Carnet n°5 [05.01.08 – 02.06.09]

peschet1p
Bernard Peschet
Carnet n°5 [05.01.08 – 02.06.09]
Rennes, Éditions Incertain Sens, 2014.
[80 p]
15 x 10,5 cm.
ISBN 978-2-914291-64-4

Éditions Incertain Sens escolheu publicar um caderno de croqui entre os inumeráveis  de Bernard Peschet, considerando que, por sua forma e modo de leitura, o caderno é semelhante ao livro de artista, modalidade relativamente recente para a prática da arte. Como no caso do livro do artista, não é sob vitrine que deve ser exposto, mas oferecido a cada leitor como livro: em suas próprias mãos. É apenas editando-o desta forma – em fac-símile – que o caderno se torna acessível ao leitor do ponto de vista de seu conteúdo e sua temporalidade como um testemunho do método, ou mesmo do pensamento do artista, mesmo considerando-o como um pensamento encarnado, um pensamento de arte. De fato, os cadernos de Bernard Peschet não são locais de trabalho, estágios preparatórios para algo que o excede, mas uma prática quase diária de observação, análise e reflexão em contato com a arte. É o caderno na mão que ele visita as exposições, que conhece as obras, que fala sobre elas. Seus cadernos, assim, tornam-se arquivos de conhecimento específico e, ao mesmo tempo, funcionam por direito próprio: uma espécie de livro de artista.
peschet2p
Les Éditions Incertain Sens ont choisi de publier un carnet parmi les innombrables de Bernard Peschet en considérant que par sa forme et son mode de lecture, le carnet s’assimile au livre d’artiste, modalité relativement récente de pratiquer l’art. Comme dans le cas du livre d’artiste, ce n’est pas sous vitrine qu’il doit être exposé, mais offert à chaque lecteur comme un livre : dans ses mains propres. C’est seulement en l’éditant sous cette forme – en fac-similé – que le carnet devient accessible au lecteur du point de vue de son contenu et de sa temporalité comme témoignage de la méthode, voire de la pensée de l’artiste, quitte à la considérer comme une pensée incarnée, une pensée de l’art. En effet, les carnets de Bernard Peschet ne sont pas des chantiers d’œuvres, stades préparatoires à quelque chose qui le dépasserait, mais une pratique quasi quotidienne d’observation, d’analyse et de réflexion au contact de l’art. C’est le carnet à la main qu’il visite les expositions, qu’il rencontre les œuvres, qu’il en parle. Ses carnets deviennent ainsi des archives des connaissances spécifiques et en même temps des œuvres à part entière : un genre de livre d’artiste.

https://www.sites.univ-rennes2.fr/arts-pratiques-poetiques/incertain-sens/fiche_peschet.htm

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *