Nothing in The New York Times

static1.squarespace

Joseph Ernst
Nothing in The New York Times
Londres, Sineline Projects, 2017
38 x 29.5 cm.
[20] p.

NOTHING IN THE NEWS: Newspapers from around the world with nothing in them.

We live in a world of constant sensory overload. 24 hours a day we are bombarded with information in real time by every media outlet and platform competing for our attention, one pop-up notification at a time.

And we play ball. We invest hours on end staring at our mobile devices. We want to know what’s going on, the why and the how. We need to know. But in our perpetual quest to fill every spare minute of our time searching for something meaningful, we learn nothing. We are so busy filling every waking moment with things to watch and do, and learn and listen to, that we have forgotten what it is like to just be. To sit around and think. To switch off and be bored. To daydream.

This project offers a little respite to all this information overload.

Yes, we live in particularly sensitive times. Times where the truth really matters, and where newspapers have a more important role to play in modern democracies than ever before. But for a society addicted to breaking news, gossip, and celebrity status, to Facestagram and Twapchat, the latest trends, and the top tens, to sports punditry, conspiracy theories, cat videos, and ridiculous amounts of porn … for this cultural precipice, we offer the one thing you need more than anything else: “Nothing”. Absolutely nothing. Today, and today only, there is Nothing in the News. Enjoy it whilst you can.

a1_nytwide.jpg

https://www.printedmatter.org/catalog/47917/
http://josephernst.com/nitn.htm

Un livre / Un pli

Éric Watier
Un livre / Un pli
Rennes, Éditions Incertain Sens, 2003.
4 p.
19 x 13,4 cm. 

23unlivre

Éric Watier démontre ici combien «faire un livre c’est facile». En effet, une simple feuille pliée en deux est déjà un livre ou comment un pli = un livre. (Cabinet du Livre d’Artiste)

24unpli 

https://www.sites.univ-rennes2.fr/arts-pratiques-poetiques/incertain-sens/fiche_eric_watier_pli.htm

Never Odd Or Even Volume II

Never odd Even

Mariana Castillo Deball
Never Odd Or Even Volume II
Os tamanhos são variáveis, atingindo no máx.  17 × 24 cm
Formato: 30 capas, 24 em b/w e 6 coloridas
ISBN: 978-3-00-035970-5

Never Odd or Even Volume II  é uma antologia de 30 sobrecapas de livros não existentes. Uma jornada literária ao longo de diferentes tópicos e assuntos que abordam desde: memórias não publicadas, manifestações tropicais, intragenealogia, Porque a letra E está em todos os lugares?, o sabor da verdade, o aroma da existência, ruínas contemporâneas, conversas entre um sanhaçu e um pássaro papa-léguas, e muito mais!  Never odd or Even foi um projeto de Mariana Castillo Deball publicado na exposição de Never odd or Even no Grimmuseum de Berlin e no Museum of Contemporary Art de Roskilde. Com curadoria de Solvej Helweg Ovesen e co-produzido por Grimmuseum, Berlin.

Never Odd or Even Volume II is an anthology of 30 dust jackets of non-existing books, a literary journey throughout different topics and subject matters ranging from: unpublished memories, tropical manifestations, intragenealogy, Why the letter E is everywhere?, the taste of truth, the aroma of existence, contemporary ruins, conversations between a cardinal and a roadrunner bird, and more! Never odd or Even is a project by Mariana Castillo Deball published on the occasion of the exhibition Never Odd or Even at Grimmuseum, Berlin and Museum of Contemporary Art, Roskilde curated by Solvej Helweg Ovesen and co-produced by Grimmuseum, Berlin.

Never Odd EVen final

https://bomdiabooks.de/product/never-odd-even-vol-ii/

Uma história da leitura

capa_uma historia da leitura

Amir Brito Cador
Uma história da leitura
Belo Horizonte, edições Andante, 2018
Offset digital
13,5 x 17,5 cm
72 p.
150 ex.

Uma história da leitura em imagens, os livros como objeto do olhar, destacando o formato, a mancha gráfica, o volume. O livro apresenta retratos de Jeronimo, o tradutor da Bíblia para o latim, padroeiro dos bibliotecários e dos tradutores. Em cada página, fica visível apenas um detalhe que mostra a presença do livro junto ao monge eremita. As imagens foram transformadas em tons de cinza, preservando apenas as áreas de vermelho de sua roupa. Assim despojadas de cor, do contexto e de outros elementos, as pinturas, em sua maioria do período barroco, tem o livro e o texto pintados como personagens principais.

http://andantelivros.blogspot.com.br

Poética-Política

Image00070

Julio Plaza
Poética-Política
.
São Paulo, STRIP, 1977.

