De 29 de março a 29 de abril estará aberta à visitação, no saguão da Biblioteca Central da UFMG, a mostra dos alunos do Atelier de Escultura, da Escola de Belas Artes. A iniciativa faz parte do projeto “Desenvolvimento”.
Criado em 2008, sob a curadoria do professor Fabrício Fernandino, o projeto possibilita aos estudantes a vivência dos processos ligados a uma exposição artística, desde a elaboração do conceito, passando pela divulgação, programação visual, projeto expográfico e produção.
“Expor os trabalhos coletivamente possibilita a ampliação dos conteúdos conceituais para a formação crítica desses artistas.
A exposição constitui uma excelente oportunidade para avaliação da qualidade das obras expostas e sua relação com o espaço.
Esse exercício do olhar possibilita aos participantes potencializar a capacidade de análise e reflexão”, afirma Fabrício Fernandino,
que também é curador da exposição.
A produção da mostra é de Lucianita Moraes, a assistência de curadoria de Pollyana Maria Fernandes Costa e o projeto gráfico de Philippe Teixeira Braga, alunos do Atelier de Escultura.
As esculturas em metal expostas na Biblioteca Central da UFMG, campus Pampulha, poderão ser apreciadas de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 22h. Para obter mais informações, entre em contato pelo telefone (31)3409-5293.
Com curadoria de professor da Belas-Artes, exposição resgata história da escola mineira
Luana Macieira
Logo na entrada da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional dos Educadores do Estado de Minas Gerais (Magistra), localizada no bairro Gameleira, em Belo Horizonte, o visitante depara com uma sala de aula da década de 1920, decorada com móveis e objetos originais da época e com caixas que reproduzem os sons típicos das escolas, como os barulhos do sinal e das crianças brincando no recreio.
O ambiente é a primeira parada de uma viagem pelo universo escolar proporcionada pela exposição A escola mineira e seu tempo, instalada na Magistra. A mostra, com curadoria do professor Evandro José Lemos da Cunha, do Departamento de Fotografia, Teatro e Cinema da Escola de Belas-Artes, reuniu parte do patrimônio de outras duas instituições: o Museu Escola Ana Maria Peixoto e o Laboratório de Ciências Leopoldo Cathoud. São cerca de seis mil peças que revelam um pouco da história da escola mineira nos últimos três séculos.
“Pensamos em uma curadoria que privilegiasse a criação de um diálogo entre os objetos do museu e os visitantes. A intenção era que a exposição emocionasse os mais velhos, cujas memórias são resgatadas ao visitar o espaço, e os mais novos, curiosos para entender como eram as escolas do passado”, explica o curador.
Outras paradas
Um dos principais ambientes da exposição reúne vários objetos que acompanham a evolução tecnológica da educação. Há desde projetores antigos, movidos a querosene, até tablets, que hoje fazem parte do universo das salas de aula. “A administração da escola também está representada por meio da reprodução de uma sala de diretoria. E criamos um local para abrigar uma coleção de globos e mapas e outro com os uniformes escolares usados no passado. Tudo isso reaviva as lembranças de quem visita a exposição”, diz Evandro Lemos.
Segundo o curador, parte da mostra privilegia o público infanto-juvenil, que, apesar de vivenciar um processo educacional diferente do que está exposto no museu, olha para o passado com muita curiosidade. “As crianças querem, por exemplo, saber mais sobre a palmatória. É um instrumento que não faz parte mais do processo educacional, mas que desperta o interesse delas. Para atender a esse público, também montamos um espaço com pufes e tapetes, onde as crianças podem ter contato com vários objetos antigos”, explica.
Parceria
O acervo de A escola mineira e seu tempo é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais. Além da curadoria, a UFMG contribuiu com a restauração de todos os objetos. O trabalho, que foi realizado pela empresa Acervo – Projetos e Consultoria Ltda., em parceria com o Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis da UFMG (Cecor), sob a coordenação da professora Bethania Reis Veloso, contou, ainda, com a participação de alunos dos cursos de restauração e de museologia da universidade. Para Evandro Lemos, a parceria potencializou a qualidade da exposição, que tem recebido grande público.
“Recebemos o apoio das professoras Nathalia Larsen e Jussara Vitória, do curso de Museologia da UFMG, alunos e profissionais da esfera privada. Isso agregou valor ao trabalho e nos permitiu organizar uma exposição que, além de narrar a história da educação em Minas, não nos deixa perder o referencial dos objetos, que mostram a evolução do processo educacional”, afirma Evandro Lemos.
Além da montagem da exposição, o grupo catalogou os objetos que não estão expostos. O Laboratório Innovatio, da Escola de Belas- Artes da UFMG, também produziu vídeos que reúnem gravações dos principais educadores e formuladores da educação mineira. “O trabalhou não acabou. A exposição foi aberta, mas ainda estamos produzindo filmes sobre o museu e sobre a Magistra, que se juntarão ao vídeo do resgate da história oral da educação mineira”, informa Evandro Lemos.
Exposição:A escola mineira e seu tempo Local: Magistra, localizada na Avenida Amazonas, 5855, bloco B Horário de funcionamento: a exposição está aberta de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h. A entrada é gratuita, e visitas de grupos podem ser agendadas pelo telefone (31) 3379-8593
A professora Maria do Céu, ex-professora residente do IEAT (2012 e 2013), convida para participarem do Seminário Comer Imagens, do Grupo de Pesquisa sobre o Desenho e a Palavra.
O Seminário acontece entre os dias 23 e 24 de outubro. (vide programação no cartaz abaixo).