Este blog tem como objetivo divulgar o acervo da Coleção Livro de Artista da Universidade Federal de Minas Gerais, a primeira coleção em uma biblioteca de universidade pública no Brasil. Em atividade desde novembro de 2009, o acervo possui mais de 1.500 livros de artista, além de obras de referência, revistas especializadas e revistas de artista. Atualmente este é o maior acervo público de livros de artista da América Latina.
Arquivo da categoria: fotografia
A fotografia, ou o pensamento fotográfico, é o assunto do livro. As imagens foram feitas exclusivamente para o livro.
Martin Parr Boring Postcards USA Londres, Phaidon Press, 2004 14.92 x 20.64 cm 176 p.
Nessa obra o autor da prosseguimento ao seu primeiro livro na temática “Boring Postcards”, em que ele realiza uma coletânea dos cartões postais mais chatos da Grã-Bretanha dos anos 1950, 60 e 70. Diferente do que o título propõe, o livro era fascinante e extremamente engraçado.
Por ter sido um trabalho muito bem sucedido naquilo que se propõe, Martin Parr, volta seu olhar para os Estados Unidos e reúne, novamente, os cartões postais mais sem graça e monótonos em um livro.
Além disso, à medida que o estudo de cartões postais se torna um campo de interesse acadêmico, este livro oferece mais do que diversão: como um registro de arte folclórica dos não-lugares e não-eventos da América do pós-guerra, ele revela insights pungentes sobre suas características sociais, culturais e arquitetônicas. valores.
Yanomami significa “ser humano”, sabia a fotógrafa Claudia Andujar quando foi acompanhar alguns médicos em expedições de socorro na Amazônia. Nos anos 1980, com a construção de estradas no território habitado pelos ianomâmis, uma epidemia foi trazida ao local, e grupos de salvação viajavam para fazer levantamentos de saúde e vacinação. Como os ianomâmis não tinham nome próprio e, na época, reconheciam-se por graus de parentesco, foi necessário dar a eles números que indicassem que já haviam sido vacinados. Assim nascia a série Marcados: o que era para ser um mero registro fotográfico, para fins de organização, acabou levantando um grande questionamento em torno dos “rótulos” dados às pessoas na construção das sociedades.
Claudia Andujar chegou a viver quase uma década em Roraima, junto ao povo ianomâmi, reconstruindo uma família que perdeu, em parte, durante o Holocausto:“Aos 13 anos tive o primeiro encontro com os “marcados para morrer”. Foi na Transilvânia, Hungria, no fim da Segunda Guerra. Meu pai, meus parentes paternos, meus amigos de escola, todos com a estrela de Davi, visível, amarela, costurada na roupa, na altura do peito, para identificá-los como “marcados”, para agredi-los, incomodá-los e, posteriormente, deportá-los aos campos de extermínio. (…) É esse sentimento ambíguo que me leva, 60 anos mais tarde, a transformar o simples registro dos Yanomami na condição de “gente” – marcada para viver – em obra que questiona o método de rotular seres para fins diversos.”
Até a homologação da terra indígena Yanomami em 1992, foram anos de lutas defendidas pela fotógrafa, participante da Comissão de Criação do Parque Yanomami (CCPY). Invasões garimpeiras chegaram a apontar para uma possível extinção das tribos, quando Andujar se propôs a olhar para os indígenas com cautela, representá-los e auxiliar em programas de saúde. A série que retorna ao Pavilhão Bienal na exposição 30 × Bienal, mostra famílias que encaram as lentes de forma determinada, reafirmando sua cultura e preservando sua identidade para muito além de um número cadastral. Mais do que fotografia, a obra de Andujar mistura arte e vida, propondo-se a entender os costumes e crenças de um povo que tem na natureza um espelho de si. A reflexão das condições de vida do (Yanomami) ser humano.
Fabiam Knobl, Sam Waller, Samantha Harvey, Jean-Marc Stefani, Abbey Ozanich, Rhys Atkinson, Luke Overin, Rasmus Ohlson, Ann Galt Mcloughlin, Laura Euring, Mengxiong Xiong, Jackie Jack, Johannes Gierlinger. Photographs: 2013 Project
Reino Unido, Café Royal Books, 2013
14 x 19,6 cm
[24] p.
ISBN: 978-0-9575867-0-3
Vicente de Mello Parallaxis
São Paulo, Cosac Naify, 2014
18,5 x 27,8 cm.
320 p.
Offset
ISBN: 9788540507203
Parallaxis reúne catorze séries fotográficas de Vicente de Mello como: Brasília, utopia lírica, Galáctica, “Quantas ASAS tem um pixel?”, Strobo, entre outras.
Trata-se de um fotolivro feito de pequenos fotolivros, sendo cada um num formato diferente dentro dentro da mancha, por vezes variando também o papel. O conjunto de imagens revela um fotógrafo detalhista, versátil e aberto a experimentações, sobretudo formais e com a luz.
Marcelo Moscheta
Potências de 10
São Paulo, 2013
34 x 26 cm.
[32] p.
O projeto, premiado com o XII Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia, é formado por uma publicação de 32 páginas em formato tablóide, onde estão apresentadas as imagens do ensaio de Moscheta sobre a relatividade das escalas do Universo em frações de 10. Montado como pranchas de ilustração científica, as imagens são dispostas no impresso de forma a percorrer uma viagem gráfica pelo nosso repertório visual forçando-nos o ajuste de determinadas situações àquilo que conhecemos, ou não, mas que nos parecem estranhamente familiares.
Paul Paper Contemporary Photography
Nova York, Vandret Publications, 2013
16 x 22,5 cm
48 p.
ISBN: 978-8792988065
A quick and painless anthology of contemporary photography by artist Paul Paper. The book contains short texts that describe the motifs of contemporary photography.
Bureau d’investigation photographique
Kyrielle Rennes, Incertain Sens, 2016
16 x 22 cm
72 p.
Impressão em offset ISBN : 978-2-914291-79-8
Kyrielle é o banco de imagens do Bureau of Photographic Investigation, alimentado regularmente de acordo com o princípio do jogo Kyrielles. Em uma ordem aleatória, cada membro do coletivo escolhe uma imagem à qual o próximo responde por associação de idéias e de acordo com sua própria subjetividade. Este leporello chega a fechar 10 anos de trabalho realizado entre 2005 e 2015.
Kyrielle est la banque d’images du Bureau d’investigation photographique, alimentée régulièrement selon le principe du jeu des Kyrielles. Selon un ordre aléatoire, chaque membre du collectif fait le choix d’une image à laquelle le suivant répond par association d’idées et en fonction de sa propre subjectivité. Ce leporello vient clôturer 10 ans de travail mené entre 2005 et 2015.