Arquivo da tag: Fotografia

FIF – Festival Internacional de Fotografia de Belo Horizonte


Artistas e pesquisadores do Brasil e do mundo têm até o dia 3 de julho para enviar trabalhos para a nova edição do FIF BH – Festival Internacional de Fotografia de Belo Horizonte.

Estão abertas as convocatórias que selecionarão trabalhos de artistas e pesquisadores do Brasil e do mundo para a 2ª edição do FIF – Festival Internacional de Fotografia de Belo Horizonte. Serão aceitas propostas de trabalhos que explorem interseções e relações da fotografia com o universo das artes visuais. Os interessados podem se inscrever para três ações do festival: Exposição Internacional, Moving Images e FIF Universidade. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 3 de julho por meio do site www.fif.art.br. O FIF BH 2015 será realizado entre os dias 10 e 20 de setembro e incluirá ainda palestras, oficinas e maratona fotográfica.

EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL

Para se inscrever na convocatória da exposição internacional, os artistas deverão apresentar uma série de oito imagens, ficha técnica e um breve texto com descrição do trabalho proposto, além de currículo e portfólio, sendo que todos os arquivos solicitados não deverão ultrapassar 15 MB. Os termos da convocatória podem ser consultados no site do festival e o resultado será divulgado até o dia 20 de julho.

IMAGENS EM MOVIMENTO // MOVING IMAGES

Visando ampliar o entendimento sobre as possibilidades da produção criativa ligada ao universo da imagem fotográfica, a convocatória Moving Images busca trabalhos que privilegiam a fotografia em movimento. Serão selecionadas obras que atuam no campo de aproximação entre fotografia, vídeo, animação, GIF animado, cinema e novas tecnologias. Esses trabalhos serão exibidos em sessões de projeção durante o FIF BH 2015. Para participar da convocatória, os artistas devem inscrever-se no site enviando um link com apresentação e descrição do trabalho que desejam incluir na programação do Festival.

FIF UNIVERSIDADE

Durante os onze dias de programação mais intensa do Festival, no mês de setembro, serão realizados cinco painéis de debate abertos a pesquisadores do Brasil e do mundo. A ação busca gerar reflexão sobre a produção imagética, suas influências no mundo e a forma como impactam as relações humanas. Serão selecionados 20 artigos para compor os cinco paineis e também integrarão uma publicação digital de caráter cultural com ISBN. Para se inscrever o pesquisador deverá enviar seu um resumo do artigo por meio do site do Festival.

Idealizado pelos artistas visuais Bruno Vilela e Guilherme Cunha, o FIF chega à sua segunda edição com a proposta de refletir sobre as relações Mundo, Imagem, Mundo. “O ser humano cria imagens e as utiliza como meio para construir, entender e propagar ideias. A imagem se torna então uma ferramenta de poder, pois ela tanto organiza quanto também desestabiliza realidades”, explica Vilela. “Gerar reflexão sobre a produção imagética e suas influências no mundo é o que pretendemos com o FIF 2015”, completa Cunha. Além dos dois, compõem a curadoria dos trabalhos recebidos pelo festival o crítico, ensaísta, membro-diretor da Associação Cultural Videobrasil (SP) e professor da PUC Minas, Eduardo de Jesus; e a artista e professora da Faculdade de Belas Artes da UFMG, Patrícia Azevedo.

O FIF-BH 2015 é realizado com recursos do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte e conta com apoio de parceiros como Artmosphere, Solução Imagem, Agência Nitro, Canal C, Hahnemuhler, Fundação Clóvis Salgado e Governo de Minas Gerais.

FIF BH

O FIF – Festival Internacional de Fotografia busca promover o diálogo entre a produção fotográfica de diferentes países, bem como o encontro entre fotografia e outros meios de expressão criativa.

Em 2015, o festival tem como proposta refletir sobre a produção imagética, suas influências na construção das diferentes visões de mundo e a forma como impactam as relações humanas, por meio do conceito Mundo, Imagem, Mundo. Voltado para o universo fotográfico ligado a pesquisas e investigações no campo das poéticas visuais, o festival bienal busca privilegiar os processos criativos que exploram a fotografía como elemento potêncial do discurso poético e sua interseção com outras plataformas de produção do conhecimento sensível.

