As férias de Hércules

as ferias de hercules

Fabio Zimbres  (São Paulo/SP, 1960)
As Férias de Hércules / Hercules’ Holidays
Porto Alegre: Edições Tonto, 1999
exemplar nº 105/250
32 p.
23 x 17 cm
serigrafia

Um livreto de desenhos de Fabio Zimbres, publicado como um catálogo de edição limitada da exposição no Museu do Trabalho em Porto Alegre, Brasil, em junho de 1999. Cada página dupla densamente ilustradas pelas aventuras de Hércules é uma serigrafia de uma cor diferente.

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Disponível em PDF: http://issuu.com/amir_brito/docs/zimbres_ferias_de_hercules

Poética-Política

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Julio Plaza
Poética-Política
.
São Paulo, STRIP, 1977.

15 x 22,5 cm
48 p.

O livro apresenta duas sequências de silhuetas de mapas, o mapa-mundi e o mapa da América Latina.

Texto do Julio Plaza sobre o trabalho, incluído no artigo “O livro como forma de arte”:

O livro aproveita a estrutura espaçotemporal, em sequência, para distribuir ao largo das páginas uma série de ícones (países) em disposição espacial determinada pelo ícone final da série: o mapa da América Latina, espaçotemporalizado.

Desde o primeiro ícone (país) até o último, o leitor é obrigado a decodificar cada pais que se apresenta de uma forma abstrata e sem referencial produtor de sentido. É no ato de folhear o livro que o leitor e junto cada ícone, vão gerando e produzindo sentidos, até completar mnemotecnicamente (ato de memória) o mapa da América Latina.

O livro contém duas séries dispostas segundo a abertura oriental e ocidental de livro, isto é, com a lombada para a esquerda, ou bem para a direita.

Sobre a segunda série, Paulo Leminski escreveu o que se segue:

“Primeira constatação: é um livro sem palavras. O próprio titulo é, mais que palavra, um ideogramamontagem das palavras poética e política com a letra “E”, e a letra “L” fundidas, dando o signo chinês para “Sol”. Como pode um livro sem palavras ser político? Em lugar de palavras, Plaza usa mapas. Conversa através de mapas, como os marinheiros conversam através de bandeiras. O livro de Plaza é um livro icônico. O primeiro livro político puramente icônico de que tenho noticia. Plaza utiliza apenas dois ícones: mapas de países e continentes e um ideograma ambivalente de um cadeado que, visto de ponta cabeça é um capacete. O livro inverte no meio, podendo portanto ser aberto com a lombada para a esquerda (modo ocidental) ou com a lombada para a direita (modo oriental: chinês, japonês, árabe, hebraico). O ideograma “cadeadocapacete” que começa o livro e o termina, cerca com sua sinistra ambigüidade e atrito entre os mapas.

Os mapas são dos Estados Unidos, do Oriente Médio, da América Latina, seus países, do Brasil, de Cuba, do Chile. E passam pelas páginas com o polimorfismo caprichosos de nuvens e a terrível precisão de conceitos. Da pura “presentação” dos mapas, jogando com o significado internacional de cada país, na distribuição das relações de poder, hegemonia, submissão e exploração, Plaza diagrama uma denúncia, historizando a geografia”.

Paulo Leminski, Um translivro, Diário do Paraná, Anexo. Domingo, 31 de julho de 1977.

Obra adquirida com apoio da Fapemig, como parte do projeto de pesquisa Livros de Artista no Brasil

Atlas Almanak 88

atlas almanak
Atlas Almanak 88.
[São Paulo]: [Kraft Comunicação S/C], [1988]
143 p.
Tamanho 44 x 31 cm
Editores: Arnaldo ANTUNES; Beto BORGES; G. José JORGE; Sérgio ALLI; Sérgio PAPI; Walter SILVEIRA; Zaba MOREAU

Obra adquirida com apoio da Fapemig, como parte do projeto de pesquisa Livros de Artista no Brasil

