Arquivo da tag: Exposições de arte

Criador da Maior Xilogravura do Mundo expõe na Funarte MG

Mostra é vencedora do Prêmio Funarte de Arte Contemporânea

Publicado em 12 de julho de 2011 no site da Funarte

 Contemplada com Prêmio Funarte de Arte Contemporânea Ocupação dos Espaços da Funarte, a mostra “Transfigurações – 20 aos pedaços”, do artista plástico Francisco de Almeida, será inaugurada na galeria de artes da Funarte MG, dia 14 de julho, quinta-feira, às 20h.

Francisco de Almeida é um artista de alegorias. Suas gravuras, espécie de cartas enigmáticas sobre o medo e o conhecimento arquetípico, desafiam regras e normas gráficas, e têm sempre grandes formatos. Depois da experiência da gravura “Os Quatro Elementos I – O Dia e A Noite”, que levou nove meses para ficar pronta, Francisco realiza sua terceira obra em formato similar. O estirão de 20m x 1,50m – a maior xilogravura do mundo –  foi apresentada na exposição “Absurdo”, da 7ª Bienal do MERCOSUL.

A exposição “Transfigurações – 20 aos pedaços” foi também premiada por meio do 1º Edital de Incentivo às Artes para Pessoas com Deficiência, da Secretaria de Cultura do estado do Ceará. Resultantes da grande matriz composta de diversas matrizes móveis, as 10 gravuras que compõem a mostra são partes da obra apresentada na Bienal do MERCOSUL. Elas receberam também colagens e outras impressões por transferência.

Impressas aos “pedaços”, as xilogravuras guardam o sabor da surpresa também para o artista que, só tem uma visão do conjunto, quando, uma vez o trabalho concluído, o rolo de vinte metros do papel impresso é desenrolado com a ajuda de um dispositivo de catracas de bicicleta e a gravura é, enfim, estendida num espaço generoso que lhe permita, inclusive, uma apresentação panorâmica.

Com carreira de mais de 17 anos, tendo sua primeira premiação em 1993, no 44º Salão de Abril, Francisco de Almeida já teve suas obras expostas em Madri, no Centro Dragão do Mar, e no MAM-SP. Ele nasceu em Crateús, Ceará, em 1962. Xilogravador, aos 15 anos, transferiu-se para Fortaleza, onde estudou xilogravura com Sebastião de Paula, e pintura nas oficinas do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará, nos anos 1990. Antes, trabalhou como desenhista técnico, na área de arquitetura. Filho de Manuel Almeida Sobrinho, mestre ourives e fotógrafo da cidade de Crateús no sertão dos Inhamuns cearense, e de Terezinha Rodrigues de Almeida, modista e bordadeira, Francisco de Almeida cresceu entre a alquimia do ouro e dos sais de prata e linhas e riscos de bordados – vivência incorporada ao pensamento e ao trabalho do artista. Com diversas exposições realizadas e participação em importantes mostras coletivas, foi merecedor de prêmios no Salão de Abril, Salão CDL de Artes Plásticas, e Talentos Teleceará, entre outros. Sua obra está representada em coleções públicas e privadas do Brasil e exterior.

Serviço

Transfigurações – 20 aos pedaços

Local:
Funarte MG
Rua Januária, 68. Floresta. BH/MG.

Datas e Horários:
de 14 de julho a 14 de setembro de 2011.
De segunda a sexta-feira, das 10h às 18h.

Entrada Franca

Contato:
Francisco de Almeida – (85) 85131962 – 99343162 – 91265139

Centro Cultural abre neste fim de semana exposições de alunos da Belas-Artes

A partir de hoje, 1 de julho, o Centro Cultural UFMG apresenta, na Grande Galeria, trabalhos de alunos do curso de Artes Visuais que se formam neste semestre nas habilitações artes gráficas, cinema de animação, escultura, gravura, licenciatura e pintura.

A exposição Formandos 2011/1 tem obras que se relacionam a todas as áreas, com o intuito, segundo a coordenação, de “embaralhar as especializações e acompanhar o caráter multidisciplinar da arte contemporânea”. Alguns trabalhos misturam desenho e animação ou pintura e fotografia.

Na abertura, às 19h, o Centro Cultural será palco de três performances envolvendo escultura, desenho e pintura. Numa delas, o aluno executará um quadro ao vivo. O registro das apresentações também será usado como material da mostra.

Exposição Deriva
Neste sábado, 2 de julho, às 10h, será aberta a terceira exposição Deriva, que poderá ser visitada até 31 deste mês.

A mostra anual reúne obras de alunos da disciplina Artes Visuais no Brasil I, ministrada pelo professor Marcus Hill, da Escola de Belas-Artes da UFMG. As obras serão expostas nas salas Ana Horta e Celso Renato, das 10h às 21h, com entrada gratuita.

Os trabalhos apresentados contemplam as diversas modalidades de artes visuais, entre as quais fotografia, artes gráficas, escultura, pintura, gravuras e arte-educação.

Segundo os organizadores, a escolha do nome deve-se ao fato de a palavra deriva sugerir duas interpretações. A princípio, o termo desvela a relação de algo com sua raiz, com sua origem. Outro sentido possível é o de estar à mercê de uma corrente. O objetivo é mostrar a técnica dos estudantes e também oferecer a eles experiência com o mercado e com exposições de arte, o que inclui a observação e a crítica de seus trabalhos.

O Centro Cultural fica na avenida Santos Dumont, 174, Centro de Belo Horizonte. Informações pelo telefone 3409-8291 ou no site da mostra:

Novos Artistas Mineiros na Funarte MG

Universo feminino está presente em dois dos três espetáculos, que serão apresentados com entrada franca

"De Perfumes e Sonhos" Foto: Daniel Protzner

De 1º a 6 de julho, a Funarte MG recebe a Mostra de Trabalhos da Graduação em Teatro da Escola de Belas Artes (EBA) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A programação é composta pelas peças “Exercício para Pedro e Joaquim”, do formando João Filho; “De Perfumes & Sonhos”, da formanda Fabiana Loyola; e “As Rozas Falam”, de Roza Maria de Oliveira.

No espetáculo “Exercício para Pedro e Joaquim”, João Filho propõe um exercício cênico livre, inspirado na poesia de Manoel de Barros, no qual os personagens, por meio de suas memórias e retornos, constroem seus brinquedos no espaço infinito.

“De Perfumes & Sonhos” propõe uma reflexão sobre o caminho percorrido pelas três integrantes do elenco – uma atriz, uma cantora e uma bailarina –, e destaca a expressão de cada uma em sua área de domínio, em diálogo com a linguagem cênica.  O desafio do trabalho foi encontrar um ponto em comum entre as três artistas e a busca por uma metodologia de ensino, onde os potenciais de cada uma se tornassem integrados e orgânicos. A peça foi baseada no livro “Mulheres que correm com os lobos”, no qual predomina a temática do feminino.

O universo feminino também norteia o espetáculo “As Rozas Falam”. O trabalho propõe uma reflexão sobre a condição das mulheres, por meio de depoimentos que foram transformados em material dramatúrgico. A montagem tem como base a Mímesis Corpórea – metodologia desenvolvida pelo LUME (Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da Unicamp) –, usada como diretriz para a seleção de mulheres e relatos reais, posteriormente teatralizados e aplicados à experimentação cênica a partir de improvisações. A peça foi baseada em uma pesquisa com mulheres sobreviventes de violência física, participantes, principalmente, do Grupo Bem-Me-Quero.

Mostra de Trabalhos da Graduação em Teatro da Escola de Belas Artes (EBA)

“Exercício para Pedro e Joaquim”

1º de julho (sexta), às 19h
2 de julho (sábado), às 18h

Entrada franca (Distribuição de senhas no local uma hora antes do espetáculo)
Classificação: Livre
Duração: 40 minutos
Ficha Técnica
Direção: Joaquim Elias
Dramaturgia: João Filho
Com Francis Severino e João Filho

“De Perfumes & Sonhos”

1º e 2 de julho, (sexta e sábado), às 20h
3 de julho (domingo), às 19h

Entrada franca (Distribuição de senhas no local uma hora antes do espetáculo)
Classificação: 14 anos
Duração: 40 minutos
Ficha Técnica
Direção, coreografia e textos: Rosa Antuña
Com Eliatrice Guichewsky, Fabiana Loyola e Luísa Bahia

“As Rozas Falam”

4, 5 e 6 de julho (segunda, terça e quarta), às 20 horas
Entrada franca (Distribuição de senhas no local uma hora antes do espetáculo)
Classificação: Desaconselhável para menores de 12 anos
Duração: 1h
Ficha Técnica
Direção: Letícia Castilho
Concepção e dramaturgia: Roza Maria, Edna Rodrigues & Letícia Castilho
Com Roza Maria, Edna Rodrigues

Local: Funarte MG
Rua Januária, 68 – Floresta
Belo Horizonte (MG)
(31) 3213-3084

http://www.funarte.gov.br/teatro/novos-artistas-mineiros-na-funarte-mg/

Confira abaixo a programação da mostra

Tarsila e o Brasil dos Modernistas – Exposição e catálogo online

Exposição na Casa Fiat de Cultura é prorrogada até 22 de junho.


Em 1924, ano dos mais férteis da carreira de Tarsila do Amaral, ela esteve, com o “bando” dos modernistas, em visita às cidades históricas de Minas Gerais. Muitos relatos dessa viagem ficaram registrados, como o de Pedro Nava em seu memorial e o de Carlos Drummond de Andrade, que se encontrou com os membros da “caravana paulista” no Grande Hotel de Belo Horizonte, onde hoje se situa o Conjunto Arcangelo Maletta, na esquina da Rua da Bahia com a Avenida Augusto de Lima.

Essa viagem marcou a obra de Tarsila, como bem assinala o rico texto da curadora da exposição, Regina Teixeira de Barros.

A exposição nos faz pensar sobre a riqueza do imaginário que se construiu e que continua a ser construído sobre o nosso país, e não só o Brasil dos modernistas, ao longo dos 87 anos transcorridos desde aquela viagem.

Retrato de Tarsila do Amaral
Retrato de Tarsila do Amaral (Photo credit: Wikipedia)

Tarsila volta a Minas, agora como figura central dessa mostra de grandes artistas, tão diferentes entre si e, ao mesmo tempo, igualmente empenhados na descoberta de um olhar para o Brasil, que é um e é tantos.

José Eduardo de Lima Pereira
Diretor Presidente

A exposição

A exposição Tarsila e o Brasil dos modernistas reúne um conjunto de obras que apresentam visões singulares de paisagens, tradições e tipos brasileiros. Tendo como ponto de partida a obra de Tarsila do Amaral (1886- 1973), os trabalhos selecionados procuram traçar um panorama de tentativas de representação visual de um país territorialmente vasto e culturalmente heterogêneo como o Brasil. Esses trabalhos se reportam ao tempo e ao espaço onde foram produzidos e ao entendimento que nossos artistas modernos tiveram da realidade à sua volta.

Além de Tarsila, figuram na exposição outros artistas que discutiram uma possível representação da identidade brasileira de forma bastante explícita e constante ao longo de suas trajetórias, como Di Cavalcanti e Candido Portinari. Estão inclusas também obras de artistas que se detiveram no tema em determinados períodos de suas carreiras, como Cícero Dias, Lasar Segall, Vicente do Rego Monteiro e Victor Brecheret. A mostra apresenta ainda um terceiro grupo de artistas cujo conjunto da obra não é necessariamente identificado à criação de uma imagem iconográfica do e para o Brasil, mas que produziu trabalhos pontuais que tangenciam o tema, seja pela inclusão de um contexto geográfico facilmente reconhecível, seja pela curiosidade investigativa de hábitos e tradições locais. Entre esses, encontram-se Alberto da Veiga Guignard, Ismael Nery, Oswaldo Goeldi e Flávio de Carvalho.

Tarsila e o Brasil dos modernistas não pretende transformar estes últimos em artistas comprometidos com a produção de cunho nacionalista nem menosprezar a história da arte hegemônica, mas aproximar trabalhos específicos que, interpretados sob certos ângulos, podem vir a ampliar o debate em torno das representações visuais simbólicas do país, tornando-o tão complexo quanto a teia cultural em que está inserido.

É importante explicitar que esse recorte não tem intenção de examinar a produção dos modernistas do ponto de vista de estilo, mas de traçar relações temáticas a fim de tornar claras as semelhanças e/ou diferenças em termos de opções de figuração de cunho metafórico. O agrupamento de trabalhos por tema facilita a análise da contribuição modernista para o debate em torno da produção simbólica de um imaginário social na medida em que os temas se repetem com bastante frequência, ainda que sob formas diversificadas.

Regina Teixeira de Barros
Curadora da exposição

Maiores informações sobre a exposição e visitação, acessar o site da Casa Fiat de Cultura.

Consulte também o catálodo da exposição!

++++++++

Veja também sobre a exposição “Percurso afetivo – Tarsila” ocorrida em setembro e outubro de 2008 no Museu Oscar Niemewer e retrada em seu  periódico. Exposição também ocorrida no CCBB no Rio de Janeiro em 2012

MON em revista - Tarsila

Exposição também ocorrida no CCBB no Rio de Janeiro em 2012 :

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=tLtf9JNkqco]

++++++++

E não deixe também de consultar na Biblioteca da Escola de Belas Artes, obras disponíveis sobre Tarsila do Amaral.

Segue alguns exemplos:

AMARAL, Aracy A; SALZSTEIN, Sônia. Tarsila: anos 20. São Paulo: SESI, 1997 157 p.

AMARAL, Tarsila do; SATURNI, Maria Eugênia. Tarsila: catálogo raisonné Tarsila do Amaral = Catalogue raisonné. [São Paulo]: Base 7 Projetos Culturais, Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2008. 3 v. + 1 CD-ROM (4 3/4 in.)

 AMARAL, Tarsila do; AMARAL, Aracy A. Tarsila cronista. São Paulo: EDUSP, 2001. 241p.

 AMARAL, Tarsila do; AMARAL, Aracy A. Tarsila do Amaral. [S.I.]: Fundação Finambras, [19–] 62p.

 GOTLIB, Nadia Batella. Tarsila do Amaral: a modernista. 2. ed. rev. São Paulo: Ed. SENAC, 2000. 213p.

 AMARAL, Aracy A. Tarsila: sua obra e seu tempo.   3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Ed. 34: EDUSP, 2003. 509 p.    ISBN 8573262664 (broch.).

 5  MESTRES  brasileiros : pintores construtivistas ; Tarsila, Volpi, Dacosta, Ferrari, Valentim.     Rio de Janeiro: Kosmos, 1977. 174p.

Os novos habitantes do museu

Artes visuais.Com curadoria de Ana Paula Cohen, dez jovens artistas apresentam criações realizadas durante o Bolsa Pampulha

Publicado no Jornal OTEMPO em 30/06/2011

DANIEL TOLEDO

É como um programa de formação e estímulo à produção artística que a curadora Ana Paula Cohen compreende o Bolsa Pampulha, iniciativa criada em 2003. Diante do encerramento de sua quarta edição, chega a hora de mostrar ao público as criações produzidas ao longo de um ano de muito trabalho e intenso diálogo.

“Trata-se de um programa singular no Brasil, que dá ao artista a possibilidade de dialogar com profissionais experientes e produzir seus próprios trabalhos sem ter que se ocupar com outras cosias”, descreve Ana Paula, que, além de fazer a curadoria da exposição, integrou o painel de seleção dos artistas e a comissão de acompanhamento do processo de criação.

“Mais do que pensar em resultados imediatos, é importante perceber que, daqui a três ou cinco anos, os artistas que participaram da bolsa terão uma formação muito mais consolidada do que aqueles que não tiveram uma oportunidade como essa”, defende, em meio à montagem de uma ampla exposição que deve ocupar todos os ambientes do Museu de Arte da Pampulha.