Em sua primeira edição, realizada em 2013 (www.fif.art.br/2013), o Festival recebeu mais de 1.000 inscrições vindas de 73 países. Foram selecionados 340 trabalhos de 32 artistas, de 19 nacionalidades, oriundos de 4 continentes, que integraram a grande exposição que ocupou seis espaços da capital mineira.

2º FIF – Festival Internacional de Fotografia
Exposição “Mundo, Imagem, Mundo” // Moving Images // FIF Universidade
Convocatória:
inscrições até 3 de julho pelo site
www.fif.art.br
Festival:
10 a 20 de setembro de 2015
Exposição:
10 de setembro a 01 de novembro de 2015
Locais:

Palácio das Artes | Galeria Alberto da Veiga Guignard [Avenida Afonso Pena, 1.537]
Centro de Arte Contemporânea e Fotografia [Av. Afonso Pena, 737 – Centro]

  
 
Assinaturas e-mails Ricardo Girundi_Sem LOGOS

LensCulture Retrato Awards

PA15-header

 

Os LensCulture Retrato Awards é a segunda competição anual internacional de retratos fotográficos. A importância do retrato é evidente em todas as culturas do mundo, e reflete o poder e a força da conexão humana. Com mais de 145 países representados no LensCulture, em mais de 15 idiomas, estamos buscando novas perspectivas globais do retrato contemporâneo. Retratos de todas as partes do mundo podem ser inscritos. 6 vencedores e 25 finalistas serão selecionados.

Prazo Final: Segunda, 2 de Março, 2015

 

Inscrições no link :

https://www.lensculture.com/portrait-awards-2015

Viviane Sassen: A identidade e beleza do povo africano

por Arxvis

Viviane Sassen preferia ter sido negra. É uma cor de pele mais agradável, menos nua.” (Edo Dijkerhuis, num ensaio sobre o trabalho dessa fotógrafa holandesa, publicado no livro de fotografias ‘Flamboya‘)

sassen0

Viver os primeiros anos de sua vida num pais da áfrica (kenia) transformou lembranças bem delineadas em fotografias hiper-realistas.

Para mais sobre o trabalho dessa grande fotógrafa, veja seu site: Viviane Sassen.

Artistas que também trabalham com a identidade e beleza do povo africano, entre outros: Leni Riefenstahl e Pieter Hugo.

FOTOGRAFIA

Série de fotos mostra a imensidão e a beleza de casas de ópera vazias

Interessado pela fotografia de grandes dimensões, o fotógrafo David Leventi encontrou um lugar perfeito para fazer crescer esse amor: as casas de ópera. Imponentes, monumentais, ainda pra mais vazias, elas contêm uma magia que nos faz sentir parte do espetáculo. A série Opera contém algumas das mais famosas casas do mundo.

Leventi começou a criar esta série em 2007 e o primeiro nome da lista foi o Ateneu Romeno, em Bucareste, Romênia. O fotógrafo estava documentando a história da sua família no país e recebeu autorização para fotografar a casa vazia – foi “inspiradora, com tantos detalhes ornamentais. Estando sozinho dentro de uma sala enorme, havia um poder que emanava do espaço”.

Leventi nunca mais parou. E a verdade é que também nós podemos imaginar o que guardam as paredes de cada uma destas majestosas salas. O fotógrafo usa uma câmera 8×10 Arca-Swiss, captando a maior parte das imagens bem no centro do palco, observando a casa da perspetiva de um ator. Para iluminar as imagens, Leventi utiliza apenas os lustres existentes nas casas.