Arnaldo Antunes – Página do Oráculo; Paulo Leminski; Julio Mendonça – Galáxias, 1987. Foto: Roberto Moreira; Mário Ramiro – Por que não, se um dia a terra vai comer? SP.1988; Leon Ferrari – 13. Reflexões, 14. Carta a un general; Gil José Jorge – Abra-se Abrase-me Abrasse –me, 1988; Filipe Moreau; Duda Machado – Poemas; José Guilherme Rodrigues Ferreira – Caligrafias; Walter Silveira – O Mistério do Rio, 1987; Augusto de Campos – Primeiro estudo para Viva Vaia, 1972; Edgard Braga (1897-1985); Favelário, 1977; Cartograma, 1976; Régis Bonvicino – Não escritos; Leonardo Fróes – Um dia, um gato, 1988; Brenda Novak – Litografia, 1986; Cristina Fonseca – Irmãs; Jac Leirner; Tunga; Leon Ferrari – Apocalipse; Mônica Bonvicino – Poema; Júlio Bressane – Tenda; Sebastião Uchoa Leite – Cuori Ingrati, 1987; Sergio Papi, 1987 – Pastel sobre vergé; Gil José Jorge: Vida – ID, 1986; Helena Kolodoy – Gestação, Design: Geraldo Leão; José Lino Grünewald: Autobiografia – Lar Bar, Arte-final: Sérgio Papi; Marcelo Tápia – O único partido na pilha de discos, 1985. Foto: Luis Sérgio Modesto; Walt B. Blackberry, 1986; Régis Bonviciano – Lamento do pobre corpo humano, 1987. Traduηγo de Complante du pauvre corps humain de Jules Laforgue (1860-1887); Beto Borges – Amarelo para Moneya, SP. 1986; Anna Muylaert; Augusto de Campos – Poesia, 1988; Livio Tragtenberg – Carta astrofônica para John Cage a partir de correções do “Inferno de Wall Street”, para voz solo ou grupo de vozes, com ou sem acompanhamento instrumental, SP. 1988. Arte-final: Julio Mendonça; Décio Pignatari – Arte-final: Arnaldo Antunes, Sergio Papi e Zaba Moreau; Paulo Miranda; Hélio Oiticica (1937-1980), NTKB 1/73. Original inédito. Foto de Hélio Oiticica, RJ. 1970. Acervo do Projeto Hélio Oiticica; Arnaldo Antunes – A vida; Humanos; Erthos Albino de Souza – Volat irrevocabile e tempus; Regina Silveira – Eles e os outros para Leon Ferrari; André Vallias; José Agrippino de Paula – Ordenação habitual do cotidiano, 1964. De um caderno; Sergio Papi – Diário de um sedutor, RJ. 1988. A partir das histórias “Marina”, “Modelo” e “Zelia”, de Carlos Zefiro e de fragmentos do “Diαrio de um sedutor”, de Soren kierkgaard; Glauco Mattoso – Dactylogrammas; Go; Nuno Ramos: Sérgio Zalis; Haroldo de Campos – Ars poetica. Transcrição do poema de Alcman de Sárdis (sιc. VII a a.C); Gênese do poema.Transcrição do poema de Safo de Mitilene (sιc. VII a.C.); Fausto Fawcett – é garota abstrata; Omar Khouri – Factura da Série “Um pouco de cerimônia é sempre bom”, 1986 – Factura da série “……..” 