Contudo, na visão de Ana Paula, ainda que os trabalhos realizados por Ana Moravi, Clara Ianni, C. L. Salvaro, Daniel Murgel, Douglas Pego, Joacélio Batista, Rodrigo Cass, Rodrigo Freitas, Shima e Vicente Pessôa ocupem o museu ao mesmo tempo, a exposição não deve ser tratada como uma mostra coletiva.

“Tentei pensar nessa exposição como dez individuais simultâneas. E o que fizemos, juntos, foi habitar os espaços do museu”, esclarece a curadora, ressaltando ainda a ausência de recortes temáticos ou estéticos.

“Esse tipo de classificação me parece insuficiente para pensar os trabalhos, pois é muito comum que um mesmo artista transite entre diferentes mídias”, afirma.

Para facilitar a fruição do público sobre o trabalho individual de cada artista, definiu-se que a exposição incorporaria também trabalhos realizados por eles em períodos anteriores à Bolsa Pampulha.

“Todos estão representados por um grupo que varia entre duas e cinco obras, ao mesmo tempo preservadas em sua integridade e convivendo nos espaços do edifício”, analisa, sem desconsiderar a possibilidade de que o público crie, entre os trabalhos, suas próprias relações.

Além de incorporar os mineiros Ana Moravi, Douglas Pego, Joacélio Batista e Vicente Pessôa, o programa trouxe a Belo Horizonte o carioca Daniel Murgel, o paranaense C.L. Salvaro e os paulistas Clara Ianni, Rodrigo Cass, Rodrigo Freitas e Shima.

Este último, autor de uma das performances que abrem a exposição, inspirou-se justamente na condição de “estrangeiro” para a criação dos trabalhos realizados ao longo do último ano.

“São obras que têm muito a ver com o cotidiano da cidade e a tentativa de me encontrar nesse espaço”, comenta o artista, que prepara ainda uma série de ações para realizar durante a exposição. “Quero romper a ideia do museu como um depósito de obras”, sintetiza. (DT)

Agenda
O que. Mostra coletiva dos artistas contemplados pelo Bolsa Pampulha 2010/2011

Quando. Terça a domingo, das 9h às 19h. Até 11 de setembro

Onde. Museu de Arte da Pampulha (av. Otacílio Negrão de Lima, 16.585, Pampulha)

Quanto. Entrada gratuita

Programação

Hoje, das 20h às 23h
Abertura da exposição, com performances de Douglas Pego (20h) e Shima (21h
Sábado, às 15h
Churrasco no terreno anexo ao Museu, próximo à obra de Daniel Murgel

9/6, das 11h às 16h
Conferência Sobre a Formação do Artista no Brasil: Bolsa Pampulha e Outros Programas

Conheça um pouco mais sobre o Bolsa Pampulha através dos Catálogos de Exposição de 2003-2004 e 2005-2006 disponíveis na Biblioteca da Escola de Belas Artes da UFMG!!!

Galeria de arte da EBA é reaberta no mezanino da Reitoria

Será aberta nesta segunda-feira, dia 13, às 15h, no mezanino do prédio da Reitoria, a exposição Diversidades Convergidas, que reúne a produção de professores e alunos da Escola de Belas-Artes (EBA). As pinturas, gravuras, esculturas, fotografias e instalações podem ser visitadas nos dias úteis, das 9h às 18h, até 1º de julho.

A exposição marca a reabertura da Galeria da EBA que agora passa a funcionar no mezanino da Reitoria. Com a curadoria de Eliana Ambrosio, Vlad Eugen Poenaru e Randerson Magalhães Fantoni, contará com obras de professores da Escola e de sete alunos premiados na mostra anual promovida pela Escola.

De acordo com os organizadores, os artistas tratam de temas recorrentes na existência humana. Alguns se harmonizam com o ambiente, seus ritmos e formas, para buscar um lugar e sentido no mundo, desvelar indagações sobre a própria identidade e psiquismo humano ou simplesmente resgatar um patrimônio. Todos unidos pelo tema da memória.