15 x 22,5 cm
48 p.

O livro apresenta duas sequências de silhuetas de mapas, o mapa-mundi e o mapa da América Latina.

Texto do Julio Plaza sobre o trabalho, incluído no artigo “O livro como forma de arte”:

O livro aproveita a estrutura espaçotemporal, em sequência, para distribuir ao largo das páginas uma série de ícones (países) em disposição espacial determinada pelo ícone final da série: o mapa da América Latina, espaçotemporalizado.

Desde o primeiro ícone (país) até o último, o leitor é obrigado a decodificar cada pais que se apresenta de uma forma abstrata e sem referencial produtor de sentido. É no ato de folhear o livro que o leitor e junto cada ícone, vão gerando e produzindo sentidos, até completar mnemotecnicamente (ato de memória) o mapa da América Latina.

O livro contém duas séries dispostas segundo a abertura oriental e ocidental de livro, isto é, com a lombada para a esquerda, ou bem para a direita.

Sobre a segunda série, Paulo Leminski escreveu o que se segue:

“Primeira constatação: é um livro sem palavras. O próprio titulo é, mais que palavra, um ideogramamontagem das palavras poética e política com a letra “E”, e a letra “L” fundidas, dando o signo chinês para “Sol”. Como pode um livro sem palavras ser político? Em lugar de palavras, Plaza usa mapas. Conversa através de mapas, como os marinheiros conversam através de bandeiras. O livro de Plaza é um livro icônico. O primeiro livro político puramente icônico de que tenho noticia. Plaza utiliza apenas dois ícones: mapas de países e continentes e um ideograma ambivalente de um cadeado que, visto de ponta cabeça é um capacete. O livro inverte no meio, podendo portanto ser aberto com a lombada para a esquerda (modo ocidental) ou com a lombada para a direita (modo oriental: chinês, japonês, árabe, hebraico). O ideograma “cadeadocapacete” que começa o livro e o termina, cerca com sua sinistra ambigüidade e atrito entre os mapas.

Os mapas são dos Estados Unidos, do Oriente Médio, da América Latina, seus países, do Brasil, de Cuba, do Chile. E passam pelas páginas com o polimorfismo caprichosos de nuvens e a terrível precisão de conceitos. Da pura “presentação” dos mapas, jogando com o significado internacional de cada país, na distribuição das relações de poder, hegemonia, submissão e exploração, Plaza diagrama uma denúncia, historizando a geografia”.

Paulo Leminski, Um translivro, Diário do Paraná, Anexo. Domingo, 31 de julho de 1977.

Obra adquirida com apoio da Fapemig, como parte do projeto de pesquisa Livros de Artista no Brasil

Freme

freme-1

Kenneth Goldsmith (Nova Iorque, EUA, 1961)
Freme
Florianópolis, par(ent)esis, 2016
coordenação editorial: Regina Melim
tradução: Caetano W. Galindo
revisão: Beatriz R. Galindo
projeto gráfico: Pedro Franz
500 ex.

No Bloomsday de 1997, sozinho em seu apartamento e com um gravador e um microfone, Kenneth Goldsmith tenta falar todos os movimentos que seu corpo faz das 10h, quando acorda, às 22h, quando vai dormir. O texto transcrito da gravação resulta em uma escrita na qual o corpo se reduz à sua mecanicidade, sem individualizar um personagem e tampouco apresentar ao leitor o mundo com o qual esse corpo interage. Em 16 de junho de 1998, a ação de Goldsmith é apresentada no Museu Whitney, em Nova York, como performance vocal-visual realizada por Theo Bleckmann. Na ocasião foram impressos 100 exemplares numerados e assinados da transcrição das três primeiras horas. Em 2000, a Coach House Books publica Fidget, a versão completa do texto de Goldsmith. Em novembro de 2016, Freme, tradução para o português realizada por Caetano Galindo, é publicado pela plataforma par(ent)esis. Segue abaixo um fragmento:

19h00

“Rededo. Espirro cruza. Todo o ante esfrega livre. Trista mão. Corre no fundo da coxa, sem olhos. Flexurrilha. Movimentos periféricos ditos. Alento refresca flanco destro. Maxilas veem dentes cerrados. Parte externa dum canino inferior, pronunciadíssimo ranger para trás e à frente. Em claro, não tem como chegar à gengiva. Donde descende canino destro. Mesmo assim, é pequeno esfrego. Mas chances há de que menor. Ínfera ravina. Exigindo atenção da saliva. Boca em geral. Língua corra. Palma. Nós entecem polegares. Nervos quicam e caem e caem e quicam. Em movimento vertical, movimentos verticais são. Poucas horizontais, especialmente as de origem nervosa. Se projeta recebida. Dentes não mais relaxam. Dentes não toque. Palatos separados. Naturalmente, dentuço. Dentes inferiores de novo passam à frente. Sem jamais dar na gengiva, sempre dando atrás. Dentes nunca tocam a não ser por queda dentária. Queda se origina gengiva. Não acontece. Projeta-se à frente dos de cima. Quadril gengiva acima não permite. Por outro lado, de detrás de diante. Ainda assim, nada acontece. Raspa mão. Primeiro agora estica.”

http://www.plataformaparentesis.com

American English

148492
Richard Prince (Panamá, 1949)
American English
Koln, Walther Konig, 2003
Texto em ingles
[136] p.; il. col.;
15 x 22 cm.
Offset
1.400 ex.
ISBN: 3883757179
Em American English, o artista e colecionador de livros Richard Prince coloca lado a lado a primeira edição de livros americanos com seus colegas britânicos, fotografando os pares em ambientes individuais encenados. Uma obra para o bibliófilo e um tipo especial de história cultural do ponto de vista de um artista.
In American English, artist and book collector Richard Prince contrasts his collection of American first edition books with their British counterparts, photographing the pairings in individual staged environments. A must for the bibliophile and a special kind of cultural history from an artist’s point of view.

SaveSave

Espaço para Títulos

espaço para títulos

W.A. Coutinho (Wilson Araújo Coutinho, Cuiabá, 29/03/1951- 02/02/2019)
(Espaço para título(s))
Cuiabá, Zebrinha’s, 1977
15,5 x 20,8 cm
fotocópia, pb
28 p.
nota: texto datilografado

O autor convida o leitor a escrever os poemas do livro, utilizando o espaço com linhas pontilhadas disponíveis. O livro inclui um “estudo crítico”, uma página em branco com o cabeçalho indicando o que deveria estar ali.

Image00083Image00082Image00077

Disponível em PDF: http://issuu.com/amir_brito/docs/coutinho

Obra adquirida com apoio da Fapemig, como parte do projeto de pesquisa Livros de Artista no Brasil

SaveSave

wit – white

Wit-white.jpg

herman de vries
wit = white
Brest: Éditions Zédélé, 2012 [Artists Press, Berne, 1980]
15 x 21 cm
[352 p.]
Brochura
ISBN 9782915859416

Edition originale / First edition:
Artists Press, Bern, 1980

Este livro é a terceira e mais recente versão do primeiro livro do artista, publicado em 1960. Herman de Vries tem mais de uma centena de livros publicados. É na indústria do livro um equivalente óbvio para as pinturas brancas de Rauschenberg (1951) e a composição 4’33” de John Cage (1952).

A história deste livro remonta a 1960. Membro do grupo Zero, mas também atraído pelo conceito budista de vazio, herman de vries havia realizado pinturas monocromáticas brancas quando publicou em Arnhem um livreto de vinte páginas. Ele não tinha título, sua capa era branca e as páginas não eram impressas. Apenas um curto poema famoso no final, em quatro línguas, “o branco é superabundante”. Este livro-manifesto ganhou outra versão em 1962 sob a brancura do título: duzentas páginas em branco, quatro colagens brancas do artista e uma introdução, totalmente vazia, do poeta JC van Schagen. Editado cinco cópias apenas por MJ  Israel em Arnhem, será seguido em 1967 por uma segunda edição, “revista”, wit weiss: duzentos e cinquenta páginas em branco em formato de bolso, quinhentos exemplares, publicado por Hansjörg Mayer em Stuttgart. Como elementos impressos havia apenas: autor, título e editor na capa, a menção da introdução e seu autor na primeira página, o colofão na última página.

Em 1980 foi publicado pelo Artists Press em Berna, em um formato maior, com mais páginas, a “terceira edição revisada.” O título original
“wit” foi traduzido para o Inglês, Japonês, bem como uma palavra sânscrita que significa “branco” no sentido de brilhante, puro, imaculado. Mas este título não aparece no livro, perfeitamente branco. Foi impresso como um paratexto sobre uma ampla cinta de papel, no lugar da sobrecapa removível. Na aba interna, pode-se ler uma breve declaração cuja redação remonta à edição de 1962, que afirma que este é um livro total e contém todos os aspectos da realidade. Dos cinco mil exemplares anunciados, apenas uma centena foram publicados. É esta última edição, a mais radical, que é reeditada aqui, com o único acréscimo da tradução francesa da declaração. herman de vries, em 1º de abril de 2012, comentou sobre o seu livro, enfatizando a importância da vírgula final:
branco é branco
0 = 0
sem nome
sem ideia
nem mesmo o vazio,

Ce livre est la troisième et dernière version du premier livre d’artiste publié en 1960 par herman de vries, qui en a aujourd’hui plus d’une centaine à son actif. Il est, dans le domaine du livre, un manifeste équivalent aux White Paintings de Rauschenberg (1951) et à 4’33’’ de John Cage (1952).

