Não

Fábio Morais
Não
Ikrek, São Paulo, 2014
15,5 x 23 cm
128 p.
300 ex

Fabio Morais, que tem o livro como base de suas investigações artísticas, foi convidado a inaugurar a série. Em um exercício de referência à história da impressão (e da expressão) no Brasil, Fabio escreve textos, reune referências e cria diálogos que cobrem o tema desde o século XVIII – com a possível chegada de tipografias ao paÍs, passando pela proibição de suas instalações, até a autorização concedida em 1808, com a transferência da Corte portuguesa para o país – até a censura instituída pelo golpe de 1964, chegando aos anos 2000, onde torna evidente a comunicação instantânea dos novos meios.

Fabio começa essa obra subvertendo a própria organização física do livro: o texto já se inicia na capa, ocupa algumas páginas do miolo, sem numeração para então dar lugar a imagens. Essas imagens constituem um diálogo: para acompanhá-lo, o leitor deve “ir e voltar” pelo livro, uma vez que as páginas estão baralhadas. O fim desse exercício leva ao que seria a capa do livro, na dupla central, com a resposta à última pergunta do diálogo: não. Findo o diálogo, o texto é retomado, para então terminar na quarta capa.

https://www.ikrek.com.br/product/nao-no

Reza

Leonardo Vieira e Nadine Nascimento (a margem)

Reza

Salvador, Incubadora de publicações, 2020

20 x 14 cm

96 p

100 ex

Reza a história de um homem que, em fuga de si, largou tudo e partiu com Maria e alguns meninos no braço em direção às Minas Gerais, no lugar onde o primo vivia com a antiga e manchada lepra. Foi rei de uma oyó marginal, na região dos Limas – uma vila da Hanseníase -, fronteira entre a colônia [12.329] Sanatório Santa Isabel e o nada. Excluído de si, meu avô nasceu dentro de mim, no interior da Bahia. Sua história em branco, passado fumaça, etéreo. Nuvem esparsa. Espaços de memórias soltas, excluídas, gaguejadas. Aqui eu imagino e ando só. Escrevo a partir do inaudível, dos segredos sussurrados pelos caminhos que estive até chegar aqui. E o convoco para riscar suas verdades, pó pólvora de sua própria história. Um livro-memória, um ritual de contato. Xangô tem seu livro marcado na pedra. Reza uma possível história para meu avô Joaquim Trovão.

https://rvculturaearte.com/Reza

Imemorial

Lara Perl

Imemorial

Salvador, Incubadora de publicações, 2020

32 p.

Formato 24 x 19 cm

100ex.

Miolo em impressão jato de tinta sobre papel jornal, encadernação francesa e inserção de páginas soltas (11 x 18 cm )

Imemorial é um livro que compartilha a experiência de um longo período de convivência de uma personagem oculta com a biblioteca de livros do seu pai; a partir deste arquivo e de seus fragmentos, ela propõe pistas para possíveis caminhos, aberturas e desvios, chegando em um lugar de descanso, um oásis entre Amaralina, Japão e o universo geológico do escultor Isamu Noguchi. Ali, páginas soltas colecionadas há tempos ganham uma nova morada: títulos, epígrafes, dedicatórias, dias e anos viajam e flutuam em páginas ásperas, mergulhadas em um jardim de pedras, água e vento. Como uma escultura, cada livro guarda o seu segredo e cada arquivo, a sua miragem. A guardiã-colecionadora deste livro quer devolver ao mundo o seu ritual de encontrar coisas pequenas e gigantes dentro dos livros, oferendo a surpresa, o acaso e a promessa de um livro-amuleto, em busca de novas mãos para proteger o que está dentro e fora. Com tiragem de 100 exemplares, cada exemplar apresenta uma narrativa única, formada por essas páginas soltas originais. O processo de edição vira a despedida deste material uma fragmentação do próprio arquivo no mundo.

https://rvculturaearte.com/Imemorial

el poeta anonimo

Juan Luis Martínez

El poeta anonimo

São Paulo, Cosacnaify, 2012

19 x 29,5 cm

[344] p.

1000 ex

“Já vi as caixas cinza ou preta do livro preto ou cinza de Juan Luis Martínez, oferecidas nas prateleiras de uma das mais belas livrarias de São Paulo. O Poeta Anônimo está ali, silencioso como um túmulo, sem que muitos saibam do que se trata, qual é o rumor de seu silêncio ou o que significa seu anonimato. Charles Cosac, que assumiu com coragem poética a improvável publicação desta obra, também decidiu, com razão, que o livro não deveria conter nenhum logotipo, nenhum texto de apresentação, nenhuma informação sobre o assunto ou sobre o autor. É um livro hermético, um poema criptografado, uma cabala.” – Luis Pérez-Oramas: El eterno retorno de Juan Luiz Martínez.

Foolscrap

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Telfer Stokes
Foolscrap
Londres/UK, Weproduction, 1973
11 x 18 cm.
128 p.
Offset

The artists’ books of Telfer Stokes, which he began making in the early seventies, are amazing examples of the possibilities of creating a visual language for the page. In Foolscrap (as in others of his book works), Stokes plays with basic elements of the book and the page– surface, distance, time, movement, and sequence – to create a dazzling combination of effects. Ultimately what he produces is a conceptual narrative, a kind of story about the act of looking.

https://www.printedmatter.org/catalog/tables/7613/1340

Zoológico Fernando Peres

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Fernando Peres e Silvan Kälin
Zoológico Fernando Peres
Recife, Aplicação, 2014
21 x 17,5 cm.
60 p.
Risografia
ISBN: 978-85-66593-02-0

A edição deste livro é baseada nas publicações na página do Facebook de Fernando Peres sobre a sua convivência com os seres do seu sítio no Lesbian Bar.

“Pô, é só um quintal trash numa parte esquisita de Recife. Recife, Monteiro, quase Poço da Panela. Na rua do Capibar. O mais doido é que é bem dentro da cidade. Um peido e você já está no centro. São 1 ser humano, 24 gatos, 2 cachorros, 2 preás, 2 catitas albinas, 2 ratas, 2 tartarugas, 7 saguis (soltos), vários sapos e timbús.” — Fernando Peres

O livro foi escolhido por Denise Gadelha entre os Melhores livros de fotografia em 2015 na revista Zum. “Este singelo livreto é extremamente intimista, tanto em sua linguagem como no método de impressão (…)“

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https://www.bancatatui.com.br/categorias/fotografia/zoologico-fernando-peres/

Linguagentrificação

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Fábio Morais
Linguagentrificação
São Paulo, Edições Tijuana, 2015
21 x 14 cm
30 p.

Linguagentrificação é uma narrativa em diálogo, como uma peça de teatro, na qual frases objetivas e institucionais de uma típica sociedade de controle, como “Vire à direita” ou “É proibido fumar”, invadem e interrompem a subjetividade das falas.

 

http://fabio-morais.blogspot.com/2017/10/linguagentrificacao-2015.html

Histórias reais

Histórias reais

Sophie Calle, 1953 – (França)
Histórias reais
Rio de Janeiro, Brasil: Agir, Editora, 2009.
89 p.; il. col.; 13,5 x 21 cm
Offset

Encadernação: Brochura

ISBN: 978-85-220-0878-0

Livro publicado no âmbito do Ano da França no Brasil e do programa de auxílio рara publicação Carlos Drummond de Andrade, contou com o apoio do Ministério Francês das Relações Exteriores e Europeias.

Dia

Dia

Dia
Carlos Issa
[São Paulo], 2014 (2ª edição)
14,5 x 21 cm
Impressão digital

Decalques de aeromodelo usados na arte do primeiro CD do Dia, em 2004, foram rearranjados pelo artista Carlos Issa para montar o zine homônimo: “Tentei aproveitar a estrutura de um zine/livro pra montar uma espécie de narrativa gráfica, algo como uma órbita completa em torno de dois sois. Eu já achava legal como os elementos dialogavam na capa do disco. O painel de controle remete a uma realidade racional, tecnológica, lógica e as chamas trazem o outro lado, mais instintivo, irracional. Gosto desse aspecto do zine/livro, de poder contar umas histórias lineares. Começo, meio e fim. [Fonte: IDEAFIXA]

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