OperaHouses1

Romanian Athenaeum, Bucareste, Romênia, 2007

OperaHouses2

Metropolitan Opera, Nova York, Estados Unidos, 2008

OperaHouses3

Hungarian State Opera House, Budapeste, Hungria, 2008

OperaHouses5

Teatro La Fenice, Veneza, Itália, 2008

OperaHouses6

Teatro di San Carlo, Nápoles, Itália, 2009

OperaHouses7

Drottningholm Palace Theatre, Estocolmo, Suécia, 2008

OperaHouses8

Oslo Opera House, Oslo, Noruega, 2008

OperaHouses9

Opéra de Monte Carlo, Mónaco

OperaHouses10

Palais Garnier, Paris, 2009

todas as imagens @ David Leventi.                                                           Acesse http://www.davidleventi.com

Créditos: Portal Hypeneness

Os fotógrafos que retrataram Picasso

Por Diana Ribeiro

Há 130 anos, nascia um dos artistas mais conceituados de sempre: Pablo Picasso. Pintor, escultor e até poeta, a sua arte versátil e revolucionária transformou por completo a própria ideia de arte. O fascínio pela fotografia permitiu que grandes profissionais da época registassem o seu percurso de vida. Diante da objectiva de uma máquina, Picasso pousava e sorria como em poucas ocasiões. As imagens de Robert Capa, Cartier-Bresson, Brassai ou David Duncan espelham as metamorfoses de um génio em constante insatisfação.

Sobre Picasso já se escreveu quase tudo. Já se fizeram inumeráveis biografias, já se analisou toda a sua obra. O facto é que a vida atribulada do pintor espanhol andou sempre de mãos dadas com a arte: a cada reeinvenção pessoal, uma outra etapa surgia na sua obra. “Eu não procuro, encontro”, terá dito. E a cada novo encontro, Picasso vivia uma vida dentro da sua própria vida.

Pintou alguns dos quadros mais famosos de sempre, produziu esculturas e até escreveu poemas. Ainda assim, Picasso tinha um fascinio especial pela fotografia. Conviveu durante anos com profissionais da área, que acabaram por registar vários momentos do seu percurso de vida. Diante da objectiva da câmara, não hesitava em pousar nem tão pouco ser protagonista de retratos mais intimistas. Robert Capa, por exemplo, fotografou-o na praia com Françoise Gilot. Já David Duncan “apanhou-o” na banheira.

Por David Seymour e Robert Capa feita.

A vida sentida na arte

Pablo Picasso nasceu a 25 de Outubro de 1881, em Málaga. A sua veia artística revelou-se cedo, através do talento natural para o desenho. Estudou Belas Artes na Corunha, em Barcelona e Madrid. Apesar da breve estadia na capital espanhola, Picasso descobre a obra de grandes mestres – Vélasquez, El Greco e Goya – que serviriam de inspiração para muitos dos seus quadros. Entretanto, visita Paris e regressa a Barcelona doente. Decide abandonar os estudos, passando a frequentar tertúlias de grupos de artistas influenciados pela cultura francesa. Em 1900, expõe pela primeira vez desenhos seus. E um ano depois funda com um amigo, em Madrid, a revista “Arte Joven”. Além de ilustrar (todo) o primeiro número, deixa de assinar os seus trabalhos como “Pablo Ruiz y Picasso”, para passar a ser simplesmente “Picasso”.

A partir de então, a obra de Picasso reinventa-se a cada mudança pessoal, onde as suas vivências servem de ponto de partida para novos encontros artísticos. “A grandeza deste indiscutível génio esteve sobretudo na forma como transformou uma obra de arte num estado de ânimo, em como a realidade passou a ser sentida pelo espectador e pelo artista” afirma Paloma Esteban, do Museo Nacional de Arte Reina Sofia. As suas paixões ( Fernande Olivier, Olga Koklova, Marie- Thérèse Walter, Dora Maar ou Françoise Gilot), seriam pintadas de forma distinta.

A sua versatilidade originou ainda várias esculturas, peças de cerâmica e a escrita de poemas. Eternamente insatisfeito, Picasso não procurava, no entanto, a perfeição, mas sim superar-se a cada nova etapa. Talvez por isso, diz-se que vivia constantemente mal-humorado e que pouco sorria. Só que, perante a objectiva de uma câmara, entusiasmava-se. Todo aquele equipamento o fascinava, o que permitiu inúmeros registos fotográficos da sua vida.