L’histoire de ce livre remonte à 1960. Alors proche du groupe Zero, mais également attiré par la conception bouddhiste du vide, herman de vries venait de réaliser des monochromes blancs quand il édite lui-même à arnhem un fascicule de vingt pages. Il n’a pas de titre, sa couverture est vierge et les pages ne sont pas imprimées. Seul un bref poème final célèbre, en quatre langues, la surabondance du blanc : « wit is overdaad ». Ce livre-manifeste va connaître une autre version, en 1962, sous le titre wit : deux cents pages blanches, quatre collages blancs de l’artiste et une introduction, totalement vide, du poète J. C. van Schagen. Éditée à cinq exemplaires seulement à arnhem par M. J. Israel, cette publication sera suivie en 1967 d’une seconde édition, « revue », wit weiss : deux cent cinquante pages blanches, au format de poche, en cinq cents exemplaires, publiée chez Hansjörg Mayer, à Stuttgart. Seuls éléments imprimés : auteur, titre et éditeur sur la couverture, mention de l’introduction et de son auteur sur la toute première page, colophon sur la dernière page.
En 1980 paraît chez Artists Press, à Berne, sous un format plus grand, avec davantage de pages, la « troisième édition revue ». Le titre originel wit est traduit en anglais, en japonais ainsi qu’en sanskrit d’un mot qui signifie « blanc », au sens de brillant, pur, immaculé. Mais ce titre ne figure pas sur le livre, parfaitement blanc. Il est imprimé, avec le paratexte, sur une large bande de papier qui tient lieu de bandeau détachable. Sur le rabat intérieur, on peut lire une courte déclaration dont la première rédaction remonte à l’édition de 1962 et qui affirme que ce livre total contient tous les aspects de la réalité. Sur les cinq mille exemplaires annoncés, seule une centaine sera publiée. C’est cette dernière édition, la plus radicale, qui est reprise ici, avec pour seul ajout la traduction en français de la déclaration. herman de vries, le 1er avril 2012, commente ainsi son livre, en insistant sur l’importance de la virgule finale :

blanc est blanc
0 = 0
pas de nom
pas d’idée
pas même le vide,

This book is the third and final version of the first artist’s book published in 1960 by herman de vries, who is currently the author of more than one hundred publications. This is like the White Paintings by Rauschenberg (1951) and 4’33” by John Cage (1952) in book form.

The story of this book dates back to 1960. Closely associated with the Zero Group, but also drawn to the buddhist concept of emptiness, herman de vries had just produced a series of white monochromes when he self-published a twenty-page booklet in Arnhem. It had no title, its cover was blank and its pages were unprinted. It contained nothing but a short final poem celebrating, in four languages, the superabundance of white: “wit is overdaad”. In 1962, this manifesto appeared in another version, now entitled wit: two hundred blank pages, four white collages by the artist and an introduction, itself completely blank, by the poet J. C. van Schagen, published in arnhem in only five copies by M. J. Israel. It was followed in 1967 by a second “revised” edition, wit weiss: two hundred and fifty blank pages, pocket-sized, in five hundred copies, published by Hansjörg Mayer in Stuttgart. The only printed elements were the artist’s name, the title and the publisher’s name on the cover, the word “introduction” and the name of its author on the very first page and a colophon on the final page. In 1980 the Artists Press in Berne published the “third revised edition”, in a larger format and with more pages. The original title wit was translated into english and japanese and into sanskrit with a word that means “white” in the sense of bright, pure, immaculate. The title itself does not appear on the book, which remains completely blank. It is printed with the paratext on a broad strip of paper in the form of a detachable publicity strip. The inside flap contains a brief statement initially dating back to the 1962 edition, stating that this book incorporates all aspects of reality. Of the five thousand copies advertised, only a hundred were published. It is this last edition, the most radical, which is republished here, the only addition being the french translation of the statement.
On 1 april 2012, herman de vries wrote of his book, insisting on the importance of the final comma:

white is white
0 = 0
no name
no idea
not even emptiness,

Salvar