1983; João Bandeira – Sad times, 1985; Manuscrita: João Coutinho de Carvalho XX, 1988; Antonio Cícero – Dita; Josι Simão & Luciano Figueiredo; Arnaldo Antunes – Um; Vitσria Taborda – Engarrafamento; Zaba Moreau – Medo; Francisco Costa – Ali Norman; Marcelo Dolabela – Guerra & Paz & Comida, 1987; Paulo Leminski; Walt B. Blackberry – Circle Grafitti, 1984 d. C; Dιcio Pignatari – Traindução de uma versão em inglês de poema de Issa (Japão, séc. XVIII); José Guilherme Rodrigues Ferreira – Caligrafia; Pedro Xisto (1901-1987); Antitropical, 1945. Reprodução de original. Elegia de Outubro – New England. 1952. Reprodução de original Termo / Complementos. Escritos entre 1944 -55 / Haiku. 1984; Cara ΰ terra, 1969. Reprodução de projeto do autor para arte-final; João Carlos de Carvalho – Ou, 1958; Sergio Alli, SP. 1988 – Grafismo: Tuca; Sérgio Britto: Pulso eletromagnético; Gil José Jorge – Σ porcos / O pior cego, 1987; Tadeu Jungle – Vago, SP.1984; Vento vai, SP. 1984; Luciano Figueiredo e Matinas Suzuki Jr; Walter da Silveira – grauberrocha, 1981; Noris Lisboa; Alberto Marsicano – Tradução do poema de Horyu, em colaboração com kenzuke Tamai e Beatriz Fhizuko. Caligrafia Kyoko Tosaka; Fernando Zarif – Projeto para reforma sócio-política-cultural do país; Tadeu Jungle – Tormento, SP. 1986; Carlos Rennó – Nus; Tastin Nόhr – O aprendiz de sapateiro; Júlio Bressane; Carlos Αvila; André Toral – A garota da Coca- cola; Fernando Zarif – Gás Lakrishnogênio; Leon Ferrari – Colagem; Fábio Moreira Leite – 3 x Sig x C x D; Ana Tatit – Monotipia; Régis Bonvicino – Amor & Abolição; Tadeu Jungle – 3 poemas, SP. 1986; Alex Cerveny; Beto Borges – Grãos, SC. 1985. Desenho da série “Conversas ao telefone”. SP. 1987; Haroldo de Campos – Brinde a memória do trovador Galaico-Português goesto ansures 1988; Waly Salomão – Babilaques; Luiz Antonio de Figueiredo – Poemas do tempo; Renato Maia – 11:30 / Caligrafia; Beto Borges: Poema. 1987; Sergio Papi – Pastel sobre fabriano. 1988; Maria Sofia Nunes Camargo – Arte-final: Martha Oittinger; Guto Lacaz; Luis Dolhnikoff – Caosmo, 1987; Fernando Zarif – TV depois da programação / Colagem em letraset; Gisa Bustamante, Maria Cardoso, Marta Nehring e Nina Moraes – Chiffre; Go; Renato de Cara; Arnaldo Antunes – Caixa; José Thomaz Brum; Aldo Fortes; Zaba Moreau – Partitura; Carlos Matuck – O homem nos tempos que correm, SP. 1988; Aguilar – Radio Days: The jazz singer (Louis armstrong), 1988; Radio Days: Orson Welles, 1988; A era do rádio: Dircinha Baptista, 1988; João Bandeira: Loto, 1981; Paulo Leminski – “Object Trouvé” no dicionário de rimas, 1987; Laura Vinci; Alberto Marsicano; José Guilherme Rodrigues Ferreira; José Lino Grünewald, Arte-final: Sergio Papi

