos and how we attach to it. The result of the project aims to show spots on a physical space as might be forgetting over memory.

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https://diegosaldiva.com/Momentos-e-Maculas

Futuro do Pretérito

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Andréa D’Amato
Futuro do Pretérito
São Paulo, Quelônio, 2016
9 x 14 cm
90 p. (três volumes)
Offset
ISBN:  978-85-93229-00-8

Em Futuro do pretérito, Andrea D’Amato reúne 12 fotos de seu álbum de família, acompanhadas de textos escritos por sua mãe, seu irmão e sua irmã. Em três volumes, as fotos são sempre as mesmas, mas variam as anotações de cada membro da família, escritas especialmente para a seleção de imagens feita pela autora. ​Nas imagens, há viagens feitas em família, lugares que marcaram a infância da autora e objetos que disparam lembranças. Os textos são registros de memória, apontamentos, reminiscências, achados poéticos que indicam como as fotografias podem acionar, de maneiras diferentes, os labirintos da memória. ​Futuro do pretérito é originalmente um projeto artístico em fotografia. Esta edição mantém suas características fundamentais: três cadernos com imagens e a caligrafia de cada participante, que a fotógrafa convidou a escrever sobre as lembranças suscitadas pelas fotos. Encadernados nas cores azul, verde e vermelho, nesta edição os volumes vem reunidos por uma cinta, que estampa fragmentos das fotografias do miolo. A tiragem é de 100 exemplares, numerados e assinados pela autora.

https://www.quelonio.com.br/product-page/futuro-do-pret%C3%A9rito-andrea-d-amato

Não Estou Sozinho

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André Penteado
Não Estou Sozinho
São Paulo, 2016
17 x 24 cm.
129 p.
ISBN: 9788591666911

Fotolivro do artista que fala sobre um impactante acontecimento de sua vida: o suicídio do pai. Outras três séries integram o projeto. Vazio exibe cliques das casas dessas pessoas e a atmosfera melancólica de ambientes depois da perda. Em Memórias, Penteado registrou objetos que carregam valor afetivo para cada um dos depoentes. Por fim, em As Roupas de Meu Pai, fez retratos de si mesmo vestindo trajes do armário do parente.

O Suicídio de Meu Pai

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André Penteado
O Suicídio de Meu Pai
São Paulo, 2014
13.5 x 20 xm
160 p.
ISBN: 9788591666904

André Penteado descreveu assim o processo de criação de O Suicídio de Meu Pai:

“Meu pai, José Octávio, tinha 72 anos quando cometeu suicídio em 31 de janeiro de 2007, em São Paulo. Quando isto ocorreu, eu vivia há um ano em Londres. Durante este período, telefonemas e e-mails eram nossa única forma de contato.

Logo após receber a notícia, peguei minha câmera e comecei a fotografar. Foi uma maneira impulsiva e imediata de lidar com o acontecido. No dia seguinte, de manhã, voei para São Paulo. Chegando lá, fui diretamente do aeroporto para o velório, onde continuei fotografando, parando somente ao fim do funeral no dia seguinte.

Duas semanas mais tarde, ao experimentar algumas camisas de meu pai, percebi que elas ainda continham fios de seus cabelos e seu perfume. Decidi então levar todas as suas roupas para um estúdio e me fotografar vestindo-as. Após um ano sem nenhum contato físico, senti como se o abraçasse pela última vez.

Ao final daquele dia, vi jogados no chão do estúdio todos os seus cabides vazios e resolvi fotografá-los contra um fundo branco.
Depois de um mês em São Paulo, retornei a Londres. Lá, ao longo dos anos seguintes, carregando uma pequena câmera digital, produzi milhares de fotos. Em 2011, resolvi editar estas imagens e me dei conta que, entre fotos normais do dia a dia, uma concentração de imagens tristes, como objetos quebrados, lugares abandonados e ruas escuras. Percebi que de uma forma inconsciente eu expressava o meu luto.