Segundo Randerson Fantoni, funcionário do Centro de Extensão da Escola de Belas-Artes, o mezanino da Reitoria oferece mais espaço para as exposições do que o antigo espaço no prédio da EBA. A antiga galeria transformou-se em sala para fazer frente ao aumento do número de alunos provocado pelo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

A previsão é de que a Galeria da EBA funcione no mezanino da Reitoria pelo menos até o final de 2012. De acordo com Fantoni, existe a possibilidade de abertura de edital para que artistas não vinculados à UFMG possam apresentar seus trabalhos no espaço. O Cenex da EBA é responsável pela organização das exposições.

Artigo disponível em: http://www.ufmg.br/online/arquivos/2011/06/para_2_ok_galeria_de_arte_da_e.shtml

Fotógrafo André Hauck presta tributo ao espaço em exposição

Trabalhos exploram o vazio, a erosão e os impasses das áreas urbanizadas

Walter Sebastião

[slideshow]

A exposição Arquitetura em declínio está em cartaz na galeria da Copasa, no Santo Antônio

Um fotógrafo que merece atenção: André Hauck. Nos últimos quatro anos, fez várias exposições, apresentando contundente conjunto sobre a paisagem urbana vista a partir da observação de lugares abandonados. Chama a atenção a riqueza de questões: o artista aborda de temas estéticos à reflexão sobre o registro fotográfico. Aos 32 anos, expõe trabalhos em grandes formatos na galeria da Copasa.

Arquitetura em declínio reúne obras que, valendo-se de aparente intenção documental, investigam a erosão das utopias modernistas. André explica que pretende trazer inquietação, questionamento de aspectos que marcam a fotografia tradicional, como objetividade, foco e profundidade de campo.

O artista observa que suas fotos trazem visão monumental e locais desprovidos de valor. “A fotografia cria relação meio mágica com o real. Estou usando essa empatia para estimular questionamentos sobre o desejo humano de organizar o caótico com uma construção”, afirma. A mesma mirada que a foto de arquitetura usa para mostrar grandes realizações ou o luxo (como nas revistas de decoração) é empregada por André para flagrar erosões, vazios e resíduos dos processos de urbanização. Ele frisa que tem procurado fazê-lo de forma objetiva. “Há tanta entropia nos locais fotografados que só isso já cria subjetividade”, observa.

Pedro II

As fotos expostas na Copasa trazem fábricas abandonadas e imóveis rejeitados devido à expansão da Avenida Pedro II, “que já nem existem mais”. Na origem da série, com quase meia centena de imagens, está a constatação de um impasse. Encantado com fotografias do casal alemão Bernard e Hilla Becher que viu na Bienal de 2002, o artista exercitou estética semelhante – limpa, direta e neutra. “Descobri que não existe isso no Brasil. Aqui, um prédio é construído e, em dois anos, já tem vazamentos, rachaduras e manchas. Comecei a fotografar o deteriorado, mas sem perder a objetividade. Respeito os lugares, o espaço como personagem. Dou mais valor às coisas que à minha subjetividade”, justifica. Ele redirecionou sua busca com moderação no uso de cores. Em série ainda inédita, abandona-as em favor do preto e branco.

Outros movimentos da pesquisa, conta André Hauck, foram o deslocamento do interior para o exterior das construções, dos espaços para os objetos. Depois de limpeza (“sem identidade”) voltada para os jogos de luz e sombra, que acabaram fazendo com que esbarre em heranças barrocas . “Continuo trabalhando com contradições, mas reduzindo a expressividade”, conclui.

 

ARQUITETURA EM DECLÍNIO

Fotografias de André Hauck. Galeria de Arte da Copasa, Rua Mar de Espanha, 525, Santo Antônio, (31) 3250-1506. Diariamente, das 8h às 18h. Até 17 de abril.

Conheça um pouco mais do trabalho do fotógrafo nas suas exposições anteriores Desertos Urbanos e Rastros.

Consulte também na Biblioteca da EBA os catálogos das exposições do fotógrafo.