Anatomia do Gol

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Antonio Lizárraga, 1924-2009 (Buenos Aires, Argentina)
Haroldo de Campos, 1929-2003 (São Paulo, Brasil)
Anatomia do Gol
Massao Ohno / Timbre
São Paulo, 1985
22 x 30,5
portfolio, 12 folhas avulsas
Produção: Ruy Pereira
Projeto e arte final: Marcelo Tápia e Ruy Pereira

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http://www.revistas.usp.br/
http://www.literaturanaarquibancada.com/

Lizárraga, torcedor fanático, fez uma homenagem ao futebol, uma obra baseada nas técnicas e táticas futebolísticas como “overlapping”, retranca aberta, triangulagem, pelas pontas, quadrado mágico, “WM”, ponta recuado e outros. “É claro que o futebol fica em segundo plano”, ele afirma. “A abordagem é estética, do ponto de vista plástico. No trabalho, peguei a simbologia e os signos do esporte. Eu adoro futebol, que é universal, um verdadeiro fenômeno.” FSP, 28/11/1985.

O livro foi lançado na abertura da exposição Lizárraga/Presente, dentro do projeto A Gráfica Contemporânea, no Espaço de Exposições Humberto Tecidos.

Obra adquirida com apoio da Fapemig, como parte do projeto de pesquisa Livros de Artista no Brasil

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(…) Anatomia do Gol, um poema-código do artista plástico Antonio Lizárraga sobre um poema não-código de Haroldo de Campos. O livro “descreve” graficamente as diversas situações de uma partida de futebol, mas, pela dificuldade de sua “leitura”, dá a impressão de que os dois times poderiam jogar noventa dias, e não noventa minutos, para quem um deles fizesse pelo menos um gol (…)
Folha de São Paulo, 30 nov. 1985

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The Flag Book

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Fernando Lopes  (Rio de Janeiro, 1962)
Flag Book: Interaction Towards a Better World
Atlanta, Georgia: Nexus Press, 1996.
11,5 x 11,5 cm
livro em forma de sanfona, acondicionado em luva
Produzido em colaboração com The Atlanta Committee for the Olympic Games (ACOG)

O livro em formato sanfona consiste em 96 pedaços triangulares de bandeiras de países representados nos Jogos Olímpicos de Atlanta de 1996. A contracapa contém o termo “Interação” e seu equivalente em 7 línguas.

“Fernando Lopes, The Flag Book: Interação Rumo a um Mundo Melhor inclui as bandeiras de 96 nações desconstruídas e destiladas em uma estrutura de livro lúdico que convida manipulação leitor O movimento físico das pregas acordeão dobradas produz staccato-. como mordidas visuais de cor, enquanto evocando uma chamada conceitual para a compreensão e unidade universal. As capas em preto brilhante, alinhado com o texto que traduz a palavra “interação” em inglês para o alemão, russo, italiano, japonês, português e hebraico, aberto para revelar uma explosão enfática de conexões visuais brilhantes entre os países do mundo todo.
Judith Hoffberg, Fazendo Arte Pública

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The text consists in accordion style of 96 triangular pieces of flags from countries represented at the 1996 Olympics in Atlanta, Georgia. Back cover contains the term, “Interaction” and its equivalent in 7 additional languages. Black and white glossy boards. In slip cover, open ended. Judith Hoffberg, Making Art Public: “Fernando Lopes’ The Flag Book: Interaction Towards a Better World includes the flags of 96 nations deconstructed and distilled into a playful book structure that invites reader manipulation. The physical movement of the folded accordion pleats produces staccato-like visual bites of color, while evoking a conceptual call for universal understanding and unity. The glossy black covers, lined with text that translates the English word “interaction” into German, Russian, Italian, Japanese, Portuguese and Hebrew, open to reveal an emphatic burst of bright visual connections between countries the world over.

http://collections.swco.ttu.edu/handle/10605/166

Caderno de Guerra

caderno de guerra

 

Carlos Scliar (Santa Maria, RS – 1920-2001)
Caderno de Guerra
Texto de Rubem Braga.
Rio de Janeiro, Sabiá, 1969
31,5 x 22,3 cm.
47 ff. s/n.; 65 ilustrs.
offset, pb

Nota: dedicatória de Scliar na folha de rosto, caneta vermelha

Colofão: Edição feita em comemoração do 25º aniversário da Vitória das Forças Aliadas e em homenagem aos homens da Força Expedicionária Brasileira que lutaram na Itália.

O artista Carlos Scliar mostra os registros que fez em seu caderno na Itália, quando serviu na Força Expedicionária Brasileira durante a 2ª Guerra Mundial. Em depoimento incluído no livro, o artista afirma: “Foram esses desenhos que me salvaram. Todos os dias pareciam os últimos, a tensão era permanente. Através dos desenhos, sem me dar conta eu revalorizava a vida, redescobria o mundo (…)”.

http://carlosscliar.com/obras/cadernos-de-guerra-194445/

Almanaque 2

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Laerte Ramos
Almanaque#2
32 p. B&W (print-play-chalenge-fun)
São Paulo, ed. do autor, 2009

Almanaque# é uma publicação independente produzida inteiramente por Laerte Ramos /Studium Generale que utiliza este meio como material de apoio para exposições e projetos especiais.

O Almanaque 2 propõe como atividade uma “canetada”, uma brincadeira em que a caneta realiza um percurso na página, como em um jogo de tabuleiro.

Os Almanaques #1-2-3 foram produzidos em 2009, já o Almanaque #4, em 2013 durante a exposição “Lastlândia” em São Paulo. O volume #5 foi lançado em 2014 durante a exposição “Casamata” na Pinacoteca de São Paulo e em seguida, o Almanaque #6 lançado em paralelo com a abertura da exposição “Armamento Próprio” no mesmo ano em Belém na Casa das Onze Janelas.

Visite o site do artista: http://www.laerteramos.com.br