Ao trabalhar em um livro de artista contendo as fotos do funeral, para uma exposição que realizaria em Londres, decidi incluir nele cópias das quatro cartas que meu pai havia deixado. Baseado em uma delas eu criei a última obra deste projeto: uma escultura em néon de sua assinatura. Como a carta era uma das últimas ações da sua vida e continha a última vez que assinara seu nome, percebi que aquelas letras possuíam um significado poderoso: com essa formalidade meticulosa, ele queria nos assegurar que ele estava certo sobre sua decisão”.

O projeto O Suicídio de meu pai foi premiado com o Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger em 2013 e, no ano seguinte, foi transformado em livro.

Você se lembra da Escada da Felicidade?

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Marcelo Silveira e Cristina Huggins
Você se lembra da Escada da Felicidade?
[Recife], 2013
21,5 x 30 cm
Folhas soltas

A Escada da Felicidade, composta de 365 degraus, ao longo de 4 km, foi construída em 1953 na cidade de Gravatá – situada na fronteira entre a Zona da Mata e o Agreste pernambucano. Naquela época o elemento arquitetônico assumiu uma grande importância, pois servia de acesso ao mirante da cidade.

Ao longo do tempo, entretanto, o crescimento do município, a construção de outras vias e a modificação do entorno foram gradualmente furtando da escada o ambiente de prosas, encontros e amores, que outrora pertencia à construção.

Com o propósito de recuperar o valor subjetivo dessa edificação, evocar a memória afetiva do habitante local e provocar uma reflexão a respeito desse patrimônio e o seu destino frente ao tempo, o artista plástico Marcelo Silveira e Cristina Huggins, especialista em linguística, elaboraram o projeto intitulado “Você se lembra da Escada da Felicidade?”

O projeto, inscrito no Concurso Prêmio Honra ao Mérito Arte e Patrimônio 2013, foi agraciado com esse reconhecimento, conferido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.

http://www.acervodocastanha.com.br/logo-mais-vou-escrever-sobre-politica-e-por-que-nao/
https://blogs.ne10.uol.com.br/social1/2014/05/07/marcelo-silveira-expoe-novo-projeto-rio-de-janeiro/

Sobre a saudade dos outros

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Edu Marin Kessedjian
Sobre a saudade dos outros
São Paulo, 2009
10 x 14 cm
[70]p.

“Este projeto foi realizado entre janeiro e março de 2009 a partir de uma residência proposta ao Ponto de Cultura Bela Vista/Bexiga, com imagens recolhidas entre os moradores da bela Vista e pesquisadas nos arquivos do Museu do Bixiga e Sociedade de Defesa das tradições e Progresso do Bixiga.” — Colofão.

Baches

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Montserrat Baches
Baches
Olhavê, 2015
77/500 exemplares assinados e numerados
15 x 20 cm
48 p.
ISBN: 978-85-68804-01-8

Desejar entender a imagem documental subjetiva não é processo direto, assertivo sobre algo que vemos. Baches divaga por atravessamentos de relações humanas. Se passa em um só ambiente, em apenas um espaço, com pessoas que não pensam em falar para a fotografia.

Pode ser sobre a vida de alguém, de alguns de nós. Parte da vida se dá pelas vontades em perceber o sentido ao se deslocar no tempo, sair de uma pátria e gerar outra. Por coisas que voam, a história de um núcleo familiar é distraída.

Baches é sobre o cabimento do que existiu (ou não existiu) pela natureza da própria história. A narrativa é cabimento tortuoso, no qual as lacunas tropeçam no silêncio, caem no meio de fotografias, no meio de gente. Baches respira porque a história não acaba, ela torna-se imagem para soprar o ar renovado de quem precisa ir a fundo nas memórias familiares.

Com edição de Alexandre Belém e Georgia Quintas, Baches é o primeiro fotolivro da fotógrafa Montserrat Baches (1954).

http://loja.olhave.com.br/

Quatro gerações

Guilherme Bergamini (Belo Horizonte. 1980- )

Quatro gerações = Four generations = Cuatro geraciones
Belo Horizonte: Edição do autor, 2015.

Idioma da Publicação: Português. Espanhol. Inglês
revisão de Flávia Amaral.
Encadernação: capa dura
100 ex.
44p.:
27 fotografias.; 15 x 20 cm.
Impressão: Offset. Colorido.
ISBN: 978-85-9194401-0-3.

guilhermebergamini.com