O fascínio pela fotografia

David Duncan trabalhou ao lado de Picasso cerca de vinte anos. Era amigo de Robert Capa, um dos grandes fotógrafos com quem havia privado. Capa tinha prometido que os apresentaria, mas a sua morte levou a que Duncan se apresentasse pessoalmente na casa do pintor em Cannes. Picasso, emocionando-se com a visita e com o anel de ouro que este lhe ofereceu (onde estavam gravados os seus nomes), convidou-o a entrar no estúdio. E, claro, na sua intimidade. Duncan fotografou-o como ninguém: na banheira, a dançar, a pintar e até de cuecas. “Ele dizia que Duncan era fantástico, porque era tão delicado e discreto que se esquecia dele. Por não atrapalhar os seus movimentos no atelier, Picasso permitiu que tirasse fotografias que nunca teria permitido a nenhum outro fotógrafo” revelou Christine Ruiz-Picasso, sua nora. A amizade entre ambos durou até à morte de Picasso, em 1973.

Brassai conviveu igualmente de perto com Picasso. Durante a II Guerra Mundial esteve no atelier de Paris a fotografar as suas esculturas para um livro de arte. Mas o que poderia ter sido apenas um encontro profissional transformou-se numa grande amizade. Picasso elogiava a forma como o fotógrafo trabalhava e fazia questão de assistir às suas secções. Com humor, tratava-o por “terrorista”quando se assustava com as explosões provocadas pelo pó de magnésio, usado para iluminar as imagens. Em 1964, Brassai publica “Conversas com Picasso”, revelando entre os diálogos a verdadeira admiração do artista pelas técnicas da fotografia.

Cartier-Bresson, um dos fundadores do fotojornalismo, é autor de vários retratos do pintor na década de 40. Assim como Robert Doisneau, David Seymour (que o registou junto de “Guernica” por exemplo) ou Man Ray. As imagens deixadas por estes grandes nomes acompanham o percurso de Picasso, tal como as suas obras. Uma vida atribulada, mas repleta de talento, que começou há 130 anos e nos chega até hoje.

Picasso e Françoise Gilot vistos por Robert Doisneau.
A sós, por Man Ray e por Yousuf Karsh.


19 de agosto – Dia mundial da Fotografia

Em um mundo completamente imagético como é o nosso hoje, a fotografia está presente em todos os momentos. Seja de câmeras comuns, digitais, de celulares, a imagem se tornou um elemento central nesse mundo midiatizado.

Mas se hoje a fotografia tem esse lugar de destaque, podendo ser alterada, transformada e manipulada, muito se deve aos inventores deste conceito.

Dois franceses merecem destaque nessa descoberta: Joseph Nicéphore Niépce e Jean Jacques Mandé Daguerre. Niépce foi o precursor, unindo elementos da química e da física, criou a héliographie em 1926. Nesse invento ele aliou o princípio da câmara obscura, empregada pelos artistas desde o século XVI, à característica fotossensível dos sais de prata. Após a morte de Niépce, Daguerre aperfeiçoou o invento, rebatizando-o como daguerreótipo.

Por essa época um francês radicado no Brasil, Hércules Florence, desenvolvia também experimentos que levariam ao mesmo resultado. Mas o advento da fotografia foi anunciado ao mundo oficialmente, em Paris, na Academia de Ciências da França, consagrando o Daguerreótipo, em 19 de agosto 1839.

De lá pra cá a fotografia evoluiu muito e foi a grande responsável por apresentar o mundo à humanidade. Mesmo com o surgimento de outras formas de exibição de imagens (cinema, televisão, computador) a fotografia continua sendo a única “capaz de captar a alma humana”. Ou, como diria Henri Cartier-Bresson, um dos maiores fotógrafos de todos os tempos “fotografar é captar o momento decisivo”.

www2.portoalegre.rs.gov.br/pwdtcomemorativas/default.php

Parabéns a todos os fotógrafos!!!